Os dois melhores. Blog Mário Marinho
Você já ouviu aquela máxima: ir à Roma e não ver o Papa, não é ir à Roma.
Pois o jornalista Felipe Castanheira, da editora Verbo Livre Comunicação, faz outra máxima, tão verdadeira quanto essa do Papa:
“Gostar de Tênis e não conhecer os feitos de Maria Esther Bueno, é o mesmo que gostar de Futebol e não conhecer as façanhas de Pelé.
Por isso, transcrevo abaixo o texto que ele escreveu a propósito de Maria Esther Bueno, a Bailarina.
Perguntas e respostas sobre Maria Esther Bueno.
Felipe Castanheira, Verbo Livre Comunicação
Para um brasileiro, gostar de tênis e não conhecer os feitos de Maria Esther Bueno, é o mesmo que gostar de futebol e não conhecer as façanhas de Pelé.
Por isso escrevi este artigo para esclarecer alguns fatos sobre “a bailarina das quadras”, a garota paulistana nascida em 11 de outubro de 1939, no Bairro da Luz, que reinou entre as mulheres e nos deixou em 8 de junho de 2018, aos 78 anos.
Qual foi a classificação de Maria Esther em 1958, sua primeira temporada internacional?
– Ela terminou o ano na oitava posição, segundo as classificações de Ned Potter e da British Lawn Tennis.
Mas o ranking da WTA não surgiu só em novembro de 1975?
– Sim, mas antes já existia tênis e classificações mundiais elaboradas por especialistas e por veículos de imprensa.
Então, quem foi a primeira a liderar a classificação mundial?
– A francesa Suzanne Lenglen (Paris, 1899-1938), “bailarina” como Maria Esther, seis vezes campeã de Wimbledon e duas vezes de Roland Garros, número um do mundo de 1921 a 1926.
Maria Esther liderou o ranking ao final de quantas temporadas?
– Quatro. 1959, 1960, 1964 e 1966. E também foi a segunda colocada em 1962, 1963 e 1965.
Quantos títulos de Grand Slam Maria Esther conquistou?
– 19, sendo sete de simples (três em Wimbledon e quatro no atual US Open), 11 de duplas e um de dupla mista.
Maria só jogou na chamada “fase amadora”?
– Não. Em 1968, primeiro ano da fase Aberta, ou profissional, mesmo voltando de séria contusão e jogando à base de analgésicos, ela alcançou a semifinal do US Open e as quartas de Roland Garros e Wimbledon, terminando a temporada na quarta posição mundial.
A fase amadora, antes de 1968, era menos forte do que a profissional?
– No caso do tênis feminino, não. As melhores tenistas, como a australiana Margaret Court (recordista de títulos de Grand Slam, com 64, sendo 24 de simples, 19 de duplas e 21 de duplas mistas) e a norte-americana Billie Jean King, seis vezes campeã de Wimbledon e quatro do US Open, enfrentaram Maria Esther o tempo todo.
Maria Esther conseguiu vencer Margaret Court em finais importantes?
– Sim. Em Wimbledon, em 1964, e nos Estados Unidos (US Open) em 1963.
Quais foram as melhores participações de Maria Esther no Campeonato da Austrália (hoje Australian Open)?
– Quartas de final em 1960 e vice-campeã em 1965, em ambas contra Margaret Court. Também foi campeã de duplas em 1960, em parceria com a britânica Cristina Truman.
Maria Esther foi a primeira sul-americana a liderar o ranking?
– Não. Em 1937 a chilena Anita Lizana, de 21 anos, venceu o Campeonato dos Estados Unidos (hoje US Open) e liderou a classificação mundial.
Onde se pode encontrar todas as informações sobre a vida e a carreira de Maria Esther Bueno, desde a infância, a fase adulta, até sua vida após as competições?
– No livro “Maria, a vitória da arte”, lançado pela Editora Verbo Livre em outubro passado.
O livro foi escrito por um jornalista britânico, como ela anunciava?
– Não. A obra foi pesquisada e escrita pelo jornalista brasileiro Odir Cunha, ganhador de dois Prêmios Esso de Informação Esportiva e três prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
O livro ainda está à venda? Como eu faço para adquiri-lo?
– Sim. O livro pode ser pedido pelo e-mail editoraverbolivre@uol.com.br Eu mesmo atenderei. Me escreva.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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