Justiça e a troca de lado

 Ilustração: Benjamim Cafalli

Justiça e a troca de lado
Ilustração: Benjamim Cafalli

                          Assim fica difícil

É indiscutível que sem advogados não há Justiça justa. É indiscutível que não é fácil defender um criminoso contra o qual há provas irrefutáveis, mas o que não lhe tira o direito de ser defendido. Mas, para os simples mortais – os que tentam ser coerentes nas ações – há incongruências impossíveis de engolir.

O advogado Celso Vilardi, o novo coordenador da defesa do ignaro ignóbil e que lida com o caso do passaporte retido, em entrevista para a “Folha de S.Paulo” curto-circuitou meus Tico e Teco.

Ele foi um dos signatários em 2020 do documento Basta!, em cujo teor constava que o “presidente da República usava o cargo para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático, atentando, a um só tempo, contra os Poderes Legislativo e Judiciário, contra o Estado de Direito, contra a saúde dos brasileiros”.

Participou também da leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, lida na frente da Faculdade de Direito da USP em agosto de 2022, uma crítica acerba ao seu atual cliente que pôs em dúvida o sistema eleitoral e ameaçava não acatar o resultado da eleição presidencial, assim como fez, em 2021, o ídolo dele, o ogro Trump/Tramp.

Também, foi crítico do comportamento do cliente quando este ainda deputado federal exaltou em 2016 o torturador coronel nada Brilhante Ustra. Vilardi considera que o fato de ele não ter sido punido foi o estopim para o 8 de Janeiro. Em entrevistas declarou que não ter dúvida de que houve uma tentativa de golpe no Brasil e falou que estavam evidentes “os contornos de uma organização criminosa”.

Então, o veementemente criticado passa a ser seu cliente. E mudou de ideia. Diz ele que está convencido de que o ex-golpista não tentou nada daquilo que está no Basta! nem na Carta que ajudou a ler. E, agora, acusa a PF de haver feito um inquérito parcial.

Pode isto, Arnaldo? Das duas uma, ou ele assinou o Basta! e leu a Carta sem ter entendido patavina do conteúdo ou foi um oportunista. Não é possível, em sã e honesta consciência, mudar tanto de ideia.

Terá sido influenciado por seus colegas Fabio Wajngarten e Frederick Wassef?

Contrastando com seu comportamento, o advogado Mark Lemley, que atuava em um processo de propriedade intelectual da Meta relativo à Inteligência Artificial, pediu demissão pelo fato de Mark Zuckerberg de se aproximar de Donald Trump e praticamente acabar com os controles de conteúdo de suas redes digitais. “Tenho lutado para saber como reagir à queda de Mark Zuckerberg e do Facebook na masculinidade tóxica e na loucura neonazista. (…). Eu demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais da IA na qual eu os representei, e espero que eles ganhem, não posso mais, em sã consciência, atuar como seu advogado.”.

Que diferença!!!

Em tempo: o ministro Alexandre de Moraes negou ontem a liberação do passaporte. O notável cliente de Vilardi terá de assistir à posse do ogro pela TV.

 Mintchuras!

No recurso apresentado ao STF para tentar liberar o passaporte depois da negativa, a defesa do ignaro ignóbil insiste na mintchura do convite que não houve e na de que ele tem cumprido corretamente as medidas cautelares que lhe – Gordo, lembra dos “o foram”? – foram impostas.

O bozoide e racista confesso governador de SC, Jorginho Mello,  acaba de declarar que a cidade de Pomerode se destaca pela “cor da pele das pessoas”, entregou em entrevista à Jovem Pândega que Valdemar a pior Costa Neto, presidente do PL,  e Bozo têm “conversado muito”, o que está proibido por decisão do STF.

Lembram do Sebá?

Era um exilado personagem de Jô Soares que morava na França e que pretendia voltar ao Brasil. Falava ao telefone com Madalena, sua mulher. Ela passava informações do que acontecia por aqui e ele, desanimado,  dizia “Madá, você não quer que eu volte!”.

Os jornais, dia desses, publicaram uma notícia que me fez lembrar de Sebá, mas multipicado por menos um. Gusttavo Lima candidato à Presidência tendo como vice Pablo Marçal.

Vocês não querem que eu fique!!!

 Que feio!

E eles dizem ser defensores dos trabalhadores. Nos tempos em que tudo é facilmente resolvido pela internet, alguns sindicatos insistem que trabalhadores que se recusam a recolher o imposto sindical percam horas de trabalho para entregar o documento com a negativa presencialmente. Artifício vil, apostam na desinformação, na preguiça ou na impossibilidade da presença para fazer caixa à custa dos salários.

Epa, opa!

O “NEOFEED” informa que a Americanas adotou uma nova estratégia a fim de aumentar as vendas. Trata-se de vender tudo aquilo que os clientes conseguirem levar “debaixo do braço”.

Haja produção de desodorante pra dar conta!

Sorry, não é jornalista

Jornalista não faz isto, é um ativista. Sam Husseini, que se diz “jornalista independente”, foi retirado à força da sala de imprensa onde o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, dava uma entrevista tratando do falso cessar-assassinatos  na Faixa de Gaza.

Repórter não ataca, questiona, pressiona. É diferente quando atua como comentarista, editorialista, articulista, cronista, um dos caso deste mirandeiro. Repórter pergunta, aperta, mas não emite opinião, não faz o papelão noticiado.

No GloboNews Mais

“A Prefeitura argumenta de que…”. Uau, uau, uau! Foi mals!

(CACALO KFOURI)

                                                                 ***************

Copiadas da Folha

CGU condena 36 empresas e investiga 14 por espionagem industrial

A operação descobriu que dois servidores da Receita Federal e um do MDIC(X) forneciam dados sigilosos para uma empresa, que revendia as informações em relatórios para o setor privado.

(X) Cara-pálida, Mdic, “medic”, leitura direta.

 David Simon, o jornalista que se tornou roterista

“Estou esperando o próximo que vai ter culhão(XXX) para fazer o que a HBO fez há 30 anos.

(XXX) Colhão, cara-pálida, como está no texto que você reproduz do impresso de quatro dias atrás.

 Irritado com seus chefes e decepcionado com o jornal no qual trabalhava, David Simon mudou o rumo de sua vida profissional quando pediu demissão do Baltimore Sun e se mudou para a divisão de homicídios da polícia de Baltimore.

Cara-pálida, veja o que também está na matéria anterior:

Criador de um dos programas que revolucionaram a televisão, David Simon lança livro clássico de quando era jornalista policial

O livro-reportagem de 1991 catapultou o nome de Simon, já repórter respeitado do jornal The Baltimore Sun, ao boca a boca nacional. Locado durante um ano dentro de uma unidade de polícia, ele criou uma narrativa de estofo incomum —mais de 600 páginas que se leem com sabor de romance e não tiveram informações contestadas pelos agentes envolvidos, mesmo que o retrato deles passe longe do heroico.

A estratégia para o sucesso desse trabalho, segundo o autor, foi bem simples. “Tempo”, diz Simon. “Jornalistas normalmente caem de paraquedas numa cena, colhem declarações de quem encontram pela frente e seguem para a próxima reportagem. Foi um incrível luxo ficar um ano numa só divisão da polícia.”

Ele ainda era repórter do Baltimore quando ficou um ano na unidade policial. Demitiu-se depois.

OUTRO CANAL

Altos índices No comando do programa Silvio Santos desde 2022, Patricia Abravanel fechou 2024 com a maior audiência da década entre (X)19h e (X) 0h.

 (X) Escriba, as e a, viste?

                                                                 ***************

 Copiadas do Blog do Ancelmo Gois

 legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake/miss Crase: Fernanda Pontes
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações.  Fiquei em dúvida em vista de uma grande mancada recente.  Vou começar a checar. De qualquer maneira, qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem alvo? Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros. É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. 
Como parece que é norma, determinação, no blog escrever errado os nomes de livros, filmes, peças teatrais, novelas, programas de TV e eventos, baixando-lhes as caixas, os erros não serão mais apontados, é chover no molhado. Apareceu um nome? Tá errado!
Lembrete: o “Mirando” desistiu de apontar o emprego errado de pronomes demonstrativos. Eles são semianarfas convictos.
 Cantinho del jefe

1 – A Justiça do Rio de Janeiro deu prazo de cinco dias para que o técnico Vanderlei Luxemburgo faça o pagamento da(X) uma multa de mais de R$ 18 mil,

(X) Jefe, de ou tira uma, viste?

O técnico de futebol foi citado e intimado por edital, pelo juízo(X) da 12ª Vara de Fazenda Pública,

(X) Em alta, jefe.

 2 – Também serão necessárias melhorias de infraestrutura nas atuais 14 unidades dos CREAS(X)

(X) Creas, jefe, leitura direta. Errado no texto também.

Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa

 1 – A empresária e cabeleireira a(?) brasileira Gue Oliveira,

(?) Pra quê, errador?

Cantinho da mistake/miss Caixa/miss Crase

 A marcha está tão lenta no brogue que faz dois dias que não sai o Duas Linhas e Meia.

                                                                  ***************

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter