Demissões contínuas, erros absurdos: dia a dia da imprensa, cada dia mais terrível
Ao que sei, os norte-americanos – ou estado-unidenses, como querem alguns – não toleram mentiras. Por exemplo, o juramento nos tribunais com a mão sobre a Bíblia que vemos nos filmes é pra valer, a pena por perjúrio é brava. Segundo analistas políticos, Bill Clinton não foi reeleito por ter mantido relações sexuais com Monica Lewinsky, mas porque mentiu dizendo que não teve. Este é o perigo que corre Trump de ser “impichado”, não para de mentir e, agora, está sendo denunciado por um ex-assessor, que era dos bem próximos.
No Estadão (3), pág. A9, “Suicídio de reitor põe PF sob suspeita”. Uma sucessão horrorosa de erros que precisam ser apurados e punidos. E algo me diz que foram erros propositais. http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suicidio-de-reitor-poe-pf-sob-suspeita,70002105813
Trecho do artigo de Elio Gaspari na Folha de S.Paulo (3), pág. A10: Os pacientes do hospital Rocha Faria ficaram sem comida, culpa do Cabral. Depois de ter se transformado no símbolo de um Rio do futuro, Sérgio Cabral virou o ícone da sua ruína.O Magnífico Cabral era uma empulhação. Cabral, o Flagelo dos céus, é outra. O moço é ladrão e mofará na cadeia, mas uma só pessoa não produz tanta desgraça. Cabral foi reeleito com dois terços dos votos. Quando ele propôs erguer um muro para segregar uma favela, a única voz que se ergueu contra a maluquice foi a do escritor português José Saramago.
É isto que o Mirando vem sustentando faz tempo, não adianta espernear e, depois, votar em gente sabidamente desonesta. Vamos ver quantos cabrais, renans, jucás, maruns, gleisis serão eleitos ou reeleitos.
Em entrevista ao SP 1 (1º), TV Globo, o prefeito itinerante de São Paulo, João Doria, mostrou-se um “trumpinho”, quando questionado sobre a Lide, empresa que fundou e da qual se afastou, diz ele – quá quá quá –, e suas viagens. Enrolou, enrolou, forneceu dados não confiáveis sobre vários contratos de fornecimento que teria fechado e embarcou para mais um passeio.
A propósito do fato de a ESPN continuar a demitir sua “alma”
A derrota do jornalismo esportivo!
José Trajano
Helvidio Mattos, exemplo de repórter, foi demitido da ESPN, assim como haviam sido Roberto Salim e Lucio de Castro, outros grandes. A desculpa de que a ordem veio de longe, lá dos States, é cruel e desalentadora. E coloca no ar a pergunta, o que realmente esses caras querem? Foram anos de luta incessante, muita garra, enfrentamento, suor e criatividade.
Era uma equipe pra valer, que não tinha medo de nada. Verdadeiramente, era uma equipe. Encarava o que tivesse pela frente. E Helvidio, como o Salim e tantos outros destemidos, seguiam sempre na dianteira. A demissão do Helvidio encerra um ciclo que vinha se fechando havia um tempo, com o pontapé na bunda dado em vários companheiros. Eu fui nessa leva. Estou triste e arrasado. Fundei o canal e vejo que o que plantamos está sendo destruído. A saída de Helvidio Mattos é um tapa na cara do verdadeiro jornalismo esportivo.
Há outros companheiros que foram mandados embora. Peguei o querido Helvidio como exemplo. Um velho repórter merece ser e ele faz jus. Há gente muito boa ainda por lá, que certamente deve estar profundamente incomodada com a situação. As demissões não levam em conta o talento, o caráter, o comprometimento. Aos poucos, com frieza absurda, os manda-chuvas atuais – colocados lá por nós – vão cumprindo ordens.
Não enfrentam, não colocam suas cabeças em troca, como era comum nas redações de antigamente. Estão chateados sim, porém mais preocupados com o bônus de Natal e com a marca do carro que é trocado a cada dois anos. Enfim, perdemos mais essa. Mas como disse meu Mestre Darcy e que Juca Kfouri usou em recente livro: ‘detestaria estar no lugar de quem me venceu.’ A ESPN não acabou, nem vai acabar. O que acabou foi a nossa turma, a que ergueu aquilo lá.
(CACALO KFOURI)
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A ESPN era cheia de comunas, quartel-general “anti-gópi”.
PROVOCAR E PERGUNTAR, PODE?
De “O Processo”, de Kafka, à terrível realidade promovida por um dos bandinhos de modernos paladinos em mais uma de suas recentes obras: “Ouvidos Moucos”. Em um primeiro momento, o público, passivo e aceitando a manipulação da mídia em busca de audiência, acreditou e vibrou com a “competência dos novos e soberbos paladinos da pulissa e da justissa”. Os novos paladinos, a mídia e o público pedirão desculpas à vitima que deu cabo à própria vida? O desafeto, o moderno “joaquim silvério dos reis montenegro leiria grutes” dessa tragédia, sentiria remorso, pediria perdão, faria penitências e ações sociais em prol da comunidade em que está inserido? A principal agente da “Ouvidos Moucos”, estaria realizada com a promoção e transferência? Uma grande parcela do público, predisposta a ser ludibriada pelo que lê e ouve, refletiria e buscaria ser mais atenta e criteriosa antes de tomar partido a favor ou contra esse ou aquele?