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Precisamos falar sobre a pandemia no Brasil. Por Paulo Renato Coelho Netto

Pandemia…Para quem não faz parte dos grupos de risco e espera ser vacinado em 2024 contra a Covid-19, esqueça. Não haverá vacinação em massa em 2024.

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Há um silêncio gritante sobre a Covid-19 no Brasil. Os meios de comunicação perderam o interesse em cobrir a covid ou a população não quer mais saber? Ou ambos?

Sequer ao largo o tema tem sido pauta nas redações. Quando surge, é notícia de pé de página.

Dez por cento das vítimas fatais da pandemia no mundo ocorreram no Brasil, onde mais de 700 mil pessoas morreram de covid. Somos aproximadamente 3% da população mundial.

A Justiça precisa esclarecer se houve negligência na condução da crise sanitária no país. O vírus continua matando 17 brasileiros diariamente. As vacinas foram reduzidas apenas aos grupos prioritários.

As notícias estão aí pedindo para entrar em pauta.

O processo sobre a pandemia no Brasil, no Supremo Tribunal Federal, foi encaminhado para análise no dia 22 de fevereiro deste ano ao ministro Flávio Dino. Não há previsão de quando ele irá se manifestar sobre o caso, segundo a assessoria de imprensa do STF. A ação tramita desde 25 de novembro de 2021.

No dia 20 de outubro de 2021 a CPI da Covid chegava ao fim, apresentando um relatório com 1.180 páginas recomendando o indiciamento de mais de 70 pessoas físicas e duas empresas.

De acordo com a CPI, os indiciamentos estão relacionados com o negacionismo em relação ao vírus e as vacinas, que teria aumentado o número de mortes no Brasil, provocadas também pelo uso de remédios ineficazes e sem respaldo científico contra a doença.

Dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que a Covid-19 acumulou 711.502 mortes no Brasil desde o início da pandemia e mais de 38,7 milhões de casos até o momento.

Apenas entre os dias 7 e 14 de abril de 2024, 122 óbitos foram notificados na 14ª Semana Epidemiológica, atualizados no último domingo (14).

Por dia, 17 brasileiros ainda morrem de covid. Mesmo assim, o Ministério da Saúde desconsidera vacinar toda a população em 2024.

Desde o início do ano até a 14ª Semana Epidemiológica, as maiores vítimas da covid são os idosos com mais de 80 anos (495), seguidos pelos de 60 a 79 anos (407), e 20 a 59 anos (161).

De janeiro até agora a covid levou a óbito 13 bebês com menos de um ano, nove crianças de um a quatro anos, sete de cinco a onze anos, e seis na faixa etária de doze a dezenove anos.

Mais de sete milhões de pessoas morreram de covid entre os anos 2000 e o dia 5 de maio de 2023, quando a OMS decretou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à Covid-19.

Vacinas

Para quem não faz parte dos grupos de risco e espera ser vacinado em 2024 contra a Covid-19, esqueça. Não haverá vacinação em massa em 2024.

Segue nota, na íntegra, do Ministério da Saúde sobre o esquema vacinal contra o vírus da Covid-19:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), após quatro anos de pandemia, a maioria das pessoas tem imunidade contra o vírus da Covid-19, resultante da infecção, vacinação ou de ambas. Deste modo, as pessoas dos grupos de risco têm a maior chance de ficarem gravemente doentes ou morrerem e têm prioridade na imunização.

Para evitar mortes e casos graves de covid observados em 2023, o Ministério da Saúde incluiu a vacinação de bebês de seis meses a crianças menores de cinco anos no Calendário Nacional de Vacinação. Pais e mães devem levar seus filhos para se vacinarem e ficarem protegidos.

Para o chamado grupo prioritário, composto por indivíduos de 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas, a recomendação atual é de uma dose a cada semestre.

Para os demais públicos prioritários, a imunização é anual. São eles: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.

O Ministério da Saúde informa ainda que assegura a vacinação das pessoas que nunca se vacinaram ou estão com o esquema vacinal incompleto. Atualmente, o esquema primário completo consiste em duas doses da vacina de Covid-19. Quem ainda não se vacinou ou está com alguma dose atrasada, deve ir a uma unidade de saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal.

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paulo rena

Paulo Renato Coelho Netto –  é jornalista, pós-graduado em Marketing. Tem reportagens publicadas nas Revistas Piauí, Época e Veja digital; nos sites UOL/piauí/Folha de S.Paulo, O GLOBO, CLAUDIA/Abril, Observatório da Imprensa e VICE Brasil. Foi repórter nos jornais Gazeta Mercantil e Diário do Grande ABC. É autor de sete livros, entre os quais biografias e “2020 O Ano Que Não Existiu – A Pandemia de verde e amarelo”.

 

capa - livro Paulo Renato

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