"Em primeiro lugar o gasto público disputa o produto do país com o consumo privado, o investimento e o saldo em conta corrente. Numa situação como a vivida pós-94 em que a utilização de recursos do país me manteve, de maneira geral, em níveis elevados, o aumento do gasto primário reduz a disponibilidade de produto para o investimento. Isto poderia ser (hipoteticamente) compensado se o aumento do gasto primário fosse destinado ao investimento público. Porém, no Brasil conseguimos a proeza de aumentar o gasto corrente público em (bem) mais que 8% do PIB, levando à conseqüente queda do investimento."
O gasto publico tira espaço do setor privado via taxa de juros? alguem explica para o leigo o efeito crowding do investimento
Existem coisas que temos liberdade de gostar: time de futebol, música (inclusive somos influenciado por regiões, idade, etc.), mulheres (todas são bonitas para alguém), etc.
Economia não permite a liberdade acima: é saber ou não saber. Até aceita pontos de vista divergentes. Os racionais e com alguma base teórica conseguem ler e entender (inclusive diferenciar a turma que sabe da que não sabe, a chutadora.). Difícil de entender é mestres, doutores e pós-doutores agredirem o saber consolidado. É ensinar errado para toda uma geração de estudantes de economia (UFRJ, Unicamp, a maioria das federais. É impor aos alunos leituras e estudos erradas). É isto que entristece. Com uma bibliografia de economia extensa e de boa qualidade impor aos alunos ler Sicsu (é até desonesto). Feliz da turma que foi premiada com o Alex por professor (são uns privilegiados.). Verdade que o Brasil já tem uma turma muito boa em economia (o triste é ter uma que comanda o Brasil que sabe tudo errado.). Estão virando o disco agora que viram que deu errado por culpa deles. Qual? Não conseguiram passar credibilidade, pelo contrário, amedrontaram a todos com suas ignorâncias. Triste é ver o Tombini jogar com este time mesmo sabendo que estava tudo errado.
Alexandre Schwartsman, Um desenho superior. Não sei quem é o desenhista e como não conheço nenhum bom economista com tanta aptidão para o desenho, provavelmente o desenhista tenha contado com uma boa assessoria. Boa e má. O dragão engolfando a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega é o dragão da maldade. De todo modo, dragão é uma ficção. E conhecendo os nossos governantes, em especial, a presidenta da República, o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, o dragão e tudo mais que tenta mostrar o futuro restam apenas como um desenho magistral, mas irrealizável. Junto ao seu post “Quarto do riso” de quinta-feira, 06/12/2012, que pode ser visto no seguinte endereço: http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/12/quarto-do-riso.html, eu enviei quarta-feira, 12/12/2012 às 20:49, um comentário do qual eu retiro a seguinte passagem: “Se há tendência de crescimento as próximas taxas serão maiores que as anteriores. Do segundo trimestre de 2012 para o terceiro trimestre de 2012, o crescimento saltou de 0,2 para 0,6. É razoável então prevê para o quarto trimestre de 2012 crescimento de 0,8% e de 1,0%, 1,2%, 1,4% e 1,6 a taxa de crescimento respectivamente no primeiro, no segundo, no terceiro e no quarto trimestre de 2013. Esquecendo as aproximações e erros que as taxas do PIB trimestral usando os valores ajustados trazem, e utilizando os dados do IBGE desde o primeiro trimestre de 2011 e fazendo uma comparação do crescimento anual pode-se dizer que o crescimento em 2012 será de 1% e o crescimento de 2013 será de 4%. Ocorre que o crescimento de 4% será alcançando tendo ocorrido durante todo o ano de 2013 uma taxa de crescimento do PIB trimestral anualizado superior a 4% e mais inusitado ainda com uma taxa de crescimento do PIB anualizado superior a 6,5% quando se toma a taxa de crescimento no último trimestre de 2013 (Sempre tomando a taxa de crescimento do PIB comparando um trimestre com o trimestre imediatamente anterior)”. Em um comentário posterior enviado quarta-feira, 12/12/2012 às 22:14, eu falo da fragilidade das projeções sobre o PIB, enfatizando que até o passado que é conhecido fica sujeito a alterações. Consultando ontem os dados do PIB, eu pude verificar as seguintes alterações do passado. O PIB do 2º trimestre de 2012, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior cresceu 0,3% e não 0,2%. E o crescimento do 3º trimestre foi de 0,4% e não de 0,6% como fora informado há três meses. Os novos dados são ruins relativamente ao PIB, mas parecem extremamente salutares em relação à inflação, pois sinalizam um crescimento mais lento e mais fácil de ser gerenciado com juros menores. A minha previsão tinha base no passado e se fundamentava em um futuro otimista. Muda a realidade, mudam as minhas previsões. Em relação ao passado, como o crescimento do 4º trimestre de 2012 foi de 0,6% e não de 0,8% como eu previra, e com as outras alterações, o crescimento de 2012 acabou sendo de 0,9 e não 1,0%. Quanto ao futuro, faço duas novas previsões: uma menos otimistas com crescimento de 0,7%; 0,9; 1,1 e 1,2% para respectivamente o 1º, o 2º, o 3º e o 4 trimestre de 2013, e uma previsão mais otimista com crescimento de 0,8; 1,0; 1,2 e 1,3% para respectivamente o 1º, o 2º, o 3º e o 4 trimestre de 2013. Na projeção menos otimista, o crescimento de 2013 será de 3% e na visão mais otimista o crescimento será de 3,2%. E o mais importante é que na visão mais otimista o crescimento no último trimestre de 2013 corresponde quando anualizado a um crescimento de 5,6% enquanto o crescimento no quarto trimestre de 2013 na visão menos otimista seria de 4,9%. Para os que se põem do lado da presidenta Dilma Rousseff e sabem quanto a inflação repercute na avaliação popular do governante o melhor é torcer para que a avaliação menos otimista seja a mais realista ou até não tanto realista assim e se tenha um crescimento anualizado no quarto trimestre mais próximo de 4%. Clever Mendes de Oliveira BH, 05/03/20213
Mageconomia, Concordo com todo seu raciocínio, porém, o mais triste de tudo é quando os estudantes que não tiveram uma boa formação crescem e observam que perderam quase toda uma vida, devido à ideologia de professores ou departamentos implantados em muitas universidades federais. Talvez as coisas mudem. Já vi muitos marxistas se tornarem clássicos, após a queda do muro de Berlin, mas o estrago já foi feito. Charles
Seria bem mais engraçado se fosse só ficção.
Salve!
bom que não da pra ler porra nenhuma
Alexandre,
Em comentário hoje ao Valor você menciona que os investimentos não decolam por restrição de poupança.
Eu sei que o assunto é batido, mas não por isso pouco importante. Por que motivos os investimentos dependeriam de poupança prévia?
Julio
"(..)o Brasil não pega pneumonia, pois nós temos mais de 380 bilhões de reais de reservas.." – Dilma Rousseff
Alguém tem que briefar ela melhor..
The Anchor
Porque existe uma identidade macroeconômica!
Investimento público + privado = poupança do governo + privada + externa (isto é, o saldo negativo das transações correntes)
"Em primeiro lugar o gasto público disputa o produto do país com o consumo privado, o investimento e o saldo em conta corrente. Numa situação como a vivida pós-94 em que a utilização de recursos do país me manteve, de maneira geral, em níveis elevados, o aumento do gasto primário reduz a disponibilidade de produto para o investimento. Isto poderia ser (hipoteticamente) compensado se o aumento do gasto primário fosse destinado ao investimento público. Porém, no Brasil conseguimos a proeza de aumentar o gasto corrente público em (bem) mais que 8% do PIB, levando à conseqüente queda do investimento."
O gasto publico tira espaço do setor privado via taxa de juros? alguem explica para o leigo o efeito crowding do investimento
abraços
Por que a renda que não é poupada é consumida.
Existem coisas que temos liberdade de gostar: time de futebol, música (inclusive somos influenciado por regiões, idade, etc.), mulheres (todas são bonitas para alguém), etc.
Economia não permite a liberdade acima: é saber ou não saber. Até aceita pontos de vista divergentes. Os racionais e com alguma base teórica conseguem ler e entender (inclusive diferenciar a turma que sabe da que não sabe, a chutadora.).
Difícil de entender é mestres, doutores e pós-doutores agredirem o saber consolidado. É ensinar errado para toda uma geração de estudantes de economia (UFRJ, Unicamp, a maioria das federais. É impor aos alunos leituras e estudos erradas). É isto que entristece. Com uma bibliografia de economia extensa e de boa qualidade impor aos alunos ler Sicsu (é até desonesto). Feliz da turma que foi premiada com o Alex por professor (são uns privilegiados.).
Verdade que o Brasil já tem uma turma muito boa em economia (o triste é ter uma que comanda o Brasil que sabe tudo errado.). Estão virando o disco agora que viram que deu errado por culpa deles. Qual? Não conseguiram passar credibilidade, pelo contrário, amedrontaram a todos com suas ignorâncias. Triste é ver o Tombini jogar com este time mesmo sabendo que estava tudo errado.
Alexandre Schwartsman,
Um desenho superior. Não sei quem é o desenhista e como não conheço nenhum bom economista com tanta aptidão para o desenho, provavelmente o desenhista tenha contado com uma boa assessoria. Boa e má. O dragão engolfando a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega é o dragão da maldade. De todo modo, dragão é uma ficção. E conhecendo os nossos governantes, em especial, a presidenta da República, o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, o dragão e tudo mais que tenta mostrar o futuro restam apenas como um desenho magistral, mas irrealizável.
Junto ao seu post “Quarto do riso” de quinta-feira, 06/12/2012, que pode ser visto no seguinte endereço: http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/12/quarto-do-riso.html, eu enviei quarta-feira, 12/12/2012 às 20:49, um comentário do qual eu retiro a seguinte passagem:
“Se há tendência de crescimento as próximas taxas serão maiores que as anteriores. Do segundo trimestre de 2012 para o terceiro trimestre de 2012, o crescimento saltou de 0,2 para 0,6. É razoável então prevê para o quarto trimestre de 2012 crescimento de 0,8% e de 1,0%, 1,2%, 1,4% e 1,6 a taxa de crescimento respectivamente no primeiro, no segundo, no terceiro e no quarto trimestre de 2013. Esquecendo as aproximações e erros que as taxas do PIB trimestral usando os valores ajustados trazem, e utilizando os dados do IBGE desde o primeiro trimestre de 2011 e fazendo uma comparação do crescimento anual pode-se dizer que o crescimento em 2012 será de 1% e o crescimento de 2013 será de 4%. Ocorre que o crescimento de 4% será alcançando tendo ocorrido durante todo o ano de 2013 uma taxa de crescimento do PIB trimestral anualizado superior a 4% e mais inusitado ainda com uma taxa de crescimento do PIB anualizado superior a 6,5% quando se toma a taxa de crescimento no último trimestre de 2013 (Sempre tomando a taxa de crescimento do PIB comparando um trimestre com o trimestre imediatamente anterior)”.
Em um comentário posterior enviado quarta-feira, 12/12/2012 às 22:14, eu falo da fragilidade das projeções sobre o PIB, enfatizando que até o passado que é conhecido fica sujeito a alterações.
Consultando ontem os dados do PIB, eu pude verificar as seguintes alterações do passado. O PIB do 2º trimestre de 2012, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior cresceu 0,3% e não 0,2%. E o crescimento do 3º trimestre foi de 0,4% e não de 0,6% como fora informado há três meses. Os novos dados são ruins relativamente ao PIB, mas parecem extremamente salutares em relação à inflação, pois sinalizam um crescimento mais lento e mais fácil de ser gerenciado com juros menores.
A minha previsão tinha base no passado e se fundamentava em um futuro otimista. Muda a realidade, mudam as minhas previsões. Em relação ao passado, como o crescimento do 4º trimestre de 2012 foi de 0,6% e não de 0,8% como eu previra, e com as outras alterações, o crescimento de 2012 acabou sendo de 0,9 e não 1,0%.
Quanto ao futuro, faço duas novas previsões: uma menos otimistas com crescimento de 0,7%; 0,9; 1,1 e 1,2% para respectivamente o 1º, o 2º, o 3º e o 4 trimestre de 2013, e uma previsão mais otimista com crescimento de 0,8; 1,0; 1,2 e 1,3% para respectivamente o 1º, o 2º, o 3º e o 4 trimestre de 2013. Na projeção menos otimista, o crescimento de 2013 será de 3% e na visão mais otimista o crescimento será de 3,2%. E o mais importante é que na visão mais otimista o crescimento no último trimestre de 2013 corresponde quando anualizado a um crescimento de 5,6% enquanto o crescimento no quarto trimestre de 2013 na visão menos otimista seria de 4,9%.
Para os que se põem do lado da presidenta Dilma Rousseff e sabem quanto a inflação repercute na avaliação popular do governante o melhor é torcer para que a avaliação menos otimista seja a mais realista ou até não tanto realista assim e se tenha um crescimento anualizado no quarto trimestre mais próximo de 4%.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 05/03/20213
Mageconomia,
Concordo com todo seu raciocínio, porém, o mais triste de tudo é quando os estudantes que não tiveram uma boa formação crescem e observam que perderam quase toda uma vida, devido à ideologia de professores ou departamentos implantados em muitas universidades federais. Talvez as coisas mudem. Já vi muitos marxistas se tornarem clássicos, após a queda do muro de Berlin, mas o estrago já foi feito.
Charles
Clever, cheio de planilhas hein? Estás prestando consultoria em BH ou é para consumo próprio? Tá no trade, malandrão?
Daniel