Não foi a chuva. Blog do Mário Marinho
NÃO FOI A CHUVA
BLOG DO MÁRIO MARINHO
O argentino Boselli salvou o Corinthians de mais uma derrota nesse Paulistão: aos 47 minutos do segundo tempo, ele, sempre esperto na área, cabeceou para marcar o gol de empate no jogo contra o Santo André, nesta quarta-feira, em Itaquera.
Foi noite de muita chuva, mas muita mesmo. Chuva como essas que vem caindo sobre São Paulo, e outros estados também, causando inundações, desabamentos, flagelos.
Mas não foi a chuva a única, ou a principal, culpada pelo mau futebol e pela quase derrota.
O jogo de ontem, quarta-feira, foi muito parecido com as últimas derrotas corintianas, quando não estava chovendo.
Foi assim contra o paraguaio Guarani, contra a Internacional de Limeira, e contra o Água Santa.
O time está em construção. O trabalho do técnico Tiago Nunes está só começando.
São verdades.
Mas as derrotas também são verdades e preocupantes.
A eliminação da Libertadores, por exemplo, foi catastrófica: além de ser eliminado por um time sabidamente inferior, caiu num torneio que poderia propiciar até a chegada à disputa do título mundial, como também significar gordas cifras para os combalidos cofres alvinegros.
Demonstrando o mesmo futebol de domínio do tempo de bola, porém, inútil, o Corinthians mandou no primeiro tempo e não sofreu sustos até os 27 minutos, quando o Santo André fez o seu gol aproveitando, mais uma vez, a ineficiência da defesa corintiana nas bolas altas.
No segundo tempo, o Corinthians mostrou mais vontade, mais determinação, mais luta. Luta difícil e inglória contra um time que já havia alcançado seu objetivo, o gol, e agora focava em outro: não tomar o gol de empate.
Aos 25 minutos do segundo tempo, a estatística mostrava que o Corinthians havia finalizado 11 vezes contra o gol do Santo André que, por sua vez, só havia chutado 2 bolas contra a meta corintiana.
Com o gramado impraticável, não há sistema de drenagem que funcione a contento com tanta água, o jeito foi cruzar bolas na área adversária e torcer para uma cabeça salvadora.
E a salvação veio aos 47 minutos, quando Boselli marcou. E marcou com a consciência e eficiência de um bom centroavante.
Se não foi a total salvação, pelo menos aliviou o peso doloroso da derrota.
O moleque
na chuva
Na manhã de domingo, 25 de fevereiro de 1968, recém-chegado de Minas Gerais, eu assistia ao meu primeiro jogo do Palmeiras em São Paulo.
Fazia a cobertura para o Jornal da Tarde daquele Palmeiras x América, de São José do Rio Preto..
Chovia muito naquela manhã, razão pela qual apenas 5 mil torcedores estavam no Pacaembu.
As drenagens dos gramados não tinham a eficiência dos dias de hoje. Assim, com poucos minutos de chuva o gramado mais parecia um lago.
O Palmeiras atacava em direção à bela concha acústica que seria destruída poucos anos depois, pela administração do prefeito Paulo Maluf, para dar lugar ao horroroso Tobogã.
Assim, eu estava bem de frente e assistindo de camarote ao lance.
Ali, na lateral direita, Djalma Santos tentou sair jogando, mas as poças d`água impediam. Não teve dúvida: levantou a bola, ajeitou com a cabeça, deixou cair na coxa e foi fazendo embaixadas e direção ao gol adversário.
Atravessou quase o campo todo para delírio dos torcedores que aplaudiam.
A jogada não resultou em gol, como merecia, mas foi o melhor lance do jogo.
O bom Djalma Santos lembrou os tempos, meus e seus, de moleque jogando uma boa pelada debaixo de chuva.
Irreverência e alegria.
Sempre
Flamengo
E mais uma vez, deu Mengão. O terceiro título do ano.
Só para lembrar.
O Mengão conquistou a Libertadores no dia 23 de novembro de 2019. No dia seguinte, garantiu o título de campeão do Brasileirão sem entrar em campo, após a vitória do Grêmio sobre o Palmeiras.
Já este ano de 2020, conquistou a Supercopa do Brasil no dia 16 de fevereiro; no dia 22, sagrou-se campeão da Taça Guanabara. E contem foi campeão da Recopa Sul-americana ao vencer o Independiente del valle, do Equador, por 3 a 0.
Mengo, tu és o Maior!!!
Os gols da quarta-feira
https://youtu.be/xMbZhav691k
A musa
se aposenta
Aos 32 anos de idade, a bela Maria Sharapova anunciou sua aposentadoria como jogadora de tênis.
Em comunicado, ela diz: “Como você deixa para trás a única vida que você já conheceu? Como você se afasta das quadras em que treinou desde pequena, o jogo que você ama, um jogo que lhe trouxe lágrimas não contadas e alegrias indizíveis?”.
A bela russa começou a jogar tênis aos 4 anos de idade.
Agora, 28 anos depois, ela abandona o esporte por um motivo muito simples: não suporta mais tantas dores no corpo.
Esse é o duro preço que para o esportista de alta performance paga. Ele está sempre ultrapassando seu limite.
Um dia, chega a conta.
Há 50 anos
O que foi notícia no dia 27 de fevereiro de 1970
Seleção faz treino ruim e titulares perdem
No primeiro treino coletivo da Seleção Brasileira se preparando para o amistoso contra a Argentina, em Porto Alegre, o time titular foi muito mal e acabou batido pelos reservas, 1 a 0, gol de Paulo César Caju.
O time titular treinou com Ado; Carlos Alberto, Baldochi, Fontana e Marco antônio; Piazza e Gérson; Jair, Rivellino Pelé e Edu.
Os reservas: Leão; Zé Maria, Brito, Paluka e Bauer; Clodoaldo e Dirceu Lopes; Ivã, Aguinaldo, Zé Carlos e Paulo César Caju.
Paluska, Bauer, Ivã e Aguinaldo eram jogadores do sub 20 do Fluminense que foram chamados para completar o time.
Tostão de volta aos treinos
O atacante mineiro que se recupera de um descolamento de retina, voltou aos treinos mas ainda de forma limimtada, evitando os exercícios de bola com a cabeça.
Foram duas horas de exercícios físicos, piques e chutes a gol.
Segundo o médico Lídio Toledo, Tostão poderá voltar ao time no próximo dia 22 de março, no amistoso contra o Chile.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
MMARINHO. Nosso futebol ja anda feio e com aquela chuva toda, nada vimos que nos pudesse agradar. Horrivel! Jogamos tenis durante muitos anos e sabemos o que esse esporte nos significou. Imagine para uma profissional do quilate de uma Sharapova. Alem de muito bonita, foi top 1. É o tempo construindo o “passado”. Abç