Eu tive um sonho. Blog Mário Marinho
Fui dormir nesta noite de quarta para quinta-feira, embalado pelo espetáculo de futebol mostrado pelo Real Madri, ao vencer o mexicano Pachuca, 3 a 0, conquistando pela nona vez o título mundial que agora se chamou Copa Intercontinental de Clubes.
Meu sonho foi embalado e alimentado não só pela bela exibição coletiva, mas, também pelas belas e criativas jogadas individuais de seus craques, principalmente Vinicius Jr e Rodrygo.
Mas no meu sonho esses dois craques vestiam a camisa amarela, a Amarelinha, como dizia o saudoso mestre Zagallo, sempre fazendo respeitosa reverência em respeito e admiração pela Amarelinha, assim, mesmo, pois ele sempre usou a letra maiúscula para tratar do nosso símbolo maior.
E ali estavam os dois, Vini e Rodrygo, bailando como se fossem ambos Garrincha ou tabelando como se fossem Pelé e Coutinho.
Mais: era final da Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos.
Mas todo sonho chega ao fim e eu acordei.
Acompanho todos os jogos da Seleção e nunca vi os dois criando essas jogadas, esses dribles em nenhum jogo da nossa Amarelinha.
Sei, claro que sei: o jogo do Real Madri é um e o da Seleção, é outro.
Sei também que essa cobrança não apenas do brasileiro.
O craque Lionel Messi estreou na Seleção da Argentina em 2004, com 17 anos.
Nos anos que se seguiram, ele foi duramente criticado pelos argentinos por não apresentar na Seleção o mesmo criativo jogo de mostrava no Barcelona.
Alguns argentinos mais radicais, chegavam até a dizer que ele não gostava de sua pátria, pois nem o Hino Nacional sabia cantar.
Levou algum tempo, até que Messi se tornou um craque excepcional até mesmo para seus exigentes conterrâneos.
Messi é o maior ganhador do Troféus Fifa: 9 vezes.
Realmente, jogar no Real Madri é muito diferente de jogar na Seleção Brasileira.
Lá, eles estão cercados de craques; aqui, estamos em falta deste produto.
E como estamos.
Sempre que falo da nossa Seleção, eu costumo dizer que temos um bom time, formado por bons jogadores.
Digamos, jogadores nota 6 ou sete.
Mas, para mim, jogador que veste a Amarelinha tem que ser nota 10. No mínimo, 9.
O futebol brasileiro não tem mais esses jogadores.
Mesmo acordado, eu continuarei sonhando com esses dois jogadores arrasando com a Amarelinha, driblando, infernizando a vida dos adversários.
E, de preferência, na companhia de um Neymar muito bem-preparado fisicamente, focado e ciente de que esta Copa é sem dúvida, a última chance de ser Campeão do Mundo.
Com esses três jogando tudo que sabem, os outros 8 serão abnegados, devotados e eficientes coadjuvantes.
Vini,
The Best.
Não vou entrar no mérito se o título do Vini Jr concedido por eleição da Fifa é justo ou não.
Pelo que mostrou no jogo contra o Pachuca, o Vini pode, sim, ser apontado como melhor do mundo e não apenas como o melhor ponta-esquerda do mundo, como eu já me referi a ele neste mesmo espaço.
O craque tem que ser excepcional.
Se o time está travado, não cria, não chega ao gol adversário, a solução é a criatividade do craque.
É nesse momento que ele surge e cresce. Chama para si a responsabilidade, encara o adversário e vai desmontando seu sistema defensivo.
Assim é que eu vejo o craque.
Meu patamar para Melhor do Mundo, é alto, é exigente.
Começo pensando em Romário que recebeu o título em 1994.
Pulo para Ronaldo Fenômeno vencedor em 1996 e 2002.
Segue para Ronaldinho Gaúcho, 2004 e 2005.
O último brasileiro antes de Vini Jr. foi Kaká, em 2007.
Depois segue a disputa particular entre Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
O português ganhou cinco vezes.
O craque argentino, nove.
Outro grande craque que eu tenho como parâmetro, é Zinedine Zidane, vencedor em 1998, 2000 e 2003.
De primeira
# Ronaldo Fenômeno tornou explícito o seu desejo de assumir o comando da Confederação Brasileira de Futebol.
Ronaldo é um profissional sério que soube vencer muitas adversidades para se tornar o Fenômeno que é hoje.
Vencedor dentro e fora do campo.
Está mais do que na hora de colocarmos alguém com esse perfil para tomar conta do nosso Futebol.
Sucesso, Ronaldo, e que Deus o proteja!
# O Palmeiras está se mexendo para voltar a ser o melhor do País.
Depois de um ano nada agradável, a diretoria começa a se mexer e está tentando comprar o artilheiro Paulinho, do Atlético Mineiro.
Goleador, criativo, usado, Paulinho tem lugar certo no time da tia Leila.
Fala-se, também, na possível contratação do meia Martinelli, do Fluminense. Outra bola dentro.
# Como era de se esperar, aquela vaquinha entre os torcedores do Corinthians que, nas primeiras 24 horas chegou a amealhar 6 milhões de reais, está hoje devagar, quase parando, na casa do 32 milhões.
É muito dinheiro, muito. Mas, longe muito longe do alvo de 700 milhões de reais.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Mário Marinho , Neymar , Rodrigo de Vini. tá ok.
Neymar, ainda é minha dúvida, desde 2014 , pois sempre achei que o Ganso seria melhor opção.
Deixaria Neymar fora para amadurecer um pouco mais.
Até hoje não criou juízo!!!