Mira de Cacalo nos bombardeios à língua portuguesa na imprensa. E outros detalhes, erros, bobagens
Os jornais noticiaram que a tabela do Imposto de Renda está defasada em 72%, cálculo dos auditores da própria Receita Federal. E não foi fruto de apuração, foram os auditores que mandaram releases para a imprensa. Mas esse não é o único escalpelamento a que o cidadão (que ousadia a minha, desde quando um brasileiro é cidadão?) está sujeito e que não é tratado como deve pela imprensa. Há aquele na Declaração de Bens, na parte do imóveis. A última correção no valor deles foi permitida na declaração de 1995, primeira depois que o real passou a viger, desde então, só se houver uma reforma no imóvel. Isso dá origem a um lucro imobiliário irreal, pois até mesmo o reajuste pela inflação não é permitido. Alguém disse, não me lembro quem foi, que cobrança de imposto deve ser como se tira pena de um ganso vivo, vai tirando até o exato instante anterior ao grasnar. A RF desconhece isso, vai extorquindo e as pessoas vão se defendendo, criando meios para se defender, como os contratos de gaveta de compra e venda, ou oficialmente, mas por valor muito abaixo do verdadeiro.
Mas, como disse Einstein, a burrice é a única coisa de que tinha a certeza de ser infinita. Essa extorsão não é pauta? Quando será que vão descobrir que o principal papel da imprensa é fazer jornalismo público?
Como diria Emerson Fittipaldi, eu rrricomendu: “Os mascarados estão soltos”, na Folha de 13/1, pág. A6. Defesa de um ponto de vista fazendo uso da lógica, coisa que anda faltando na praça.
(CACALO KFOURI)
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No Estadão
Ducati Scrambler, vendida a R$ 36.990, tem motor de 75 cv e um estilo capaz de chamar muita a(XXX)(*) atenção
(*) Juro, este é inédito pra mim, chamou muito a minha atenção.
Atentado atribuído ao EI mata 10 em Istambul
Já o vice-primeiro-ministro, Numan Kurtulmus, afirmou que o suspeito (teria entrado)(XXX)(entrou)(XXX)(*) no país via Síria.
(*) Ah, afirmou que teria? Eu afirmo que acho que me lembro vagamente de que tomei um cafezinho faz dois minutos, mas não garanto que tomei … Quem afirma, afirma.
O que foi dado como certo é que o autor agiria(XXX)(*) em nome do Estado Islâmico.
(*) Dado como certo, pero no mucho, né? Agiria… Se é dado como certo, agiu. Que falta faz pensar antes de escrever.
Após impasse sobre trajeto, PM usa bombas para impedir ato na Paulista
(…)Suspeitos (???) foram presos com correntes, tesoura, soco inglês e artefatos explosivos.
(???) Orra, meu, o que mais precisariam carregar para não serem considerados suspeitos?
PM descumpriu ‘manual antidistúrbio
Contraponto. A professora de Direito Constitucional da Faculdade Getúlio(XXX)(Getulio)(*) Vargas (FGV)
(*) Não sei se ainda fazem isto na Jovem Pan, dão a hora certa e, a seguir, alguém diz “repita”: repito, não tem acento em Getulio no nome da FGV, mas o Estadão insiste em usar, dizem que “modernizam” a grafia de nomes (Castello com um ele, acentuam Sergio no nome de Gabrielli, às vezes Aloizio no nome de Mercadante, ‘alemmente’ o em Petrobras, por exemplo). Trepito: então, tasquem um acento em Julio na capa do jornal, aí ficará tudo ‘muderno’. Ah, lá não…
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No Fato Online
Cobras e lagartos: delação de Cerveró atinge FHC, Lula, Renan, Collor etc(.)(*)…(XXX)(*)
(*) Tem ponto em etc. e as reticências deveriam ir depois, mas o uso é impróprio
Informações(?) prestadas pelo ex-diretor da Área Internacional da Petrobras dão informações(?)
(?) Isto é que é informar bem!
As revelações feitas pelo ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró aos investigadores da Operação Lava-Jato (é sem hífen, zoiem como a PF escreve) chamam (a) atenção
Pelo que delatou Cerveró, veem(XXX)(vêm)(*) de longe os esquemas que envolvem pagamento de propina na Petrobras.
(*) Veem é do verbo ver, mas o autor não enxergou bem…
(…), a contratação do grupo Schahin pela estatal para a operação do navio(-)sonda Vitória 10.000.
Em sua delação, o ex-diretor da área internacional da Petrobras detalhou o funcionamento de um mega-esquema(XXX)(megaesquema)(*)
(*) Aproveitando as ensanchas, a Mega Sena, de acordo com a reforma ortográfica, deveria ser Megassena, mas a Caixa adotou outra grafia.
O acordo foi fechado com o então líder do governo na Câmara, o ex-deputado Cândido Vacarezza(XXX)(Vaccarezza)
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Na Folha
Lula loteou BR Distribuidora entre Collor e PT, diz procurador
Notem, a PGR erra a grafia do nome de Lula, escreve Luís, é Luiz. É uma falta de respeito generalizada. Não é erro do jornal.