Os idiotas não podem dominar o mundo. Por Paulo Renato Coelho Netto
Me deixei voar por boas lembranças no dia 6 de novembro de 2024. Os idiotas não podem dominar o mundo.
Criança, era fascinado pela história do elefantinho que usava as orelhas para voar. Voláteis asas-orelhas.
Adolescente, como não se emocionar ao assistir o encantamento de Lois Lane na estratosfera sobre a capa do Super Homem?
Adulto, me deixei voar com o poema Borboletas, de Manoel de Barros. O privilégio insetal de ser uma borboleta me atraiu. / Por certo eu iria ter uma visão diferente dos homens e das coisas. / Eu imaginava que o mundo visto de uma borboleta seria, com certeza, / um mundo livre aos poemas.
O encantamento visto de cima, como no tapete voador das Mil e Uma Noites.
Inspirado pela fábula, Caetano Veloso levou sua mente às alturas na canção Tapete Mágico: Nada é mais lindo que o sonho dos homens / Fazer um tapete voar.
Símbolo da imortalidade e da inspiração poética, o cavalo alado pégaso, ou pegasus, surgiu na mitologia grega para fazer sonhar.
Um belo animal branco, forte e com longas asas.
O cavalo voador que Moraes Moreira tornou brasileiro e cantou para as crianças pega o azul, pega o azul, pega o azul, pega o azul, Pégaso.
No mundo atual, é preciso cuidado para não virar Ismália, que sua alma subiu ao céu e seu corpo desceu ao mar.
Me deixei voar por boas lembranças no dia 6 de novembro de 2024.
Os idiotas não podem dominar o mundo.
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Instagram: @paulorenatocoelhonetto
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Paulo Renato Coelho Netto – é jornalista, pós-graduado em Marketing. Tem reportagens publicadas nas Revistas Piauí, Época e Veja digital; nos sites UOL/Piauí/Folha de S.Paulo, O GLOBO, CLAUDIA/Abril, Observatório da Imprensa e VICE Brasil. Foi repórter nos jornais Gazeta Mercantil e Diário do Grande ABC. É autor de sete livros, entre os quais biografias e “2020 O Ano Que Não Existiu – A Pandemia de verde e amarelo”. Vive em Campo Grande.