Preservar o meio ambiente é um grande negócio. Por Edmilson Siqueira

… o mundo estará de olho no Brasil na questão relativa ao meio ambiente e, mais especificamente, à preservação da Floresta Amazônica. E é bom que esteja mesmo…

[ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DA ROSE –
https://blogdarose.band.uol.com.br/ – GRUPO BANDEIRANTES –
Edição de 17  de novembro de 2022]

O meio ambiente ganhou relevância nas últimas cinco décadas por vários motivos. Primeiro que a poluição começou realmente a incomodar todo mundo, desde os que moravam nas cidades que estavam ficando sufocados pelos escapamentos de gases oriundos da queima de combustível mineral dos carros, até os que moravam no campo que viam seus rios cada vez mais sujos e com menos peixes. Sem contar as espécies de animais de todos os tipos que simplesmente desapareciam por impossibilidade de reprodução ou por morte mesmo decorrente de ares venenosos para eles.

Depois que a poluição do ar diminuiu com a colaboração, primeiro, dos filtros e, depois, do etanol, a produção de CO² por outros setores passou ao centro da discussão. Era preciso diminuir essa produção para garantir a vida do planeta. Metas foram traçadas e a preservação de florestas, que consomem o gás carbônico tornou-se essencial. Esse gás, se produzido em excesso, envolve a atmosfera terrestre e dela não deixa escapar o calor provocado pelos raios solares. Ficamos presos num enorme forno cada vez mais quente. É o tal do efeito estufa, que pode até dizimar a vida na terra. Sim, é perigoso, pode ser fatal e precisa ser adequado ao planeta, caso contrário ele não mais permitirá a vida tal qual a conhecemos em sua superfície.

Dentro desse contexto todo, o Brasil, dono da maior floresta tropical do mundo, se tornou o país que mais pode colaborar com a diminuição do efeito estufa. Para tanto, basta preservar suas florestas, ou, mais precisamente, a Floresta Amazônica, a maior do mundo. Claro que outras medidas têm de ser tomadas – também por outros países – principalmente a produção industrial movida pela queima de combustíveis fósseis ou o aquecimento de ambientes através de carvão ou de gás. Se eles fizerem suas partes e o Brasil fizer a dele, estamos salvos.

É aí que entra o discurso de Lula na COP27. Contrastando com tudo que Bolsonaro disse (e, pior, fez) durante seus quatro anos de governo – que, para o bem do meio ambiente, termina daqui a 44 dias – Lula prometeu exemplar gestão da floresta, começando por atacar e acabar com o desmatamento ilegal e o combate ao garimpo também ilegal. Além de criar um ministério só para os índios e de ter em Marina Silva, um símbolo da luta da preservação em todo o mundo, como aliada e, talvez, ministra da área.

Obviamente, temos que, como num jogo de pôquer, pagar pra ver. Promessas outras de Lula, de Bolsonaro e de praticamente todos os políticos vivos do Brasil foram feitas e não foram cumpridas. E Lula, por exemplo, já apontou para o não cumprimento da promessa de aumentar a isenção do imposto de renda, mandando um aliado seu falar que se tratava de uma promessa a ser cumprida “ao longo do mandato”. Papo furado. Lula nunca disse isso ao prometer o que prometeu.

Mas, enfim, o mundo estará de olho no Brasil na questão relativa ao meio ambiente e, mais especificamente, à preservação da Floresta Amazônica. E é bom que esteja mesmo. Talvez com a fiscalização internacional e a ameaça de melar grandes exportações do agronegócio brasileiro, o governo se dê conta da grande vantagem que será, em todos os sentidos, promover uma política séria de preservação ambiental.

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Edmilson Siqueira – é  jornalista há mais de 40 anos. Já passou por jornais, revistas emissoras de rádios e TV. Foi responsável pela coluna Xeque Mate do Correio Popular por 8 anos. Apesar de atuar em outras áreas do Jornalismo, a maior parte de sua carreira foi dedicada à política. Atualmente, na Rádio e TV Bandeirantes de Campinas. Colaborador semanal do Blog da Rose.

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*Artigo publicado originalmente no Blog da Rose – https://blogdarose.band.uol.com.br/