O incrível Corinthians. Blog do Mário Marinho
Vencer o Atlético no Mineirão não é tarefa das mais fáceis. Vencer com o Mineirão abarrotado de atleticanos, é ainda mais difícil. E se a vitória for de virada, a tarefa torna-se ainda mais incrível, quase épica.
Pois foi o que aconteceu ontem no Mineirão.
O Galo, empurrado por sua apaixonada torcida, fez 1 a 0 com golaço de Keno, logo aos nove minutos de jogo.
Longe de se sentir abalado pelo gol ou pelos gritos da torcida adversária, o Corinthians partiu para cima do Galo.
O jogo foi parelho e parecia que terminaria com a vitória mineira, até que aos 34 minutos Fábio Santos marcou improvável gol de cabeça.
E, cinco minutos depois, o mesmo Fábio Santos virou o jogo convertendo um pênalti cometido em cima do rápido Geovane, decretando a virada corintiana.
O Mineirão, com capacidade para 60 mil torcedores, registrou público de 55.706 torcedores.
Mas não só de atleticanos: a torcida do Corinthians marcou presença e deixou atleticanos boquiabertos.
Recebi um vídeo do Mineirão mostrando um desolado atleticano em primeiro plano tendo como fundo a torcida corintiana.
– É incrível, eles não param de cantar. Cantam o tempo todo. São uns loucos.
Na verdade, um bando de loucos.
https://youtu.be/3QF0k8Vqymo
O Verdão tá sobrando
Quando se fala que o futebol é o momento, logo vai aparecer alguém te acusando de estar usando um lugar comum do mundo futebolístico.
Mas, é isso mesmo – o momento.
Na tarde deste domingo, eu assistia a Palmeiras e Inter, pela tevê, e, ao mesmo tempo, gravava um recado para o meu amigo dos bons tempos do Jornal da Tarde, Gabriel Manzano Filho. Terminava dizendo que o Palmeiras dele estava sobrando e que poderia ter terminado o primeiro tempo com vantagem maior do que 1 a 0 de então.
Acabei de desligar o telefone, o Internacional empatou. Um golaço do atacante Alemão, 1 a 1.
Fui obrigado a deixar outro recado para o Gabriel, recorrendo a outro chavão do futebol: quem não faz, toma.
Depois de levar o empate aos 36 minutos, o Palmeiras levou outros seis para marcar o gol da vitória, 2 a 1.
Apesar de todo o empenho e raça do Internacional, a vitória foi justa.
O Palmeiras sobrou no primeiro tempo e penou um pouco para chegar à vitória, graças às modificações que o técnico Mano Menezes fez no Inter e, acredito, uma certa acomodação dos jogadores de verde.
O Palmeiras em harmonia total. São muitas e variadas as trocas de bola que geralmente acabam em ataque rápido à área inimiga – o que não acontece apenas em contra-ataques.
Um time assim é muito difícil de ser marcado.
Por tudo isso, chega ao final do primeiro turno na liderança e com quatro pontos de vantagem sobre o seu mais próximo seguidor.
O anti-Verdão, há de dizer: quatro pontos não são nada. Concordo, em termos normais de temperatura e pressão, não são nadas. Mas, em se tratando de Palmeiras, a tendência é que a distância aumente cada vez mais.
Meu destaque nesse jogo foi o jovem Vanderlam, de 19 anos, que substituiu o eficiente Piquerez, até anteontem, o dono da posição.
Agora, já não sei. A desenvoltura do garoto ali pelo lado esquerdo, se não deu a Abel a certeza de um novo titular, deve ter deixado Piquerez arrepiado: ou volta logo ou não volta.
Veja os gols dessa quarta-feira:
https://youtu.be/XKXZJfkxAV0
A pancada
do Alemão
Pouco depois de entrar em campo, pelo Inter no jogo desse domingo, o atacante Alemão mandou uma pancada lá de fora da área, bem longe, que pegou na trave esquerda do ótimo goleiro Weverton.
No segundo tempo, já mais de perto, Alemão pegou outra pancada, de pé esquerdo, que foi no ângulo direito alto, sem a menor chance de defesa para o goleiro palmeirense.
Foi o gol de empate.
Esse Alemão me trouxe à memória outro alemão, esse inclusive de nascimento, que nos anos 60 jogou no América carioca.
Esse Alemão do América se chama Alex Kamianecky e nasceu em Hanover, Alemanha, em 09-12-1945.
Alemão ficou conhecido no América, time que defendeu de 1967 a 1979, num total de 673 jogos.
Era um jogador que dificilmente se machucava e nunca machucou um adversário. Passou seus 13 anos de América sem nunca ter sido expulso.
Por isso, recebeu, com toda a justiça, um troféu Belfort Duarte que era concedido a jogadores que, em atividade continua durante 10 anos, nunca tenham sido expulsos de campo.
Dez anos jogando continuadamente e nunca ser expulso é um mérito muito grande. Mas, se esse jogador for um zagueiro, o mérito é ainda maior.
Mas não era só na disciplina que esse jogador se destacava.
Ele era também um exímio cobrador de faltas. E sempre faltas de longa distância que o goleiro não bota muita fé.
Pois isso mudou para os adversários do América.
Falta mais ou menos da intermediária era o prato favorito do Alemão.
O chute saía com uma violência incrível e o endereço certo. Quando o goleiro estava se preparando para ir na bola, ela já se aninhava em suas redes.
Pois bem. Brasileiro é muito criativo.
Demorou um pouco, mas os adversários descobriram que o Alemão para dar toda aquela potência, tomava enorme distância da bola.
E o que fizeram os adversários?
Passaram a fazer barreira entre a bola e o Alemão. Assim, ele não tinha a distância necessária para desferir a sua mortal patada.
Foi mais ou menos como cortar o cabelo de Hércules, como fez a malvada Dalila: o homem perdeu a potência.
São histórias do futebol.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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