Votos esperados, supostos suspeitos em plena ação e sem teto e sem hífen
O “nós contra eles” e sua contrapartida “eles contra nós” levaram a radicalismos de ambas as partes, os pró-Lula e os anti-Lula, e os dois lados se esquecendo de que todos devem ser pró-Justiça.
Entendo que entendam que a minha posição no caso do julgamento de Lula beira o nonsense, pois acho que não deve haver manifestação nem contra e nem a favor, isso é tentativa de pressionar a Justiça. E, pior, as atitudes, provavelmente, redundarão em conflito, duvido que um lado ou outro aceite como “justa” a decisão da Justiça. É bom lembrar – apesar do que se diz das de Gilmar Mendes, eu incluído – que decisão da Justiça não se discute – discute-se sim, mas há que aceitar ou recorrer até não ter mais jeito –, cumpre-se.
O velho ditado “Todos são iguais perante a lei” deve ganhar um adendo, “Mas alguns são mais iguais do que outros”. É o que pensam os lulistas. Lembrei-me de um filme de Mel Brooks, “O Irmão Gêmeo de Beau Geste”, estrelado por Michael York, bonitão, e Marty Feldman, zoiudo, feio como a mãe da peste. Na abertura do filme, Feldman diz “Nós somos gêmeos idênticos, mas ele é mais idêntico do que eu…”.
(CACALO KFOURI)
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