Corinthians primeiro finalista. Blog Mário Marinho

O Corinthians que venceu o Santos nesse domingo, 2 a 1, foi o Timão que o apaixonado corintiano quer ver em campo e não aquele arremedo de time que levou a sapatada de 3 a 0 contra o Barcelona, em Guaiaquil, e que pode tê-lo eliminado da Libertadores.

Foi um time valente, que disputou em todos os centímetros do gramado e ainda teve seu trio atacante se destacando: Yuri Alberto fez o primeiro gol, recebendo passe na medida de Memphis Depay; Garro voltou a jogar bem e marcou o gol da vitória e o ídolo Memphis teve boa participação, muito diferente do jogador apático que esteve em campo no desastre de Guaiaquil.

Logo nos primeiros movimentos do jogo, ficou claro que o Corinthians trabalharia valorizando a posse de bola; o Santos, por seu lado, acompanhava, sem agredir o adversário nas suas trocas de bola.

Dominando o jogo, logo aos 16 minutos, saiu o primeiro gol corintiano: Memphis cruzou na medida para o oportunista Youri Alberto aparecer livre na cara do goleiro e fazer 1 a 0.

Depois do gol, o Timão se aquietou um pouco e diminuiu o ritmo de jogo. Atitude equivocada em minha opinião, pois se forçasse um pouco mais contra o assustado Santos poderia ter ampliado o marcador.

O Santos se aproveitou e tratou de crescer no jogo.

Aos 37 minutos conseguiu o gol de empate: Tiquinho Soares marcou de cabeça, escorando a cobrança de escanteio.

No segundo tempo embora o Santos tenha demonstrado mais disposição que o adversário, foi o Corinthians que marcou aos 11 minutos.

Angileri recebeu a bola na posição de ponta-esquerda, levantou a cabeça e rolou a bola para a área, onde estava Garro que ajeitou com o pé direito e bateu firme com o pé esquerdo, colocando a bola no ângulo superior direito do goleiro Brazão.

Um golaço.

No restante do segundo tempo, o Santos criou chance de marcar uma vez e o Corinthians também.

Foi um bom jogo e a vitória do Timão foi merecida.

Momentos:

Por que

Neymar no banco?

O Departamento Médico do Santos considerou muito arriscada a volta de Neymar que ainda sentia dores na coxa.

Portanto, nada mais justo que preservá-lo.

Mas a observação pertinente a se fazer é que, na segunda-feira anterior, Neymar foi para o Rio assistir ao desfile de Escolas de Samba.

É uma viagenzinha rápida: vai na tarde do dia de desfile e volta na manhã do outro dia.

Mas um jogador responsável, machucado, sabendo que teria pela frente uns dias depois um clássico decisivo não faria essa viagem.

Lesão muscular demanda, além da medicação, descanso.

E quem vai a um sambódromo não fica sentado ou deitado assistindo ao desfile: fica em pé, anda, se movimenta.

Não estou afirmando que se Neymar não tivesse ido ao Rio, estaria em condições de jogar no domingo.

Nem mesmo estou afirmando que se ele tivesse jogado, o resultado do jogo seria outro.

Mas ir assistir desfile de escolas de samba não ajuda na recuperação da desgastada imagem do craque Neymar.

Será que o Príncipe não esquece o Menino?

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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