Inacreditável

POR BENJAMIM CAFALLI

Inacreditável ouvir o Salles falando coisa que presta

Inacreditável
POR BENJAMIM CAFALLI

 Inacreditável!!!

O que estará por trás disto? O bozista de carteirinha com firma reconhecida, deputado federal Ricardo Salles, para espanto geral, declarou em discurso na Câmara aquilo que todo brasileiro sensato pensa há muito tempo, os gastos militares e com militares são a mesma coisa que jogar dinheiro no lixo:

“São 40 anos [foi bondoso, é muito mais] gastando os tubos do contribuinte brasileiro, gastando dinheiro com submarino nuclear, satélite brasileiro e nunca chega ao destino. É um enterramento de dinheiro sem fim com essa obsessão de conteúdo nacional. Mentalidade da época do [general Ernesto] Geisel [ditador militar entre 1974 e 1979]. Não tem o menor sentido isso.Estamos gastando dinheiro com inimigos fictícios, míssil não sei de onde, bateria antiaérea para guerrear com quem?

Acho que as operações de garantia de GLO [Garantia da Lei e da Ordem] tem um custo altíssimo e uma efetividade baixíssima, eu presenciei as operações na Amazônia foi enxugar gelo o tempo todo… Era só o slide de cuidado com questão odontológica, plantio de árvore… Não tinha uma operação efetiva de troca de tiro com garimpo ilegal … A Operação Mundurucu resultou na apreensão de um avião da FAB pelos indígenas lá em Jacareacanga.”

 Não há como discordar, mas a questão pode ser bem definida com a dúvida  latina cui prodest (?), quem lucra? Ele, com certeza, não, se  indispôs com militares, bozistas e faz parte da extrema direita. E pretende ser prefeito de São Paulo arrumando conflito com Tarcísio de Freitas, o governador bozista?

Pra quem estiver achando que foi um “suposto” discurso:

https://www.youtube.com/shorts/jSu8TNKTu9I

A pá de cal

E, infelizmente, não se trata da brincadeira que minha irmã faz com Il n’y a pas de quoi. Acabou-se definivamente a Operação Lava Jato, a que começou com o nome errado – deveria ser Lava a Jato – e termina agora com mais um juiz agindo de forma errada.

De certa maneira, pode-se considerar que se comportou pior que o ex-tudo e agora senador Sergio Moro. Ele, ao menos que se saiba, nunca se passou por outra pessoa na intenção de chantagear alguém.

O juiz Eduardo Appio, que conduzia os processos em Curitiba, foi afastado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região por má conduta. Foi gravado se passando por outra pessoa em uma ligação, com intuito visivelmente intimidatório, para João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz Sergio Moro em um escritório de advocacia. Ele é  filho do desembargador Marcelo Malucelli, que julga um processo disciplinar contra Appio.

O TRF-4 é aquele que referendou todas as decisões de Moro em processos envolvendo Lula.

O afastado será substituído pela juíza Gabriela Hardt. Ela, quando atuou como juíza substituta em 2019, condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio em Atibaia (SP), concordando com o andamento dado à ação por Moro quando era o responsável pelo processo. A sentença foi uma das anuladas pelo STF.

Mudou o léxico ou o vaselinismo impera?

Suposto ganhou sentido novo? Não? Então como explicar o que segue?

O título está na capa do UOL e em matéria da “Folha de S.Paulo”:

“TRF-4 viu 6 tipos de infrações em suposto telefonema de juiz da Lava Jato”.

Na capa do portal, logo abaixo, há a chamada: “Ouça a gravação de telefonema que fez o juiz Eduardo Appio ser afastado”. Aberto o link vê-se um dããã: “Lava Jato: Veja gravação de telefonema que fez Eduardo Appio ser afastado”.

Ver uma gravação, cara-pálida? Para você, se ouve um vídeo?

Mas isto é o de menos. Suposto telefonema e tem gravação? Das duas uma, ou a ligação não é suposta ou a gravação é que merece a dúvida, não?

Gente, vamos parar com o mimimi e lembrar que Jornalismo é Jornalismo, outra coisa é uma coisa diferente?

Mas se preferem moleza, o trabalho em fábrica de desentortar bananas é uma maravilha.

As decisões serão mantidas mais “acima”?

Uma  juíza substituta da 5.ª Seção Judiciária do Distrito Federal, Diana Wanderlei, anulou ontem a posse do monoglota presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana.

 O dedicado dirigente escolhido para lidar com exportações de inglês só sabe falar cinco ou seis palavras. Mas, para não decepcionar quem o escolheu, mudou o regulamento da agência, eliminando a obrigação de fluência no idioma de Shakespeare. Todo o esforço somente para receber uns trocadinhos, R$ 65 mil por mês.

 Em mais uma ação saneadora, o juiz Raimundo Santana, da 5.ª Vara da Fazenda Pública de Belém, anulou a nomeação Daniela Barbalho, mulher do governador paraense Helder Barbalho como conselheira no Tribunal de Contas do Estado, merecedora também de uns trocados mensais, R$ 35 mil, e mais cargo vitalício. O juiz viu o que só Barbalho não viu – na verdade viu, mas apostou na sorte como todos os Barbalhos, é só pesquisar –  violação dos princípios da impessoalidade, da publicidade, da moralidade, e mais a prática de nepotismo.

 Já em Roraima, a Assembleia Legislativa não viu nada do percebido pelo juiz paraense e confirmou a escolha feita pelo governador Antonio Denarium (dinheiro…?). A mulher dele, Simone Denarium, foi confirmada na função de conselheira do Tribunal de Contas do Estado. O cargo também é vitalício, o salário é baixo, R$ 35,5 mil, mas pensando em minorar o sacrifício, foram criados auxílios que elevam o pagamento a R$ 62,5 mil por mês. Que alívio, a família está com o futuro garantido. A menos que um juiz…

 Mais um premiado

O Conselho Nacional de Justiça puniu ontem (23) o juiz Marcos Scalercio, do Tribunal Regional do Trabalho 2,  com  aposentadoria compulsória. Foi acusado  de assédio sexual e importunação sexual contra, no mínimo três mulheres em São Paulo.

É mais um caso em que o crime vale a pena. Como bem definiu o jornalista Octavio Guedes, ganhou a Bolsa Tarado.

O Brasil é um país peculiar, os responsáveis pela Justiça cometem crimes e são beneficiados. Os militares, os responsáveis pela segurança nacional, quando se comportam mal, são expulsos das Forças Armadas – com exceção do mau militar que fez conchavo com a Justiça (?) Militar e acabou por presidir o país –, considerados mortos e a pensão vai para a família.

Se todos são iguais perante a Lei, todos os criminosos não deveriam ser premiados também?

(CACALO KFOURI)

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Copiadas do UOL

Calotes milionários: por que donos de carrões optam por não pagar IPVA

Em compensação, valores em aberto impedem o veículo de ser licenciado e o mesmo(XXX) pode ser retido caso seja parado em uma blitz, além de multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira de habilitação.

(XXX) É mesmo, cara-pálida? Não sabe mesmo que mesmo não pode e não deve ser usado como pronome? “Em compensação, valores em aberto impedem o veículo de ser licenciado e pode ser retido”. Viu que fácil?

Trajano(!!!) sobre programa para negros: ‘A maior paulada que já tomei’

(!!!) Que mancada, hein, cara-pálida? Não é machismo de forma alguma, é questão de respeito, pois sobrenomes, em geral, são dos maridos. Mulheres são tratadas pelo primeiro nome? Alguém já viu, por exemplo, Dilma ser chamada de Rousseff? Gleise, de Hoffmann, Hillary, de Clinton? E no caso do UOL, fica pior ainda, Trajano é o jornalista José que tem coluna no portal.

Apesar de haver a foto, tem de ser Luiza Trajano, escriba, não cabe nome incompleto, Luiza, no caso específico, não a identificaria.

O título da matéria a que a chamada remete não serviu de inspiração para o uólico:

“Luiza Trajano lembra programa do Magalu para negros: ‘A maior paulada que já tomei’”

Mais tarde, caiu a ficha na redação e alguém acrecentou Luiza ao título.

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Copiadas do Blog do Ancelmo

 legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake: Ana Cláudia Guimarães (editora)
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações. E, afinal,  qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem mirar?
Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros. É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. Sem esquecer de que mistake/miss Caixa é a editora.
 Cantinho del jefe

 1 – . A autora de “Mazal(XXX)(Mazel) Tov”, Margot Vanderstraeten, falará sobre o livrohoje(X)(falta espaço),

(XXX) Boa sorte na próxima vez que escrever, jefe.

Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa

 1 – (…). O enredo anuncia um Brasil parcialmente devastado pela (terceira guerra mundial)(X),

(X) Errador, nunca leu livros de História Universal? Neles, tanto a Primeira como a Segunda Guerra Mundial estão em caixa-alta…

2 – Veja essa(XXX)(ESTA).

3 – Vereadores do Rio preparam homenagens a Vini Jr(X), que deve receber o título de cidadão carioca

(X) Atento escriba, tem ponto depois de Jr., viste?

Cantinho da mistake/miss Caixa

 1 – Dono do Velho Adônis foi assinar comida para Fernando Haddad, mas a cozinheira do(?) Lula, Tia Zélia, comanda com frequência os encontros

(?) Que intimidade, hein, mistake? No texto está de, por que do na linha fina?

2 – Já na lua de mel, no dia seguinte da festa, o marido foi parar no hospital, e médico constata(X)(constatou) que alimento estava ruim

3 – há um capítulo que revela detalhes exclusivos do cumprimento de mandado de buscar(!) e apreensão feito na casa dela,

(!) Mistake, para a criatividade ser total deveria ter escrito buscar e apreender… Deixa por busca?

(…), sob a acusação de favorecimento ilícito nos acordos de delações premiadas, além de prejuízos que (teriam sido)(XXX) causados a outros 77 advogados e escritórios de advocacia – entre eles, o de Cristiano Zanin ( advogado de Lula) – , que prestavam serviços à Fecomércio e à Confederação Nacional do Comércio.

(XXX) Afastado por hipótese, mistake? Foi acusado, viste?

(…), o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio , encerrou a investigação (contra os)(X) advogados,

4 – Os bueiros da rua Xavier da Silveira, em Copacabana, estão todos soltando uma espuma branca desde às(XXX) 11h. Os moradores e os porteiros do prédio estão sem saber o que fazer, porquê(!!!) não tem ideia da origem do produto. Apenas (uma caminhão)(?) da Comlurb tenta limpar a rua.

(XXX) Não, miss Crase, é desde as, viste?

 (!!!)(?) Pelo jeito não são somente eles que não sabem, né, mistake? Porque sem chapéu, um caminhão, viste?

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