Grandes Jogadores do Futebol Brasileiro – Romário

Grandes Jogadores do Futebol Brasileiro – Romário (Romário de Souza Faria)

Por Luis Filipe Chateaubriand

Pensou em gol?

Pensou em Romário!

Quando aquele jovem de 19 anos surgiu, no Vasco da Gama, afirmou: “Eu vou jogar no lugar do Roberto Dinamite”.

E Roberto Dinamite, que não era bobo nem nada, foi jogar no meio de campo – e muito bem –, pois sabia que, se continuasse jogando de centroavante, iria mesmo parar na reserva.

E, no Vasco da Gama, Romário começou a empilhar gol atrás de gol.

Gol de tudo quanto foi jeito, mas especialmente gols de muita classe.

Gols pelo Vasco da Gama, gols pelo PSV Eindhoven, gols pelo Barcelona, gols pelo Flamengo, gols pelo Fluminense, gols pela Seleção Brasileira.

Não fez mil gols, como alegam.

Mas chegou muito próximo a isso.

Não fez mil gols porque não cobrava faltas – nas poucas que cobrou, o fez com absoluta perfeição.

Não fez mil gols porque começou muito tarde a cobrar pênaltis – o que também fazia, a partir do momento que começou a cobrar, com maestria.
Cometeu o erro de voltar a jogar no Brasil muito cedo, com 28 anos.

Não fosse isso, tivesse ficado mais anos jogando na Europa, iria ganhar incontáveis Bolas de Ouro, e não apenas uma, como aconteceu.

Técnico, frio, oportunista, veloz, extremamente inteligente.

Com a idade, foi perdendo a velocidade, no entanto, melhorou, cada vez mais, o posicionamento na área – uma troca excelente.

Decidiu muitos jogos, ganhou muitos títulos, inclusive uma Copa do Mundo de Seleções, em que foi o principal jogador, admirado, respeitado e temido.

Sem dúvida, trata-se de um dos cinco melhores jogadores brasileiros de todos os tempos.

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– Luis Filipe Chateaubriand –   Acompanha o futebol há 45 anos. Publicou uma dezena de livros sobre o calendário do futebol brasileiro, além de mais de uma centena de artigos sobre o assunto. Foi Consultor do Bom Senso Futebol Clube – movimento dos jogadores de futebol brasileiro que propôs modificações no calendário de nosso futebol. Foi membro do Grupo de Trabalho da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que visava promover modificações no calendário. Além de escrever sobre o calendário do futebol brasileiro, escreve sobre outros assuntos, de natureza mais lúdica, relacionados ao futebol. Também escreve sobre política. É Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas.