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ROBERTO DINAMITE

Lá se vai mais um grande artilheiro. Blog Mário Marinho

ROBERTO DINAMITE: UM GRANDE ARTILHEIRO

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ROBERTO DINAMITE

O que fica, além dos 708 gols marcados, é o sorriso franco, bonito, alegre.

E 708 gols em 1110 jogos são números pra lá de espetacular.

Aos 12 anos de idade, o menino Calu já demonstrava suas habilidades em jogos nos times de várzea no bairro onde nasceu e morava, na cidade de Duque de Caxias, no bairro São Bento, no dia 13 de abril de 1954.

Acompanhou a campanha do tri da Seleção Brasileira, no México, em 1970, e tornou-se fã de Jairzinho.

Aos 15 anos de idade foi convidado pelo técnico Gradim, que trabalhava como olheiro para o Vasco, para ir treinar entre os juvenis do Clube. Um mês depois já era titular.

Em um ano de clube, o franzino Calu ganhou seis quilos, depois de uma forte dieta que incluía boa alimentação e treinos especiais para ganhar musculatura.

Assim, chamou a atenção do técnico Travaglini que o relacionou para jogar entre os profissionais para o Campeonato Brasileiro de 1971, por tanto, com 17 anos.

Sua estreia foi contra o Bahia com derrota por 1 a 0. Roberto jogou só meio tempo.

Consta a história (lenda?) que às vésperas do jogo seguinte, um repórter do então influente Jornal dos Sports, telefonou para um diretor do Vasco perguntando sobre as novidades sobre o time do Vasco que enfrentaria o Atlético (se sagraria o primeiro campeão brasileiro). Haveria alguma bomba?, quis saber o repórter.

O diretor respondeu:

– Em vez de bomba, vamos lançar uma dinamite.

O Jornal dos Sports deu a seguinte manchete: Vasco vai lançar garoto-dinamite.

Mas o garoto não foi bem.

O jogo seguinte foi no dia 25 de novembro, uma quinta-feira, contra o Inter, no Maracanã. No segundo tempo, quando o Vasco vencia por 1–0,  o técnico Admildo Chirol tirou Gílson Nunes e colocou Roberto. Na primeira bola que recebeu Roberto driblou quatro jogadores jogando a bola no canto esquerdo, num belo gol, o seu primeiro no time profissional.

O Jornal dos Sports trouxe a seguinte manchete:

 Garoto Dinamite explodiu!

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Daí para a frente Dinamite foi incorporado ao seu nome. E até virou sobrenome de seu filho.

Em 1980, Dinamite foi alvo de milionária negociação e se transferiu para o Barcelona.

Mas sua vida na Espanha durou apenas 3 meses e três gols.

Muito pouco.

Assim o Barcelona tratou de vender o passe do jogador.

O primeiro interessado foi o Flamengo, que quase o comprou.

Porém o Vasco foi mais rápido e levou o artilheiro de volta para São Januário.

A sua volta, aguardada com grande ansiedade, foi contra o Sport, em Recife.

Não aconteceu nada demais.

No dia 5 de outubro de 1980, Roberto Dinamite fez sua reestreia no Vasco, enfrentando o Corinthians de Sócrates, no Maracanã.

O Vasco venceu por 5 a 2.

Com 5 gols de Roberto. O Dinamite estourou outra vez.

Veloz e habilidoso, apesar de alto e forte, Dinamite ficou no Vasco até 1989, quando foi negociado com a Portuguesa de Desportos, de São Paulo.

Ficou um ano, ajudou a Lusa a conseguir boa colocação no Brasileirão, mas não quis renovar o contrato e voltou para o Rio de Janeiro, para jogar o estadual pelo Campo Grande, ficando em quinto lugar.

Daí, decidiu voltar para o Vasco e fazer o seu jogo despedida, em 1993, aos 53 anos de idade.

Vestiu a camisa da Seleção Brasileira por 38 vezes e marcou 20 gols.

Carreira brilhante: em 22 temporadas, disputou 1110 jogos, marcando 708 gols. É o maior artilheiro do Vasco.

Depois de encerrada sua carreira de jogador, participou da política, elegendo-se primeiro vereador depois deputado estadual por cinco vezes.

Foi eleito também presidente do Vasco por dois mandatos.

Dinamite recebeu do Vasco, como homenagens, uma estátua em São Januário que é ponto obrigatório de parada de torcedores e visitantes do estádio.

Em janeiro do ano passado, Dinamite revelou que havia sido diagnosticado com câncer e iria começar o tratamento de quimioterapia.

Em 20 de agosto, Dinamite deixou o hospital onde ficou internado por suas semanas.

Ele morreu no dia 8 de janeiro de 2023, às 10h50, no hospital Unimed da Barra da Tijuca, em decorrência do câncer.

O craque virou lenda.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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