Anais da imbecilidade – X
Não vou nem comentar: o texto fala por si.
A falsa ciência dos juros
SÃO PAULO – Em maio de 2003, resumi alentado estudo do FMI, enviado pelo leitor Jacques Dezelin, que desmonta a sabedoria convencional sobre o efeito de aumentos na taxa de juros.
O FMI examinou 1.323 casos de 119 países no período 1982/98. Na maioria dos casos examinados, a inflação caiu, tenha o respectivo Banco Central aumentado, diminuído ou mantido a taxa de juros. Em 62,18% dos 476 casos examinados, o juro caiu e a inflação também. Em apenas 50,75% de 398 situações, deu-se o que a sabedoria convencional espera, a queda da inflação após aumento dos juros. O leitor tirou a lógica conclusão de que há um “caráter meramente aleatório na relação (ou melhor, na ausência de relação) entre a variação da taxa de juros fixada pelo Banco Central e a inflação”.
Publicado o texto, vieram dois telefonemas. Um do então ministro da Fazenda Antonio Palocci, que queria saber quem era o leitor que compilara os dados. O outro de Antonio Delfim Netto, então deputado e sempre tido como grande mestre da economia, que pediu as tabelas do FMI e acabou chamando Dezelin para conversar.
Ou seja, tanto um semileigo em economia, como Palocci se confessava, como um mestre mostraram interesse em saber mais sobre um desafio à sabedoria convencional, em evidência cristalina de que economia não é ciência exata, ao contrário do que querem fazer crer certos economistas.
Alias, Delfim Netto nunca disse outra coisa, sejamos justos.
Conto tudo isso para dizer que não há ciência nas críticas ao BC por ter aumentado 0,25% a taxa de juros, em vez do 0,50% exigido pelos mercados. Ninguém pode decretar o efeito que terá o 0,25% ou que teria o 0,50%.
Senta, pois, leitor, que o leão pode ou não ser manso, mas ninguém sabe antecipadamente.
O servilismo não é para qualquer um que tem coluna em jornal.
ahnn por favor comente.
como leigo em economia não me é tão óbvia a imbecilidade do texto
"como leigo em economia não me é tão óbvia a imbecilidade do texto"
A lógica do texto é equivalente à afirmação que tomar café com adoçante não tem qualquer efeito sobre o ganho de peso porque estatisticamente há tantos gordos como magros que usam adoçante ao invés de açúcar nos seus cafés.
Na verdade, há mais gordos do que magros usando adoçante. O que só prova que um imbecil será sempre um imbecil, mesmo que as provas empíricas estejam, por assim dizer, do seu lado.
Alex
Ja leu o artigo do Amir Khair na FSP de hj? A solucao para controlar a inflacao, é fazer um ajuste fiscal, onde é mais impactante: taxa de juro, pois ai economizamos o suficiente para controlar a inflacao!! causalidade invertida, boa economia no ralo!!!
Eu digo, isso que dá ficar decorando manual na faculdade. Nem um argumento contrário descente o cara consegue contruir.
Que estudo eh esse do FMI?
" Nem um argumento contrário descente o cara consegue contruir."
Argumento "descente" é o oposto de um argumento "crescente"?
A propósito, ver " adoçante x obesidade" acima. Quem sabe até você consiga entender.
Na verdade a critica não era pra vc apesar da passagem "decorar o manual" kkkkk. Era pro nosso amigo que fez o estudo cabalistico com os dados do FMI.
"economia não é ciência exata"
Gostaria muito de ser apresentado a alguém que considere economia uma ciência exata.
"Na verdade a critica não era pra vc"
Desculpe.
A
""economia não é ciência exata"
Gostaria muito de ser apresentado a alguém que considere economia uma ciência exata."
É a técnica do espantalho. Você cria "argumentos" para você mesmo combater.
Alex me diga uma coisa, a política monetária não é mais eficiente em países que tem uma política fiscal mais equilibrada? Afinal tomar café com adoçante e enfiar o pé na jaca no resto não é assim a coisa mais racional, não é?
Clóvis Rossi e Amir Khair … não leio a Folha e pulo o artigo do segundo no Estadão. Não gosto de estragar meus domingos. Que duplinha!
O DN, que parou no tempo, na verdade afirma que economia não é ciência (às vezes escreve política monetária, às vezes ataca os modelos matemáticos). Todos sabem, até os leigos, diferençar ciência exata de social (o DN tenta, através de sofismas, diminuir a turma que estudou um pouquinho mais de economia matemática, já que ele parou no tempo.).
Como pensa diferente do que é aceito como correto (pelo menos por quem estuda e tem bom senso), tenta (e consegue para a maioria leiga), desmoralizar o saber econômico (afirma que economia é mais arte do que ciência. Na prática e na história ele foi um artista fraco.). Não encontra argumentos intelegíveis e lógicos para defender seu ponto de vista (caolho, pois só enxerga um lado; a taxa básica está sempre baixa e o câmbio valorizado), então ataca a ciência econômica. Faz muito mal para os estudantes de economia que estão iniciando. Não estou, com isto, desconsiderando sua importância histórica, sua inteligência, apenas constatando, que apeasr disto, utiliza o condenável método terrorista, de, não tendo argumentos aceitáveis para defender seu ponto de vista, ataca os pontos de vista contrários definindo-os erradamente (tive um professor que atacava muito isto, chamava esta turma de picareta e desonesta). O leigo, ou estudante iniciante acredita em tudo (de fato é picaretagem e desonestidae).
"Conto tudo isso para dizer que não há ciência nas críticas ao BC por ter aumentado 0,25% a taxa de juros, em vez do 0,50% exigido pelos mercados."
Talvez ciência haja, mas não necessariamente a que melhor explica os fenômenos.
O problema é entender porque consistentemente temos que manter uma das maiores taxas de juros reais do mundo. Longe de mim defender o DN, mas a crítica que ele faz a determinação do místico "PIB potencial" parece bem apropriada.
J. ALVES: se a inflação está em curva ascendente o PIB potencial foi ultrapassado. O mesmo raciocínio para a Selic.
REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO (copiado do BC):
a) A eficácia da política monetária depende em grande medida da sua CREDIBILIDADE;
b) Uma COMUNICAÇÃO eficaz e o compromisso com a TRANSPARÊNCIA são fundamentais;
c) A coordenação das EXPECTATIVAS exige explicações racionais e consistentes por parte do BC;
d) O BC determina a taxa de juros de curtíssimo prazo (TAXA SELIC), mas a transmissão da política monetária se dá por meio das taxas de mercado em diferentes horizontes, que não são controladas pela autoridade monetária;
e) é possível ocorrer um descasamento entre a taxa selic e as taxas de mercado, se os agentes antecipam mudanças da política monetária, ou em períodos de incerteza ou ainda em períodos em que a política monetária perde CREDIBILIDADE.
Este BC está perdendo a credibilidade e o poder de influenciar as expecatativas.
VEJA:
O reflexo de uma selic inadequadamente baixa e falta de confiança no BC é a piora das expectativas e acontecer o a seguir: o volume negociado na curva de juros, em 20/04/2011, estava 92,58% (R$255.086) abaixo do prazo de 1 ano, 43,04% abaixo de 30 dias (uma anomalia, quase retorno ao overnight e à indexação). Apenas 7,42% das operações estão acima de 1 ano. O BC tem obrigação de olhar também isto.
No tempo do DN ele nem pensava nisto (e hoje pensa errado).
A escolha é: crescer menos com sustentação e sem inflação, ou crescer mais num primeiro momento, mas com inflação e depois estagflação. É a tal de irresponsabilidade financeira.
Alexandre,
A Selic deveria subir até quanto no atual ciclo de aperto monetário? O BC está muito "atrás da curva"?
A janela de oportunidade do Tombini esta fechando. Ou seja ele vai pra porrada com a fazenda ou vira um lame duck. O destino do Tombini eh o de todos nos. E ai, Tombini? Vai afinar?
DN e PIB Potencial:
Do BC: "o produto potencial é definido como o nível máximo de produto que pode ser alcançado sem gerar pressões inflacionárias – equivalentemente, o nível máximo de produto sustentável. O hiato do produto, por sua vez, é definido como a diferença entre produto efetivo e produto potencial."
Existem diversos modelos para calcular o PIB potencial ou o hiato do produto, uns mais certos do que os outros, mas todos com uma lógica aceitável, se utilizado bom senso na análise.
Negar o conceito de PIB potencial para defender selic inadequadamente baixa e desvalorizar artificialente câmbio é demais. Nada contra ter uma análise diferente do cenário prospectivo (mas negar conceitos que até leigos entendem?).O BC tem errado mais do que os economistas do mercado financeiro.
Uma questão: o BCB realmente atenua a pressão de valorização do Real ao manter os juros "algo" abaixo do que deveria para trazer a inflação à meta?
Pergunto isso pq o diferencial de inflação valoriza nossa moeda ao longo do tempo. E também provoca um prêmio maior na parte longa da curva (estrangeiros compram esses títulos, trazem mais dólares), os investimentos são prejudicados pois são analisados sob a ótica das taxas de maior maturidade enquanto o consumo fica estimulado pelos rendimentos negativos dos investimentos financeiros de duration mais curta.
Enfim, me parece que é "enfiação de pé na jaca" deixar a inflação mais solta e olhar o binômio crescimento-taxa de câmbio no curto prazo para fazer pol.moetária.
Fernando A.
Caramba falar de DN parece o monólogo da vagina, toda semana aparece aqui. É só ver o que esse sr. aprontou na sua época e os efeitos perversos sobre a economia do país por duas décadas. Vamos virar a página da história.
Acredito que a elevação da taxa de juros não está sendo, para o caso brasileiro, a melhor medida para conter a inflação. Tem alguma coisa errada nesta história, já que o governo continua a financiar via BNDES "os escolhidos". E o governo parece não estar muito preocupado com a apreciação do real. Mas, até quando vai essa apreciação?
SDS
Bauru/SP
Tudo bem pessoal?
quem é o autor do texto?
Obrigado
O IPCA a partir de maio vai cair muito devido à entrada da safra de etanol e à acomodação dos preços dos alimentos, além da diluição da pressão dos administrados (exs: tarifas de transportes e remédios). Mais à frente, a inflação cederá também devido aos efeitos defasados do ciclo de aperto monetário. Não há motivo para pânico. A economia já cresce abaixo do PIB potencial.
Concordam, Alexandre e "O"?
Abraços
O próximo trimestre será com taxa de inflação mais baixa, mas depois irá piorar (o pior é que o mercado todo sabe).
O ano de 2011 começou com IGPM acumulado de 12 meses em 0,63% (influencia tabelas e preços corrigidos por IGPM); IPCA acumulado de 12 meses em 5,91%, aumento obrigatório do salário mínimo INPC mais crescimento negativo do PIB (-0,6%), variação cambial pressionando para baixo.
Em 2012 teremos: IGPM muito mais alto pressionando tabelas e preços; INPC mais alto acumulado com PIB de 7,6% (salário mínimo de + – 14%); BC perdendo credibilidade e força para influenciar expectativas; câmbio com risco de Fed iniciar aumento de taxa básica (neste caso as commodities poderão baixar). O cenário não é dos mais animadores para 2012. O BC perdeu a oportunidade da ganhar as expectativas por causa de 0,25% de aumento na selic (é jogar contra os próprios interesses). Agora entendo as brigas do Tombini com o Bevilaqua.
Faltou só uma foto.
Poderia ser um gordo colocando adoçante no café.
"O cenário não é dos mais animadores para 2012. O BC perdeu a oportunidade da ganhar as expectativas por causa de 0,25% de aumento na selic (é jogar contra os próprios interesses). Agora entendo as brigas do Tombini com o Bevilaqua."
Lembrei hoje quando ainda especulava-se quem seria o novo presidente do Bacen.
Todos diziam que o Tombini era um cara muito preparado, que não ia deixar a peteca cair etc.
Taí.
"Alias, Delfim Netto nunca disse outra coisa, sejamos justos."
Uma citação boa num post ótimo hein. Já estava cansando de ver estas críticas, e outras feitas ainda mais ex post, sobre a "incompetencia" do bacen e de outros.
A Dilma falou hoje que esta precupada com a inflacao. Agora sim estamos perdidos e o Tombini ja deve estar arrependido de amarrar o burrinho dele ali no bacen. Imagina as medidas mirabolantes que bem por ai…
Prezado Alex,
O que mudou entre 20 de agosto de 2008 e hoje?
Aparentemente foi algo radical. No post "Oportunismo ou Inação?" voce afirma, por exemplo, que a taxa de juros e sim eficaz no controle da demanda e inflação (comentarios). Adicionalmente, poderá que Bancos Centrais que agiram de forma pouco enérgica na presença de acelerações inflacionarias que fogem muito do centra da meta foram obrigados a dotar políticas monetárias mais rígidas no futuro.
Agora, numa situação de calara fuga do centro da meta, com o cumprimento do teto dependendo de hipóteses como aumento zero dos combustíveis, em um ambiente onde o governo nao sinaliza com corte efetiva de gastos e um ministro que ameaça algo heterodoxo para o cambio, como a ação pouco ousada do BC nao deve ser vista com pessimismo pelos que acreditam na necessidade de controle da inflação?
Concordo que há determinadas ações que afetam a eficácia da política monetária no controle da inflação, mas as ações acessórias do nosso governo e pro inflação. Creio que a nao ser que haja uma nova fe no "oportunismo" nos moldes de seu texto de 2008, houve uma forte sinalização de que o nao cumprimento da meta nao e forte preocupação no BC, o que deve afetar a expectativa sobre as ações futuras do BC (já houve aumento na inflação esperada após a reunião do Copom, certo?) e, consequentemente, a inflação.
Abs
José Carneiro
PS: desculpe os acentos, ainda apanho do iPad.
"Lembrei hoje quando ainda especulava-se quem seria o novo presidente do Bacen.
Todos diziam que o Tombini era um cara muito preparado, que não ia deixar a peteca cair etc."
Uma medida do grau de experiência de um profissional de mercado é o quanto ele acredita no que "todo mundo fala", e no que sai na grande mídia a respeito de alguém.
"Uma medida do grau de experiência de um profissional de mercado é o quanto ele acredita no que "todo mundo fala", e no que sai na grande mídia a respeito de alguém."
Pode até ser. Mas os caras das top five (corretoras) que estão acertando mais são bem mais novos de mercado do que os bancos que estão viajando na maionese e provavelmente perdendo dinheiro… A não ser que a previsão pro Focus seja uma e a da mesa outra.
"como leigo em economia não me é tão óbvia a imbecilidade do texto"
A explicação está no que os economistas chamam de "causalidade simultânea". A grosso modo, "causalidade" = "gerar efeito sobre". Sendo assim, um aumento nos juros "causa" uma diminuição na demanda agregada (exemplo: as pessoas diminuem consumo para poupar mais). Com menos pessoas comprando e a mesma oferta de produtos, os preços (e, por conseguinte, a inflação) caem. Por outro lado, sabendo desse efeito, o banco central aumenta os juros quando observa um aumento na inflação. Ou seja, inflação alta "causa" aumento nos juros (via a reação do banco central). Existe assim, a tal "causalidade simultânea".
O problema está no fato de que, ao coletar os dados de juros e inflação, fica difícil identificar cada efeito separadamente. Ou seja, em alguns momentos, observa-se aumento de juros associado ao aumento de inflação (via reação do banco central). Em outras ocasiões, observa-se o oposto: aumento de juros associado à diminuição da inflação (via diminuição da demanda agregada). Um leigo diria então: "Não é claro que exista efeito dos juros sobre a inflação". A resposta: "Absurdo! Você é que não está sabendo separar os efeitos". Existem técnicas econométricas para isso (ex: utilização de instrumentos). Por isso, o texto acima é simplesmente o resultado de um estudo mal feito.
PS. Como foi muito bem observado, também existe causalidade simultânea no uso de adoçantes e peso. Por um lado, ao utilizar adoçante, você perde peso. Como você sabe disso, ao ver a balança aumentar, você substitui o açucar por adoçante. Se você não separar estes efeitos, você poderá associar a utilização do adoçante tanto ao aumento quanto à diminuição de peso, podendo chegar inclusive à absurda conclusão que adoçantes engordam.
"quem é o autor do texto?"
Clóvis Rossi
Se entendi bem, o que esta longe de ser uma certeza, inclusive através da resposta ao meu post anterior, se discute aqui também a credibilidade do BC e seu poder de influenciar expectativas, ou 0,25% versus 0,50% na SELIC.
Bah, tem um tanto de arte aí.
"bancos que estão viajando na maionese e provavelmente perdendo dinheiro"
Pelo que sei os bancos estão comprados em inflação e dados em pré na parte curta da curva. Um ou outro tomado na parte mais longa como hedge. Ou seja, apostando na complacência do BC e ganhando alguma grana.
Fernando A.
É um dos grandes mistérios da humanidade: como alguém que escreve tantas coisas erradas tem uma coluna num dos maiores e mais influentes jornais do país? Será que a burrice nacional é assim tão grande que as pessoas lêem e não conseguem perceber que o argumento está grosseiramente errado?
Cometi um erro banal e me retrato. Não percebi que seu post questiona artigo publicado em algum jornal paulista (creio ser isso pelo início São Paulo).
Por isso, peço que desculpe minhas colocações, não vejo incoerência alguma em sua posição, mas apenas desatenção minha.
Abs
José Carneiro
Tinha imaginado José. Sem problema. (É um artigo d oClóvis Rossi)
Abs
"Será que a burrice nacional é assim tão grande que as pessoas lêem e não conseguem perceber que o argumento está grosseiramente errado?"
Fala sério. Há quanto tempo você conhece o Brasil?
Acho que aqui mais de um se beneficiaria de ler esse manual:
http://vig.pearsoned.co.uk/catalog/academic/product/0,1144,0273726528-SS,00.html
Ver também a página web do seu autor: http://sites.google.com/site/maxgillman/
RBC guy
A questão é, mesmo que exista um modelo teórico onde a taxa de juros seja um instrumento efetivo para diminuir a inflação, um investigador sério gostaria de saber se tal modelo é corroborado empiricamente.
.
Quanto a isso não há chororô. O mundo está cheio de modelos que não funcionam na prática. O leitor pode muito bem concluir que tais dados apresentados nesse posts não são conclusivos em relação ao uso do instrumento de juros no combate a inflação.
Os bancos centrais dos países emergentes estão dosando alta paulatina da taxa de juros com medidas restritivas de crédito. Uma abordagem mesclada para o velho dragão inflacionário.
Repararam como está na moda as 'medidas macropudrenciais'; tal como 'custo Brasil', 'herança maldita' já o foram e, mais recentemente, o 'diferenciado(a)".
Mídia capenga,… rs, rs, rs