que futebol é esse?

Que futebol é esse? Blog Mário Marinho

que futebol é esse?

É verdade que o Brasil foi prejudicado com a não marcação do pênalti sobre Vinicius Jr., quando o jogo estava ainda 1 a 0. Se convertido, o placar de 2 a 0 poderia mudar tudo a favor da Seleção Brasileira.

Mas, é verdade também que se a Seleção jogasse mais, se seus jogadores errassem menos, mostrassem mais criatividade, talvez o Brasil não levasse o gol de empate ou, em outra hipótese viável, poderia até ter marcado o segundo gol.

Mas quem marcou foi a Colômbia e, com o empate, se classificou em primeiro lugar, livrando-se, assim, de enfrentar o Uruguai no jogo do próximo sábado.

Outra verdade indiscutível é que se a Seleção estivesse jogando bem, a ponto de entusiasmar o torcedor, não haveria essa paúra por enfrentar o Uruguai. Ainda usando a língua de Michelangelo paura di cosa?

É isso mesmo: medo de quê?

Claro, o Uruguai merece respeito. Mas, medo, de forma alguma.

Mas mete medo, sim, nesse amontoado de jogadores brasileiros que disputam a Copa América.

Nossa estreia foi um pálido empate, 0 a 0, contra a também pálida Costa Rica.

Foi o chamado banho de água fria.

O segundo jogo foi contra o Paraguai, vitória fácil, 4 a 1. Um falso brilhante.

E o terceiro jogo contra a Colômbia, valendo a liderança do grupo.

Cheguei a comentar aqui que esse poderia ser um jogo menos complicado para o Brasil porque a Colômbia sempre procurou imitar o estilo de jogo brasileiro. Um time que joga e deixa jogar, admiradores da arte do futebol.

Mais do que admiradores da arte do futebol, são admiradores do futebol brasileiro que eles consideram uma arte.

Passei cerca de 45 dias na Colômbia, em 2001, durante a Copa América realizada lá.

Foi um tempo muito produtivo de contato diário com os jornalistas esportivos de lá e conheci a admiração e respeito com que eles tratam o futebol brasileiro.

Admiração que vem desde 1948, quando o futebol se profissionalizou na Colômbia e os altos salários propiciaram a criação do “El Dorado”, com a contratação, a peso de ouro, de craques do mundo todo, inclusive do Brasil.

que futebol é esse?
O genioso Heleno de Freitas, ídolo do Botafogo
carioca, marcou forte sua presença no El Dorado colombiano

Foi um choque para os colombianos, naquela Copa, a eliminação do Brasil pela fraca Seleção de Honduras, convidada de última hora para preencher a vaga deixada pelos argentinos que tiveram medo de participar da Copa. Só para lembrar, na época, a Colômbia era sacudida por uma briga interna, verdadeira guerra, contra as FARCS, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo paramilitar de inspiração comunista em sua origem e depois praticamente dominadas pelo narcotráfico.

Mas a Copa América foi disputada em paz.

Só por curiosidade o time escalado por Luiz Felipe Scolari foi este:

Marcos, Belletti, Cris, Luisão (Juninho Pernambucano), Juan e Júnior; Emerson e Alex; Eduardo Costa (Jardel), Denílson e Guilherme.

Enfim, no jogo desta terça-feira, a Colômbia jogou o seu futebol, o mais parecido possível, com arte e comandado pelo craque James Rodrigues, um craque quando veste a camisa colombiana e já não tão craque assim quando veste a camisão do São Paulo.

Quanto ao Brasil, jogou o quê?

Nada.

Será esse o nosso futebol. É essa a nossa dura realidade?

Se assim for, nossa participação a Copa América termina no sábado.

PS – Que cartão amarelo idiota que Vinicius Jr. levou, ao receber um chapéu do colombiano e deixar o braço para acertar o adversário.

Ou seja: ele pode dar os dribles que quiser nos adversários, inclusive chapéus, mas não pode tomar.

Resultado: está fora do jogo decisivo do sábado.

Melhores momentos de Brasil 1 x 1 Colômbia

https://youtu.be/2FAnfeRQK4Y?si=aQlwfO4Mh4wesQzF

Vaga ainda

aberta no Corinthians

placa
Placa para as portas do Corinthians

Não está fácil contratar o técnico dos sonhos do presidente Augusto Mello, Fábio Carille hoje no Santos.

Carille comandou treino normalmente na manhã de hoje, na Vila Belmiro, e até confirmou para amigos que embarcaria à tarde para o Ceará, onde o Santos jogará amanhã.

Paralelamente, a diretoria fez contato com Ramón Diaz, o técnico argentino que livrou o Vasco do rebaixamento no ano passado.

Diaz confirmou o contato e confirmou também que enviou proposta ao Corinthians, mas até o começo da tarde de hoje não havia recebido resposta corintiana.

O Timão continua insistindo em Fábio Carille e são dois os impedimentos:

1 – O contrato do atual técnico do Santos vai até o final do ano e a multa rescisória é de R$ 2 milhões. Não parece ser um impedimento muito grande para que já pagou multa rescisória a Mano Menezes no valor de 10 milhões de reais.

2 – O Corinthians estuda com seu Departamento Jurídico se corre o risco de ser cobrado pelo clube japonês V-Varen Nagasaki de uma multa que chega a quase nove milhões de reais.

Explica-se: o Nagasaki cobra de Carille essa multa por ter deixado o clube no começo do ano para se transferir para o Santos. Os japoneses dizem que Carille não pagou a multa por rescisão contratual. O caso está sendo estudado na Fifa.

Se esses dois impedimentos forem eliminados, Fábio Carille será o novo técnico do Corinthians.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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