Novas aventuras de Maranhão. Por Josué Machado
NOVAS AVENTURAS DE MARANHÃO
Por Josué Machado
Waldir Maranhão, protegido do cadente Cunha, continua mais ou menos presidente da câmara de deputados (Por que iniciais maiúsculas no nome da casa?), e continuam circulando sobre ele curiosas histórias de aventuras venturosas ou nem tanto.
Maranhão é o herói destas histórias, mas não passa de símbolo de nosso edificante Congresso. A grande maioria (83,71%) dos 513 deputados e 81 senadores que adornam aquelas casas poderia substituí-lo sem fazer feio. Sim, porque essa maioria não participa das decisões dos chefões das quadrilhas, isto é, das legendas, nem sabe o que entra em votação e se limita a dizer amém.
Daí também se pode ter uma ideia do nível dos integrantes das assembleias estaduais e câmaras de vereadores… Uma glória!
HORÁRIO EXATO
Waldir Maranhão, Eduardo Cosentino Cunha e famílias vão a Israel em visita de trabalho. Sim, de trabalho. Cunha vai para o Inbal Jerusalem Hotel, cinco estrelas, e deixa Waldir num hoteleco modesto para o único dia de estada em Jerusalém. Justificativa: o dono fala português. Waldir não protesta porque não vai pagar nada e sabe quem manda. Sabe também que a nota que irá para a contabilidade da Câmara terá seu nome como hóspede do Inbal. Tudo bem.
Marcos, o próprio dono do hotel simples, que é meio brasileiro e havia morado em Higienópolis durante vinte anos, leva as malas de Waldir e da mulher para o apartamento, e lembra a ele que precisará desocupá-lo no dia seguinte às 12 horas.
Waldir protesta:
— Nada disso, seu Marcos. Então não vou ficar. Meu avião sai às 11 horas!
NÚMERO ERRADO
Waldir liga para Cunha:
— Olá, Eduardo, tenho uma dúvida…
— Você ligou errado, idiota — responde alguém grosseiramente do outro lado.
— Idiota é você, sua besta! Por que atendeu se a chamada não era pra você?!
VARIEDADE BICOLOR
Depois de uma noite de alegríssima festança na palacete de Renan Calheiros em Brasília (casa e festa pagos pelo contribuinte), Romero Jucá acorda e pede a Maranhão:
— Por favor, Waldir, pegue ali no canto meus sapatos porque ainda estou meio tonto.
Maranhão vai ao outro lado da enorme sala transformada em dormitório, com várias pessoas variadíssimas acordando, pega os sapatos e os entrega a Jucá.
— Que que isso, Waldir, um sapato preto e outro marron?!
— Qual é o problema? – responde o sonolento Maranhão, um pouco irritado. – O par que ficou lá também tem um sapato preto e outro marron!
PENSANDO BEM…
Maranhão sai para as compras com a mulher no Park Shopping, em Brasília, sem ter o que fazer numa quarta-feira às 3h da tarde. Ela vê na vitrina uma camiseta amarela fosforescente com listras pretas e bolinhas roxas e diz, entusiasmada:
— Waldir, com uma camiseta linda como essa você ia ficar uns dez anos mais novo!
Ele entra e a experimenta, pensa, pensa, pensa e decide:
— Não, não vou levar, porque cada vez que tirasse ela ia ficar dez anos mais velho.
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