Lista de absurdos: cadê as respostas? Por Silvia Zaclis
Lista de absurdos da guerra
- Ao longo dos anos, o Catar e a comunidade internacional forneceram zilhões de dólares para o Hamas, entidade que administra Gaza. Grande parte – se não tudo- desses zilhões foi gasto na construção de uma rede sofisticada de túneis. Quaquilhões de dólares enterrados nesses bunkers sob as cidades… com sistemas de água, ar condicionado, wifi, centenas de aposentos mobiliados protegidos com portas blindadas. Só que essas construções não pertencem aos moradores comuns de Gaza.
E aí, ninguém reclama? “Puxa, Hamas, dei dinheiro para a construção de escolas, hospitais, e vocês gastam em túneis que têm serventia só para atacar Israel? Será que esse uso da dinheirama interessa à população civil que se vira como pode na superfície?”
Eis a questão. Ninguém se choca ao saber que o dinheiro foi usado pelo Hamas apenas para o conforto do Hamas?
2. Se eles estão preocupados (não estão) com o número de vítimas da guerra, por que então não colocam as pessoas a salvo, dentro dos túneis? Ah, não cabe todo mundo? Pelo menos protejam as crianças, os doentes…
3. Aí volta a questão da população civil. Alguns dos israelenses sequestrados em 7 de outubro e liberados durante o cessar-fogo – entre eles um menino de 12 anos e uma senhora de 86 anos – contam como foi atravessar as ruas de Gaza com os terroristas. O povo cercando os carros em comemoração desenfreada enquanto alguns adultos e crianças agrediam os reféns com paus e sei lá mais o quê.
4. Tomara que eu esteja desinformada, pois não ouvi NENHUMA moção, ou coisa do gênero, exigindo que o Hamas liberte os reféns imediatamente. Dá para imaginar uma coisa dessas? Pensando bem, esse deveria ser o item 1 da minha lista.
5. O Biden pressiona Israel a realizar ataques “mais cirúrgicos” para preservar os civis de Gaza. Se ele ensinar como fazer isso sem aumentar o risco para os soldados israelenses, será que o pessoal vai pensar a respeito?
6. Ou seja, tudo é uma grande encenação. O ataque cruel e espetaculoso de 7 de outubro foi calculado não “apenas” para matar o maior número possível de israelenses, mas para provocar Israel a um nível enlouquecedor.
O Hamas sabia que a reação seria furiosa; que morreriam muitos moradores da Faixa de Gaza; e que, mais uma vez, Israel seria pressionado a maneirar sua defesa.
7. Desde o início do conflito, o respeitadíssimo escritor Yuval Harari sustenta que Israel caiu numa armadilha. Em entrevista à CNN, um político israelense disse que Israel não consegue terminar uma guerra – é sempre parado antes.
Se o Hamas não for expulso de Gaza, depois de tanto sofrimento dos dois lados, do desperdício de tantas vidas, famílias destroçadas, uma dor ainda maior seria ter de enfrentar uma nova armadilha mortal daqui a alguns anos.
Nesse conflito, o único vencedor é sempre o Terror.
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SILVIA ZACLIS – É JORNALISTA
Perfeito.
O problema é que as pessoas não desejam entender, querem pretextos para condenar Israel
Muito bom seu artigo. Tenho mantido uma guerra de argumentos com algumas pessoas.
Não é que as pessoas não entendem. Não querem entender. Por mais que neguem, existe um antissemitismo introjetado na cabeça de muitos, um esquerdismo idiota na cabeça de outros, e uma ignorância monstro na cabeça de todos os críticos. Não percebem que o Hamas não está a defender um Estado palestino, está a defender, sim, um estado islâmico, com “sharia” e tudo. Mesmo que os árabes palestinos venham a ter um Estado (sou a favor disso), estado esse que já poderiam ter tido há tempos, isso não irá solucionar o problema do terrorismo, pois enquanto houver um Irã aiatoláico, grupos terrorista sempre existirão.