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IA, a maior revelação. Por Arnaldo Niskier

Os meios profissionais mais avançados sabem que não se pode substituir a mente humana pelos produtos da IA. Experimentos são realizados com poesia e hoje, em certas Universidades, é difícil distinguir a produção humana que sai de robôs devidamente treinados.

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Para o escritor israelense Yuval Harari, o surgimento da IA é a maior revolução da informação na história. “E a história não é o estudo do passado, é o estudo da mudança.” Ela se diferencia de todas as tecnologias da informação anteriores.

Vivemos riscos em favor do totalitarismo. Com o surgimento dos algoritmos de aprendizado de máquina isso se torna uma possibilidade concreta. Não é aconselhável encher as pessoas com dados. Isso pode levar a erros, mas inundar com dados que tendem a sobrecarregá-las. Em decorrência disso, a IA parece favorecer a concentração da informação e da tomada de decisões num único local. Há uma tendência, hoje em dia, de inclinar a balança a favor de gigantes, como Google, Facebook e Amazon.

No mundo alucinado da inteligência artificial o crescimento não se mede por métodos convencionais. A progressão é sempre geométrica. Deseja-se conquistar o mundo real em pouquíssimo tempo, como quer fazer a OpenAI. O lançamento do ChatGPT em dispositivos da Apple significará um saldo para alcançar a sonhada meta de 1 bilhão de usuários, com essa parceria.

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alia a segurança nacional aos ideais de competitividade econômica. E assim sonha com um número incontável de agentes de IA, para criar um modelo de negócios revolucionário. Espera ter bilhões de consumidores ao redor do mundo.

Os meios profissionais mais avançados sabem que não se pode substituir a mente humana pelos produtos da IA. Experimentos são realizados com poesia e hoje, em certas Universidades, é difícil distinguir a produção humana que sai de robôs devidamente treinados. Qualidade, ritmo e beleza são atributos que se embaralham, para identificar o que é de um e o que é de outro. É claro que ao se elaborar um texto com a criatividade de Castro Alves, por exemplo, podemos ser levados a um equívoco (“Nos braços da liberdade, o povo carrega a cruz”). Nunca chegaremos à perfeição, mas andamos perto – e isso é uma vitória bastante significativa.

Com essas virtualidades chegamos ao campo da aprendizagem. A IA permite a individualização da aprendizagem do aluno, no seu tempo e na sua velocidade. São desafios para os alunos de hoje.

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Arnaldo Niskier

Arnaldo NiskierImortal. Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras. Professor, escritor, filósofo, historiador e pedagogo. Licenciado em Matemática e Pedagogia pela UERJ. Professor  aposentado da Universidade do  Estado do Rio de Janeiro. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras e secretário estadual de Ciência e Tecnologia e de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Presidente Emérito do CIEE/RJ. Honoris Causa da Universidade Santa Úrsula.

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