É moleza torcer para o Real. Blog Mário Marinho
Ganhar um campeonato Mundial é muito bom.
Ganhar dois é muito melhor.
Ganhar três é um sonho.
Imagine ganhar oito, como o Real Madri fez neste fim de semana.
Não só ganhar oito títulos mundiais, mas muito importante: jogando bem.
Contando apenas os títulos mais importantes, o clube detêm 34 títulos da La Liga (um recorde), 19 títulos da Copa del Rey, 12 títulos da Supercopa da Espanha, 1 título da Copa da Liga Espanhola, 1 título da Copa Eva Duarte.
Será que se a final do Mundial fosse contra o Flamengo o Real seria campeão?
Em minha opinião, sim.
Parece ter chegado ao fim aqueles tempos, há uns três anos, que o Mengão ganhava tudo.
Era um máquina.
Partia para o ataque com, no mínimo, três atacantes muito velozes e bem distribuídos. Pelo meio, estava o craque com a bola; pela direita, outro atacante; e, pela esquerda, o terceiro.
A defesa adversária ficava em pânico.
Isso deu muitas vitórias e títulos ao Flamengo.
O que parece agora é que os jogadores entram em campo entediados. Sabe aquele negócio de jogar só para cumprir tabela?
Já os jogadores do Real Madri entraram em campo com vontade de vencer. Com gana, muita gana. Até para desmentir muitos que afirmam que o europeu não dá muita bola para o Mundial de Clubes.
O Real dominou seu adversário o tempo todo.
Tocou pacientemente a bola até encontrar o momento para chegar ao gol adversário.
O jogo terminou 5 a 3.
Lembrou-me o time Santos daquele tempo de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
O Santos vencia quase sempre com quantidade razoável de gols. Em compensação, levava também muitos gols.
O primeiro contato que eu tive com o Real Madrid foi em 1960, quando veio ao Brasil para enfrentar o Vasco da Gama.
O Maracanã recebeu mais de 120 mil torcedores.
O Vasco jogou com: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho, Bellini, Écio, Orlando, Coronel, Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga.
O técnico era o mineiro Martim Francisco.
O timaço do Real foi este:
Dominguez; Marquitos (Michel), Santamaria (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento.
O técnico era Miguel Munhoz que havia assumido no ano anterior (1959) já levantando a Taça dos Campeões, conquistada pela 5ª vez.
Uma das atrações do Real Madrid era o veloz ponta Canário, hoje com 88 anos de idade.
Canário foi revelado pelo América carioca, time que defendeu de 1955 a 1958.
Em 1959 e ele foi contratado pelo Real, onde ficou até 1962.
Terminado o contrato, Canário não voltou ao Brasil. Defendeu, pela ordem, os seguintes times:
1962– 1963, Sevilla
1963 – 1968, Real Zaragoza
1968 – 1969, Real Mallorca.
Terminado seu contrato com o Real Mallorca, Canário se despediu do futebol e retornou à cidade de Zaragoza, para ser empresário no ramo de Hotelaria.
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Parabéns
para as Bravas
O time feminino do Corinthians, conhecido como “as Bravas”, conquistou mais um título para sua extensa lista de troféus: o bicampeonato da Copa Brasil.
Foi nesse domingo, com a incontestável vitória por 4 a 1 sobre o time do Flamengo.
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PS – O título dessa publicação “É moleza torcer para o Real” é uma paráfrase de uma frase criada pelo jornalista Milton Neves, nos anos 90, quando o São Paulo ganhava tudo. A frase era: “Torcer para o São Paulo é a maior moleza”.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi 
durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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