ainda é pouco

Ainda é pouco para o Rei. Blog Mário Marinho

ainda é pouco

Por volta das 16 horas de ontem, segunda-feira, dia 2 de janeiro, cerca de cinco mil pessoas já haviam passado pela Vila Belmiro para a última despedida, a última homenagem ao Rei Pelé.

Desde o simples torcedor, dirigentes como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Edinaldo Rodrigues, Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, o paraguaio Alejandro Dominguez, ao presidente da Fifa, Gianni Infantino a centenas de jornalistas que lá estiveram a serviço de veículos do mundo inteiro ou simplesmente que foram prestar sua última homenagem.

Também lá esteve o governador recém-eleito de São Paulo para anunciar que o Porto de Santos, o maior da América, passará a se chamar Porto Rei Pelé.

Desde sexta-feira, assim que foi anunciada a morte de Edison Arantes do Nascimento, os veículos de comunicação não cansaram de transmitir as mensagens de condolências que não pararam de chegar de toda parte como, eles mesmos, veículos, se apressaram a exibir imagens e prestar suas homenagens.

As televisões passaram a repetir imagens de seus arquivos, onde aparece Pelé nas mais diversas situações.

Das imagens de televisão eu, durante minha longa carreira, eu já havia visto todas,  ou pelo menos 90%.

Mas vi cada uma delas como se fosse a primeira vez. Encantando-me com sua velocidade, sua ginga, suas artimanhas e a facilidade como batia seus marcadores e chegava inteiro ao gol.

É muito difícil selecionar qual a maior ou melhor jogada.

Sabia-se que, qualquer que fosse o jogo, de repente Pelé iria fazer alguma coisa de novo, alguma jogada inédita.

Por exemplo, o drible no grande goleiro Mazurkiewicz na Copa de 1970, no México. Quem já tinha visto aquele tipo de drible?

Reveja o lance. E, como eu, aposto que você vai torcer para a bola entrar:

https://youtu.be/mUGydo1uD2I

Nesse vídeo acima, você vê o famoso gol que não foi gol em cima Mazurkiewicz; aquele que também não foi gol, em cima do goleiro Victor, da Checoslováquia, e vê o Pelé em outras situações, numa bela reportagem da TV Globo.

Por isso é que eu digo, sem medo de errar por exagero, que todas homenagens que forem feita a Pelé, ainda será pouco.

São muitas, muitas homenagens.

Mas ainda ficaremos devendo.

Pelé

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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2 thoughts on “Ainda é pouco para o Rei. Blog Mário Marinho

  1. Dentro de 100 anos, a Fifa ainda será a dona do mercado de futebol. Na sua sede haverá um salão com enorme painel mostrando e identificando os grandes representantes do esporte pelo mundo. Numa sequência de retratos sem nenhuma ordem de importância estarão lá Di Stefano, Didi, Beckenbauer, Tostão, Maradona, Messi, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho, Zidane, Zico, Romário, Boby Charlton, Sócrates e mais uma dezena de gigantes do esporte. Todos eles com a história contada dos seus feitos e dos motivos para estarem lá, na lista dos maiores em que, precisamos reconhecer, nem todos são brasileiros. No centro deste salão estará uma estátua de ouro maciço em tamanho natural de um único cara pulando e dando um soco no ar. Não vai ter nem o nome dele escrito.

  2. O que falar do Pelé? São muitas emoções, começando pelo desejo, que não vou cumprir, de vê-lo pessoalmente. Há anos imagino a cena do encontro, eu pedindo para dar-lhe um abraço, ele consentindo, e eu daria um abraço longo, acompanhado de um beijo e lágrimas.
    Pelé é um pedaço de Deus. É um raio com o melhor que a humanidade pode produzir. Deu-me a melhor juventude possível no esporte. Vi ao vivo muito das coisas que fez. Fui até ao jogo dos 50 anos dele, no Pacaembu, em 1990. Quase chorei. Foram décadas de obras de arte, genialidade pura. Agora ele está indo encontrar sua turma, pelo menos os do meu panteão de eternos: Beethoven, Bill Evans, Shakespeare, Machado de Assis, Tom Jobim, Chopin, Garrincha, Oscar Peterson, Kobe Bryant e muitos outros, que fariam uma lista extensa demais. Michelangelo e Da Vinci, por exemplo. Pasteur. Todos vão conversar alegremente enquanto um deles, qualquer um, toca o piano divino.
    Não vou desejar melhoras, porque o quadro é definitivo. Desejo muito que Pelé, o Gasolina, o Crioulo, o Atleta do Século, aquele que reuniu em si tudo de melhor que os maiores craques fizeram, tenha uma passagem suave, cheia de luz, calma, paz e sabedoria.
    Todos nós somos mortais.
    Pelé é imortal.

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