Tá com medinho, 02?
Na semana passada pudemos observar mais uma vez
o ativismo infatigável do governo, que, pela quinta vez, alterou as regras do
Imposto sobre Operações Financeiras para as operações de câmbio, agora
reduzindo o prazo mínimo para isenção de cinco para dois anos. Com isto fica
claro como o regime cambial no Brasil mudou de flutuante para um sistema de
bandas: embora seja difícil precisar os limites exatos, aparentemente não querem
o dólar abaixo de R$ 1,90, nem acima de R$ 2,05.
o ativismo infatigável do governo, que, pela quinta vez, alterou as regras do
Imposto sobre Operações Financeiras para as operações de câmbio, agora
reduzindo o prazo mínimo para isenção de cinco para dois anos. Com isto fica
claro como o regime cambial no Brasil mudou de flutuante para um sistema de
bandas: embora seja difícil precisar os limites exatos, aparentemente não querem
o dólar abaixo de R$ 1,90, nem acima de R$ 2,05.
À luz de tudo da retórica governamental não é
difícil entender a resistência ao barateamento do dólar. Afinal de contas,
passaram os últimos anos reclamando do tsunami
monetário (que, diga-se, não acabou, nem parece em vias de terminar, embora a
moeda tenha se depreciado), da especulação, e do estado do gramado. O curioso,
para não dizer irônico, é a resistência ao encarecimento do dólar, visível na
alteração das regras, assim como na política de intervenção do BC. O que teme o
governo?
difícil entender a resistência ao barateamento do dólar. Afinal de contas,
passaram os últimos anos reclamando do tsunami
monetário (que, diga-se, não acabou, nem parece em vias de terminar, embora a
moeda tenha se depreciado), da especulação, e do estado do gramado. O curioso,
para não dizer irônico, é a resistência ao encarecimento do dólar, visível na
alteração das regras, assim como na política de intervenção do BC. O que teme o
governo?
Em 2008 e 2009 a exposição de empresas nacionais
a derivativos de câmbio exóticos levou várias delas a situações complicadas, fazendo
com que bancos restringissem o crédito por conta da incerteza sobre a saúde
financeira do setor corporativo. No entanto, tal exposição não se verifica
hoje, indicando que as chances de repetição daquele fenômeno parecem ser
bastante baixas.
a derivativos de câmbio exóticos levou várias delas a situações complicadas, fazendo
com que bancos restringissem o crédito por conta da incerteza sobre a saúde
financeira do setor corporativo. No entanto, tal exposição não se verifica
hoje, indicando que as chances de repetição daquele fenômeno parecem ser
bastante baixas.
É verdade que a dívida externa do setor privado
aumentou bastante de 2008 para cá, de pouco mais de US$ 200 bilhões em dezembro
de 2008 (o equivalente a um ano de exportações) para cerca de US$ 340 bilhões
em março deste ano (algo como 16 meses de exportações). Todavia, neste mesmo
horizonte os ativos brasileiros no exterior, exceto as reservas internacionais,
saltaram de US$ 214 bilhões para quase US$ 380 bilhões.
aumentou bastante de 2008 para cá, de pouco mais de US$ 200 bilhões em dezembro
de 2008 (o equivalente a um ano de exportações) para cerca de US$ 340 bilhões
em março deste ano (algo como 16 meses de exportações). Todavia, neste mesmo
horizonte os ativos brasileiros no exterior, exceto as reservas internacionais,
saltaram de US$ 214 bilhões para quase US$ 380 bilhões.
Colocando na balança todos os ativos e passivos
em moeda estrangeira, calculo que o setor privado brasileiro apresentava em
março deste ano um passivo líquido em moeda estrangeira da ordem de US$ 48
bilhões (em 2008 havia um ativo líquido de US$ 12 bilhões).
Parece muito, mas representa menos de 20% das exportações e cerca de 2% do PIB.
Para fins de comparação, à época da crise de 2002 o passivo líquido em moeda
estrangeira do setor privado atingia mais de 10% do PIB e equivalia a 80% das
exportações anuais.
em moeda estrangeira, calculo que o setor privado brasileiro apresentava em
março deste ano um passivo líquido em moeda estrangeira da ordem de US$ 48
bilhões (em 2008 havia um ativo líquido de US$ 12 bilhões).
Parece muito, mas representa menos de 20% das exportações e cerca de 2% do PIB.
Para fins de comparação, à época da crise de 2002 o passivo líquido em moeda
estrangeira do setor privado atingia mais de 10% do PIB e equivalia a 80% das
exportações anuais.
Vale dizer, o efeito da desvalorização da moeda
sobre os balanços das empresas é mais do que compensado pelo efeito da
desvalorização sobre suas exportações. Não há motivos, portanto, para temer que
o enfraquecimento do real possa levar ao mesmo tipo de crise financeira
observada em 2002 e 2008.
sobre os balanços das empresas é mais do que compensado pelo efeito da
desvalorização sobre suas exportações. Não há motivos, portanto, para temer que
o enfraquecimento do real possa levar ao mesmo tipo de crise financeira
observada em 2002 e 2008.
Diga-se, aliás, que a mesma conclusão,
vitaminada, vale para o setor público, que era devedor líquido em moeda
estrangeira em 2002 e é hoje credor líquido, de modo que a desvalorização do
real melhora as contas públicas.
vitaminada, vale para o setor público, que era devedor líquido em moeda
estrangeira em 2002 e é hoje credor líquido, de modo que a desvalorização do
real melhora as contas públicas.
O BC argumenta que sua intervenção se deve à ausência
de vendedores. Isto é verdade, mas não exime a autoridade monetária de
responsabilidade, visto que a timidez dos vendedores de câmbio decorre
principalmente da taxação das operações no mercado futuro, entusiasticamente
apoiada pelo BC. Mais que falha de mercado, trata-se de resultado da própria
regulamentação governamental.
de vendedores. Isto é verdade, mas não exime a autoridade monetária de
responsabilidade, visto que a timidez dos vendedores de câmbio decorre
principalmente da taxação das operações no mercado futuro, entusiasticamente
apoiada pelo BC. Mais que falha de mercado, trata-se de resultado da própria
regulamentação governamental.
O problema parece ser o efeito sobre os preços.
De fato, enquanto os preços de commodities
em dólares caíram 14% entre maio de 2011 e maio de 2012, medidos em reais estes
mesmos preços aumentaram 6%; de fevereiro para cá 11%. Não que a inflação em si
preocupe o governo; a questão central é até que ponto isto poderá limitar o
processo de redução de juros.
De fato, enquanto os preços de commodities
em dólares caíram 14% entre maio de 2011 e maio de 2012, medidos em reais estes
mesmos preços aumentaram 6%; de fevereiro para cá 11%. Não que a inflação em si
preocupe o governo; a questão central é até que ponto isto poderá limitar o
processo de redução de juros.
Assim como o ocorrido no ano passado, a mão
pesada do governo gerou mais depreciação do que teria resultado naturalmente
das forças de mercado (queda de preços de commodities
e valorização global do dólar). Como dizem lá fora: cuidado com o que deseja;
pode se tornar realidade…
pesada do governo gerou mais depreciação do que teria resultado naturalmente
das forças de mercado (queda de preços de commodities
e valorização global do dólar). Como dizem lá fora: cuidado com o que deseja;
pode se tornar realidade…
–
Deprecia!
–
Não deprecia!
–
Não, deprecia!
-Deprecia
não!
-Deprecia,
não?
–
Hã? (*) |
(*) Esta sequência é um plágio meu da sugestão de um amigo com um senso de humor particularmente cortante, que merece o crédito, mas não pode recebê-lo. Mas, como se diz, o plágio é a forma mais sincera de elogio.
(Publicado 20/Jun/2012)
Se possível agradeço substituir (apagar) o comentário anterior (escrever no vapt-vupt pressionado por outros assuntos provoca escorregões imperdoáveis) pelo a seguir:
Mais um texto com bons conselhos para o governo. Infelizmente esta turma parece barata tonta, vai e volta, trás insegurança ao mercado, perde credibilidade, dificulta previsibilidade e planejamentos (paralisa investimentos) com mudanças da regra do jogo (artificialismos) desnecessárias (fica parecendo que cedem aos interesses de parte do mercado). Não deve ser, parece teimosia nacional-desenvolvimentista mesmo.
Quase secaram uma fonte de crédito de lp (a externa) e queriam que as empresas não dessem uma parada para pensar? Os investimentos em sua maioria são 30% de capital próprio e 70% de terceiros (quase secaram a fonte externa com dificuldades artificiais). Isto quando as coisas já estavam naturalmente ficando mais difíceis. Dificultam a fonte de financiamentos de lp no meio do jogo (na hora da crise) e querem o que? Como só pensam errado o melhor é não fazerem nada.
Gavriel
Pode te espremer ou você também é uma prima dona histérica?
Alexandre,
como escrevi aqui (http://econapproach.blogspot.com), não sei o que me preocupada mais, se é o que tem sido feito, ou como.
Abs
Mais uma vez Reinaldo Azevedo acerta na veia: tem muito economista, dito técnico e isento, que trabalha a serviço do petismo, sem se dar conta! Vivemos sob um Estado patrimonialista e a grana preta para pesquisas e projetos está na mão da companheirada, então nada mais útil do que fazer trabalho justificando esta ou aquela política pública federal. É do jogo.
Uma imagem vale mais q mil palavras..
olhem o gráfico
http://www.valor.com.br/brasil/2722680/para-analistas-e-prudente-manter-centro-da-meta-em-45-em-2014
Não sei se o RA tem razão, mas o fato é que o episódio do BF e a reação do João Pinho de Melo demonstram a vaidade de alguns cientistas quando questionados. Ele apanhou do RA, que nem de Economia e métodos científicos entende. Fez papel de mané ao colocar seu título como algo que o faz inatacável. É um tolo.
Keynesianos pensam que podem tudo na economia, e mexem tt que depois se perdem.
A diferença entre o (que eles consideram) remédio e o veneno é a dose…
"…o setor público, que era devedor líquido em moeda estrangeira em 2002 e é hoje credor líquido, de modo que a desvalorização do real melhora as contas públicas".
O ajuste seria, então, realizado "por dentro", via inflação e "por fora", via valorização do dólar?
"Mais uma vez Reinaldo Azevedo acerta na veia: tem muito economista, dito técnico e isento, que trabalha a serviço do petismo, sem se dar conta! Vivemos sob um Estado patrimonialista e a grana preta para pesquisas e projetos está na mão da companheirada, então nada mais útil do que fazer trabalho justificando esta ou aquela política pública federal. É do jogo."
Que tal tomar um banho gelado para esfriar os humores?
IPCA 15 = 0,18%
Alex, continua achando que esta + proximo de 5,5% do que de 4,5 % ???
Ja zerou ? Teu gerencial deve estar bem negativo 🙂
Com o desemprego onde está e salário aumentando 11% eu posso aguentar
e o IPCA-15 careca? Esperando Godot…
Até maio a Meta acumula 1,855%, o IPCA 2,24% (20,7% acima da meta). Até junho a meta acumula 2,225%, o IPCA 2,424% (prevendo 0,18), 8,94% acima da meta. Já pensou como será no segundo semestre? No primeiro já está acima da meta. O BC na ata prevê que não acontecerá aumento da gasolina. O noticiário hoje fala entre 10 e 14% (inflação reprimida é pior do que a acontecida).
Esta turma do BC que não consegue manter o poder de compra da moeda (com crise e desaceleração) só fala em crescimento do PIB, e agora até andou se metendo em sustentabilidade ambiental. Trocaram a meta de inflação por outras duas novas (PIB e ambiente). Cuidado Mantega (vão tomar o seu lugar).
"e o IPCA-15 careca? Esperando Godot…"
Junho 2010: IPCA15 0.19; IPCA 2010 5.91
Junho 2011: IPCA15 0.23; IPCA 2010 6.50
realmente o IPCA15 de junho de 2012 traz muuuiittaa informação
Alex,
Falando em medinho, como está o estudo sobre juros que você havia dito estar preparando?
Abs,
L
Ia sair na semana passada como artigo no Valor, mas a Espanha entrou na frente da fila. Deve ficar para o Valor do dia 5/jul.
Abs
Inflação decente é em torno de 2%, 4,5% prá cima é absurdo. Só no Brasil mesmo alguns ficam achando que centro da meta (que é alta) é um grande feito do BC. Outra coisa, e daí que o Alex estimou um número. Deu a cara a tapa, fez seu trabalho, ficar de gozação é coisa de incompetente.
M.
"O"
"Que tal tomar um banho gelado para esfriar os humores?"
É. Mas acho isto melhor que ducha fria
Ele:
My friend
There was once a very lovely, very lovely frightened girl.
She lived alone except for a nameless cat
… Henry Mancine
Ela:
Hi
Ele:
Hi
Ela:
What you doing?
Ele:
Writing
"I'm crossing you in style some day
Oh Dream Maker, you Heart Breake"
Na sequência
http://www.youtube.com/watch?v=JzSYDrW6moQ
Heartbreake (BG)
My name is Dini Kimmel; I’m a musician, singer, songwriter & arranger from Jakarta Indonesia.
http://www.youtube.com/watch?v=QbG3dPvBhSk
E para alegrar, as capelistas
"and lots of wavy hair like Liberace"
http://www.youtube.com/watch?v=SDtVAM80zbg
Alex,
Só para não perder o costume:
15/05/2012 – http://noticias.r7.com/economia/noticias/mantega-afirma-que-nao-havera-aumento-da-gasolina-20120515.html?question=0
– Truco!
22/06/2012 – http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1108491-governo-confirma-ajuste-de-gasolina-e-estuda-usar-cide.shtml
Poxa, nao deu nem 2 MESES!
Tá pior que os defensores do RA…
The Anchor
Anonimo das 19:33
"Deu a cara a tapa, fez seu trabalho, ficar de gozação é coisa de incompetente".
Meu caro, o trabalho de um economista voltado para previsões, não é o de simplesmente o de fazer previsões, + sim ACERTAR. É isso que constroi a reputação e é isso que faz vc ganhar ou perder dinheiro….. Tolinho…
Alex: você vê um "esgotamento ou não do modelo econômico brasileiro"? Entre aspas por que não tem nada de novo. Acredita que cresceremos relevantemente menos que os 4% dos últimos anos? O crédito é absorvido em poucos trimestres, daqui a pouco ele volta a estimular a demanda se o emprego não fraquejar. É óbvio que o fim do ciclo bull de commodities afetaria, mas tudo constante você não acha que o "esgotamento do modelo" está um discurso apocalíptico demais.
Maradona
"não é o de simplesmente o de fazer previsões, + sim ACERTAR."
'+ sim' ou 'mas sim'? Acho que errou!
MF
Esquecem dos intervalos de confiança nas estimativas.
Ficar discutindo acertos e erros com olho somente em etimativas pontuais é coisa de amador.
Alex,
Admite que vc errou feio no seu combate com o BC vai…
O que custa admitir?
Abs
Cada um admita o que quiser. Eu admito que:
1. O controle da inflação está sendo feito via controle de preços;
2. A meta de inflação no Brasil é ridiculamente alta;
3. Ninguém sério está prevendo inflação no centro da meta em 2012 nem em 2013;
4. As políticas do BACEN parecem não estar afetando nem taxa de desemprego nem crescimento;
5. Política monetária pode ser uma ferramenta de estímulo quando a taxa de desemprego e a taxa de juros estão altas;
6. O regime de metas de inflação que existia no Brasil não estipulava uma meta de crescimento nem de emprego.
"Admite que vc errou feio no seu combate com o BC vai…
O que custa admitir?"
1) O correto seria "admita"
2) O placar está Alex 2 x BC 0 (acertei o estouro da meta nos dois anos, apesar da conversinha de juro neutro mais baixo)
3) Quero ver você me cumprimentando em janeiro de 2013 pelo acerto do cenário, mas algo me diz que você não admitirá isso…
Caro Pombini,
Já vimos aqui que de Economia e língua portuguesa vc é fraquinho. Pergunte ao Armínio se ele vive de acertar previsões. Procure o pessoal do BTG e pergunte se o foco deles é acertar previsões.
Menino bobo.
M.
1) Você tem razão. O correto é admita, mas como estou discutindo Economia e não a norma culta da língua, vou te ignorar neste aspecto.
2) O placar está 2×0 pra você neste seu placar arbitrário onde só vale pontos o que você quer, né? Quais são seus critérios caro careca? Ademais, não sei se você conhece a abordagem que caracteriza taxa neutra de curto e longo prazo e veja como a de curto sofre influencia de fatores conjunturais… Veja Goldfajn (2011), a longa travessia…
3) Pode deixar que em janeiro de 2013 eu volto aqui para jogar na sua cara que o BC acertou e para provar que seu terrorismo não deu em nada… Pode deixar, está anotado…
abração
"2) O placar está 2×0 pra você neste seu placar arbitrário onde só vale pontos o que você quer, né? Quais são seus critérios caro careca?"
Quando pararam de subir os juros em 2010 (curiosamente porque a inflação ficou baixa entre junho e agosto – te lembra algo? Não? Imaginei…) eu disse que era um erro. Acertei: a inflação ficou bem acima da meta.
Quando o BC (e boa parte do mecado, diga-se) dizia que não era necessário subir o juro em 2011 eu disse que a inflação ia bater na trave e entrar (quase errei, porque por pouco não bateu na trave e saiu).
2×0 .
Eu vou aguardar você aparecer por aqui em janeiro, mas, como disse, du-vi-de-o-dó…
Calma ai carecao, vamos colocar os pingos nos i`s… Qual é a aposta, afinal?
Eu acho que a inflacao vai ficar perto do centro da meta (abaixo de 5%)… cerca de 4,8%.
Voce acha que o BC esta agiu equivocadamente e que a inflacao deve voltar a acelerar tao logo, pois a economia esta operando ha algum tempo com o juro abaixo do neutro, é isso? Sua aposta, portanto, é de 5,5% com aceleracao… Sim ou nao?
Numa boa carecao, voce acha mesmo que ha motivos para subida de juros com uma economia patinando como a nossa? Inflacao em torno de 5% e crescimento em torno de 2,5%? Vc ta de sacanagem, ne? Tem que acreditar muito que o crescimento é governado apenas por forcas de oferta que independem da evolucao do produto corrente… De novo, ta de sacanagem, ne?
Inflação de 5 a 5,5% este ano e acima de 6% ano que vem, mas só faço aposta com neguinho que se identifica, né?
Acima de 6% em 2013 é pule de dez.
O anônimo que está torrando o saco do Alex com este papo de previsão de inflação já ouviu falar que a política fiscal pode dar uma força no controle da inflação? O BC pode reduzir a taxa de juros, mas se ao mesmo tempo o governo segue na sua diarréia fiscal o controle de preços fica comprometido. Tal como está o sacrifício de trazer a inflação para um patamar civilizado será muito grande, mas este detalhe não passa pela cabeça do anônimo valentão.
M.
Caro Alex,
O Brasil não seria hoje um grande DEVEDOR líquido?
A nossa PII era, em março, da ordem de US$ 593 bilhões. O dado anterior era de US$ 735 bi; isso não seria o resultado de fuga de investimentos estrangeiros e/ou dificuldades encontradas por empresas nacionais em rolar dívidas?
Abs.
Caro Alex,
O Brasil não seria hoje um grande DEVEDOR líquido?
A nossa PII era, em março, da ordem de US$ 593 bilhões. O dado anterior era de US$ 735 bi; isso não seria o resultado de fuga de investimentos estrangeiros e/ou dificuldades encontradas por empresas nacionais em rolar dívidas?
Abs.
Obs.: Nã sei se me expressei bem na pergunta: PII negativa em 593 bi.
Paulo:
Eu me refiro à PII em moeda estrangeira. O IED, por exemplo, não entra aí, pois o investidor tem direitos sobre um fluxo de rendimentos em moeda nacional. Se o real se desvaloriza, os direitos do investidor estrangeiro também se reduzem (em dólares, bem entendido).
Aliás, um pedaço da queda que você mencionou é justamente fruto deste fenômeno. O real mais fraco reduz o PII como um todo, por conta da redução (em dólares) da fração denominada em reais.
Abs
Valeu pelo esclarecimento, Alex.
Abs.
A verdade é:
Quando o Alex fez as previsões dele a inflação implicita nas NTNs Bs para 2012 estava em 5,55 e para 2013 na casa dos 6%…. Quanto elas estão agora ??? O alex afirmou que termos um IPCA em 2012 + perto de 5,5% do que de 4,5%…. essa é aposta …. Aposta essa que ele obviamente esta perdendo
Caro M.
Não sei o que faz da vida mas definitivamente no mercado vc não trabalha…. As apostas são feitas com base em convicções e cenarios (previsões)… Se vc ganha $$$ fazendo o oposto do que acredita sorte sua e procure um psicanalista