Massacre do Santos. Blog do Mário Marinho
MASSACRE DO SANTOS
BLOG DO MÁRIO MARINHO
A vitória por 3 a 0 sobre o Boca Juniors ontem, na Vila Belmiro, e a consequente classificação para a grande final da Libertadores, relembraram o Santos de velhas e históricas conquistas, desde os tempos de Pelé, passando por Robinho e chegando a Neymar.
Foi de encher olhos, corações e mentes de sua vibrante torcida, entre ela os poucos ajuizados que promoveram festiva aglomeração em torno da Vila Belmiro antes do jogo.
E foi jogo para uma grande plateia que, pena!, só pôde assistir pela tevê.
Logo aos 15 minutos de jogo, o esperto Pituca marcou o primeiro gol, concluindo uma jogada em que havia sido cometido um pênalti não marcado pelo juiz.
Se já se mostrava à vontade nestes primeiros minutos, o gol deixou o time santista ainda mais leve, mais dominante.
O sempre temido Boca não passou de um time assustado, acuado, dominado.
Logo no começo do segundo tempo, aos 3 e aos cinco, Soltedo e Lucas Braga marcaram e lacraram o placar.
O Pequeno Grande Soltedo, rápido, endiabrado, foi o grande nome do jogo. Marinho, destaque em quase todas as partidas, não brilhou tanto, mas marcou presença.
Nas vezes em que foi chamado, o goleiro João Paulo respondeu à altura.
Enfim, o time bem comandado pelo técnico Cuca alcançou, com largo merecimento, a classificação para a grande final da Libertadores, no dia 30 deste mês, um sábado, no Maracanã.
É jogo para um Maracanã lotado, o que não acontecerá devido à pandemia. Mas, com certeza, vai colocar o País frente à tevê.
Palmeiras de um lado, Santos de outro. Quem é o favorito?
Só o torcedor pode apontar um favorito.
E cada um apontará o seu time, no que estará absolutamente certo.
Massacre
do Corinthians
Fazia 17 dias que o Corinthians não entrava em campo.
Sua volta contra o Fluminense, na noite de ontem, na Arena Neo Química, foi aguardada com certa expectativa.
Afinal, o técnico Vágner Mancini ainda era olhado com certa desconfiança por torcedores e alguns cronistas, entre os quais me incluo.
A desconfiança se devia também ao fato de o adversário, o Fluminense, estar acima do Timão na tabela de classificação, lutando pelos mesmos objetivos: se manter na faixa que leva à Copa Sulamericana, mas, de olho na possibilidade de se classificar para a Libertadores.
Portanto, jogo de importância.
Mas, Vágner Mancini que vem subindo no conceito e na confiança dos torcedores e de alguns cronistas, inclusive este que vos fala, aproveitou bem o tempo parado.
O que se viu ontem foi o um time solto em campo, com proposta de jogo definida e o objetivo claro e imediato de buscar incessantemente a vitória.
Aos 25 minutos, o artilheiro Jô fez as pazes com o gol e marcou: 1 a 0.
No segundo tempo, veio a chuva de gols.
O bom Cazares marcou aos 9; Fágner, aos 14; Mateus Vital, aos 21; e Luan aos 44.
Um gol aos 44 minutos, mostra bem o espírito de um time que não se acomodou mesmo com a vitória garantida.
A volta
Do América
O meu América, o das Minas Gerais, está de volta à elite do futebol.
Com o empate, 0 a 0, com o Náutico, em Recife, o Coelho somou 67 pontos, com 66.7% de aproveitamento, e se tornou o primeiro da Série B a ser promovido para a Série A.
A Chapecoense, com 66 pontos, 66,3% de aproveitamento, também sacramentou a volta à Elite.
Nos últimos 15 anos, o América subiu e desceu 4 vezes.
Por isso, eu sempre fico meio ressabiado: será que dessa vez fica?
Parece, visto de longe, que a estrutura do América está agora mais sólida. Não sei o quanto.
Dentro de campo, seu time sem grandes estrelas é comandado – e muito bem comandado – Por Lisca Lima, um técnico polêmico que, porém, apresenta boa proposta de jogo, levando o seu time a combater o tempo todo.
Dificilmente, se vê o time jogando recuado para assegurar o resultado.
Oxalá, tudo isso seja verdadeiro.
Parabéns ao América e parabéns à Chapecoense.
Em jogo ontem pela Série B, o Cruzeiro foi batido pelo lanterna Noroeste, 1 a 0. O jogo foi disputado no estádio Independência, em Belo Horizonte.
Pelo andar da carruagem, não será este ano que o Cruzeiro, dirigido por Felipão, voltará para a Série A.
Veja os gols da quarta-feira:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Bom dia Mário Marinho, como sempre lúcido em seus comentários.