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As sanções. Por José Horta Manzano

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Nem só de sanções econômicas vivem os países considerados párias. Há outros tipos de castigos que podem doer bastante. Veja aqui as primeiras consequências das loucuras de Putin, o aprendiz de tsar.

No exterior

O Grand Prix da Rússia de Fórmula 1, previsto para correr em 25 de setembro deste ano em Sotchi, acaba de ser cancelado pela direção do campeonato. Grande Prêmio russo acabou, c’est fini.

A UEFA, que está para a Europa como a Conmebol está para a América do Sul, congrega 55 países. Anunciou hoje que a final da Champions League, prevista para realizar-se em São Petersburgo (Rússia) vai ser disputada no Estádio de France, em Paris. O dia não muda: 28 de maio de 2022.

É de conhecimento público que o maestro russo Valery Gergiev é fiel devoto de Putin. Antes de tomar decisão drástica, o Teatro alla Scala, de Milão, pediu que ele esclarecesse sua posição acerca das decisões do presidente russo. Enquanto isso, o prestigioso Carnegie Hall, de Nova York, não perdeu tempo e passou à frente. Anulou, no último minuto, uma série de representações que o maestro daria já neste fim de semana.

Isso é só o começo.

No interior

O Globo informa que, como vice, o general Mourão preside uma comissão de alto nível composta por vice-presidentes brasileiros e primeiros-ministros russos. A função do fórum é pôr em prática iniciativas conjuntas acertadas pelos respectivos chefes de Estado – Putin e Bolsonaro.

À vista do que está acontecendo atualmente, a realização da próxima reunião, prevista para abril próximo, está em perigo.

Vamos ver se nosso aprendiz de ditador ousa insistir no conceito de “amizade eterna” que une os dois países. Se o fizer, vai ver-se mal com a parte civilizada do mundo.

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JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos,  dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.

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