surge um craque

E surge um craque. Blog Mário Marinho

surge um craque

Ao comentar a vitória do Brasil sobre o Chile, 2 a 1, aqui neste espaço, na semana passada, mostrei todo o meu desencanto com o futebol da Seleção Brasileira.

É aquela manjada situação do venceu, mas, não convenceu.

Lamentava e lamento essa situação que vai se repetindo, da falta de um craque na Seleção. Infelizmente, nosso time é cheio de bons jogadores. E, como ensina a sabedoria, de gente boa, bem-intencionada, o inferno está cheio.

Repito o que disse naquela ocasião: uma boa e respeitada Seleção precisa de pelo menos uns 5 ou 6 craques. Você acha muito?

Vamos lá: o goleiro precisa ser craque; pelo menos um dos zagueiros tem que ser craque. No meio campo, pelo menos dois dos três têm que ser craques, o terceiro pode ser um bom carregador de piano. No ataque, onde sempre encontramos craques, pelo menos dois – dois matadores, sendo um deles especialista no jogo dentro da área.

Falei especificamente sobre meio-campo, onde o futebol atual da Seleção é indigente.

Lucas Paquetá é um bom jogador. Mas, a Seleção precisa, ali, de um craque.

E ele não é.

Sabe-se que Deus escreve certo por linhas tortas e quis o destino – e é Ele quem manda no destino – que Lucas Paquetá fosse suspenso e, com isso, abriu-se vaga para nova convocação.

O técnico Dorival Jr. optou por convocar o meia do Cruzeiro, Matheus Pereira, de 28 anos.

O jogador começou a carreira no Democrata, da cidade mineira de Governador Valadares.

Ainda garoto, 11 anos de idade, foi para Portugal onde ficou até os 14 anos no Trafaria, quando foi convidado a vestir a camisa (ou camisola, como se diz por lá) do Sporting. E foi lá da Terrinha que alçou voos mais altos, Alemanha, Inglaterra, Arábia Saudita até que, no ano passado, foi emprestado ao Cruzeiro que comprou seu passe definitivamente no mês de maio passado.

Como pouco vi o Matheus Pereira jogar, procurei informações. Cinco belas moças que eu ouvi, falaram maravilha do MP10, como ele é tratado pela torcida do Cruzeiro. São elas: a Maria Helena, Marina, Marta, Mary e Mara. São minhas irmãs e… torcedoras do Cruzeiro.

Falaram maravilha do MP10. Um craque, me garantiram elas.

Como bom jornalista que procuro ser, fui ouvir o outro lado.

O outro lado é ouvir o atleticano.

E se é para falar com um atleticano, ninguém melhor que o Paulo Henrique.

É sabido que um atleticano gosta tanto de um cruzeirense, como um corintiano gosta do palmeirense.

Mas, sem desvestir o manto atleticano, Paulo Henrique fez uma análise sóbria.

– Ele é um craque. Essa recente arrancada do Cruzeiro, deve-se a ele.

Qual o estilo de jogo dele? – pergunto.

Sabe o camisa 10 clássico? Aquele que dá o ritmo no jogo, que cadencia ou dá velocidade de acordo com a necessidade do momento? É ele. Tem uma qualidade que a gente pouco vê no futebol de hoje: o lançamento, a virada de jogo de um lado ao outro do campo. É técnico, é clássico. Jogadorzaço.

– Craque?

Sem dúvida! É craque.

No treino da Seleção na manhã desta segunda-feira, Dorival Jr. não escalou o MP10 entre os titulares.

O jogo será amanhã à noite, contra o Peru.

Quem sabe até lá, talvez dormindo, ele ouça uma voz forte a sussurrar em seu ouvido: “Bota o menino, Dorival!”

Queira Deus…

Veja alguns lances do MP10:

https://youtu.be/t8kDWpG_RVk?si=bDXzVtgyixoZVla4

Criança

Esperança

Bela festa na tarde de ontem, na Neo Química Arena, com o jogo entre ex-jogadores e artistas com a renda revertida para o programa Criança Esperança.

Foi muito divertido ver ou rever alguns craques, ainda que bem barrigudinhos e outros ainda esbanjando técnica, como o Denílson, autor de um golaço.

Legal também ver o Xou da Xuxa, de apenas 10 minutos no intervalo do jogo, mas o suficiente para ver que a Loura continua em forma.

Xuxa é uma espécie de Pelé: já pendurou as chuteiras, ou microfones, há tempos, mas ainda continua atraindo baixinhos e altinhos.

Veja os melhores lances:

https://youtu.be/TozK52qFQq0?si=VNN23m9AupyvDVrR

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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