O Movimento dos Sem Time. Blog Mário Marinho
Corinthians, Vasco e Santos são os primeiros integrantes do recém-criado Movimento dos Sem Time.
Não se trata de um movimento voltado à ocupação de terras improdutivas.
Mas, se fosse, encontraria generosos espaços que os três times insistem em criar em seus jogos. São espaços vazios, improdutivos que estão sempre sendo ocupados pelo adversário.
No fim de semana, tivemos reedição da atuação (?) desses times no Brasileirão.
O Corinthians recebeu o Bragantino em casa, na manhã ensolarada de domingo.
Foi o jogo de um time só: o Braga.
O Timão voltou a apresentar defeitos que parecem até bem treinados, tamanha a facilidade com que os jogadores executam.
Não se pode cobrar o técnico Vanderlei Luxemburgo atuações fantásticas que levassem o time ao topo da tabela ou, pelo menos, entre o G4.
Nada disso.
O time é fraco. Seus principais jogadores já deixaram para trás a condição de veteranos e estão beirando a idosos. Não se vê uma jogada ensaiada, uma triangulação entre seus jogadores.
O gol, quando sai, é fruto de um erro do adversário, de um bate-rebate, de um toque meio sem querer – nunca fruto de uma jogada organizada.
Se o Goiás vencer o frágil e lanterna Coritiba hoje à noite, o Timão, com toda sua grandeza, mergulha novamente na Zona de Rebaixamento, de onde será difícil sair.
Jogando em Cuiabá, o Santos foi presa fácil para o Cuiabá: 3 a 0.
Os gols só saíram no segundo tempo. Parece que os cuiabanos não acreditavam na moleza que estavam recebendo e só no segundo tempo resolveram partir para cima e definir o jogo.
O técnico Paulo Turra fez sua estreia ontem e deve estar, neste momento, pensando o tamanho da fria que tem pela frente.
No Rio, o Vasco da Gama segue sua marcha triste de derrota em derrota.
Perdeu para o Botafogo, 2 a 0, o que é absolutamente normal, já que o time de Garrincha é, no momento, líder e melhor equipe deste Brasileirão.
O problema é que não se vislumbra a chamada luz no fim do túnel.
A situação está ruim e tende a piorar.
Outro que está em situação ruim é o meu América que, ontem, conseguiu valoroso empate frente ao Galo, depois de estar perdendo por 2 a 0. Como resultado de jogo, não foi ruim.
O América tem apenas 9 pontos conquistados (ao lado do Vasco) em 13 jogos.
É uma campanha ridícula.
Chororô
do Verdão
Mais uma vez, o Departamento de Lágrimas e Reclamações do Verdão, que fica bem ao lado do competente Departamento de Futebol, foi acionado com a batida teoria da conspiração.
Segundo o auxiliar técnico João Martins, que ontem dirigiu o time no empate, 2 a 2, com Athletico Paranaense, o Palmeiras foi vencido pelo sistema que trabalha para impedi-lo de ser campeão brasileiro mais uma vez. O técnico Abel Ferreira não pôde dirigir o time do banco de reservas porque cumpre suspensão por conta de suas excessivas reclamações muitas vezes extremamente exageradas.
Não se pode negar o erro do árbitro ao não expulsar o zagueiro do Athletico que deu criminosa cotovelada no garoto Endrick.
Na verdade, nem o pênalti ele marcou: só o fez depois de alertado pelo VAR.
Mas daí a ver uma conspiração contra o verdão vai uma distância muito grande.
Erros de arbitragem acontecem em toda rodada. Não existe a perseguição contra um determinado time.
Outra coisa que não dá para entender no Palmeiras é a reclamação de sua torcida que, na semana passada, fez protestos diante do Allianz Parque contra a diretoria.
Protestavam no mesmo dia em que a competente presidente Leila Pereira apresentou o avião que acaba de comprar.
É reclamar de barriga cheia.
O Palmeiras está ganhando quase tudo o que disputa. Tem invejável estrutura administrativa; seu Departamento de Futebol é de primeiro mundo.
A torcida deveria se orgulhar de tudo isso e deixar a paz reinar.
É assim que se ganha título.
Veja os gols do Fantástico:
As
Belas
A Seleção feminina brasileira venceu o Chile ontem, 4 a 0, mostrando que está afinadíssima para a Copa do Mundo que será disputada na Austrália e Nova Zelândia a partir do próximo dia 20.
Veja os gols:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi 
durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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