O duro desafio do Verdão. Blog do Mário Marinho
O DURO DESAFIO DO VERDÃO
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Hoje à noite começa a reta final da caminhada do Palmeiras rumo à conquista do sonhado título Mundial de Clubes da Fifa.
E o adversário é osso duro de roer: o argentino River Plate. E, para tornar as coisas mais difíceis, o jogo será lá em Buenos Aires, no Monumental de Nuñes, casa do River, com capacidade para 70 mil torcedores. É o maior da Argentina.
Jogar na Argentina é sempre um problema para o futebol brasileiro.
Durante muitos anos, o temido adversário foi o Boca Jr., principalmente em jogos lá, no histórico La Bombonera que assusta os adversários.
Mas, recentemente, o River vem ocupando o lugar de especialista em eliminar brasileiros.
Desde a chegada do técnico Marcelo Gallardo, em 2014, o River enfrentou brasileiros sete vezes e venceu seis.
Seu único revés foi contra o Flamengo, na última Libertadores, quando foi derrotado por 2 a 1 na final da Libertadores, em Lima, em jogo único. O River até saiu vencendo, mas levou a virada.
Na atual Libertadores, o River eliminou o Athletico PR nas oitavas de final e, antes disso, bateu o São Paulo na fase de grupos.
Já em 2018, um feito espetacular: perdeu em casa para o Grêmio, 1 a 0, mas eliminou os gaúchos com espetacular vitória, em Porto Alegre, por 2 a 1.
Em outras competições, o River já superou o Athletico, o Cruzeiro e a Chapecoense.
A favor do Palmeiras, a história registra que o último encontro entre os dois, valendo por uma semifinal, foi em1999 com vitória da equipe brasileira comandada por Luiz Felipe Scolari: perdeu em Buenos Aires, 1 a 0, e conquistou a vaga em São Paulo com sonoros 3 a 0.
O Palmeiras de hoje tem a seu favor a boa fase que vive desde a contratação do técnico português Abel Ferreira.
O Verdão está em 6º lugar no Brasileirão (com um jogo a menos em relação ao líder São Paulo) e está classificado para disputar a final da Copa Brasil, contra o Santos, depois de eliminar o bravo América Mineiro.
O técnico Abel Ferreira terá à sua disposição o time completo.
E, no gol, um dos destaques atuais do time: Weverton que ostenta fase espetacular, transmitindo muita segurança para o time.
Oxalá Weverton não seja batido, pois um 0 a 0 seria um bom resultado. Porém, melhor ainda se o empate for com gols, pois o gol marcador na casa do adversário é determinante nos critérios de desempate.
O melhor, claro, é a vitória. De preferência com gols.
Meninas
em alta.
Palmeiras e Santos ainda disputam a chance de participar do Mundial de Clubes da Fifa, no mês que vem, no Catar.
Mas, o futebol brasileiro já tem representante garantido.
No caso, duas representantes: a árbitra paranaense Edina Alves Batista e a auxiliar catarinense Neuza Back.
Será a primeira vez que Edina participará de um jogo internacional de futebol masculino e é também a primeira vez que a Fifa escala uma mulher para dirigir uma partida de futebol em uma competição sua.
E que estreia: logo no mundial.
No futebol brasileiro, Edina apitou CSA e Goiás pelo Brasileirão.
É uma grande vitória para as mulheres que há anos vêm batalhando por um lugar nesse universo masculino e machista.
A última árbitra que fez muito sucesso no futebol masculino foi a bandeira Ana Paula Oliveira.
Por sua competência, foi escalada em muitos jogos importantes e só parou de apitar quando teve cancelada sua licença na Fifa.
Na época, Ana Paula foi obrigada a fazer testes físicos na Federação Paulista, mesmo estando lesionada, e não alcançou o índice exigido.
Ana Paula é também jornalista esportiva e atuou como comentarista no SBT e na TV Record.
Atualmente, aos 42 anos de idade, ela é presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol.
As mulheres árbitras enfrentaram muito preconceito e foram vítimas de grosserias. Era comum que os jogadores usassem os mais cabeludos palavrões quando viam as árbitras se aproximando para chamar atenção.
Ou até situações bizarras.
Ana Paula, que pela competência trabalhou em jogos importantes e por sua beleza e exuberância física foi capa da revista Playboy, foi personagem de um lance curioso.
Ela estava bandeirando um jogo de competição para jogadores até 20 anos, o Sub 20.
Saiu um gol, normal, e ela correu para o meio de campo, sinalizando para o árbitro, que o lance fora legal.
Ao chegar ao meio campo, viu se aproximar o rapaz que marcou o gol.
Ofegante, cansado, emocionado e quase sem fala, despejou de uma só vez:
– Você é muito bonita. Eu fiz o gol pra você. Pode me dar o número do seu celular?
Ela foi rápida na resposta:
– Vai trabalhar, menino.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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