Guido Mantega prevê melhora da saúde de Hugo Chávez no segundo trimestre de 2013

Eu bem que queria ter escrito isto. Como não tive a capacidade, vou plagiar.

Guido Mantega prevê melhora da saúde de Hugo Chávez no segundo trimestre de 2013

Categorias: EconomiaPolítica

Mantega também garante que o Palmeiras vence a Libertadores
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, conversou com
 jornalistas no café da manhã desta quarta-feira. Entre
previsões de recuperação da economia brasileira e crescimento
do PIB de 7,5% em 2013, Mantega comentou que acredita na
melhora do estado de saúde do presidente venezuelano Hugo
Chávez.
“Acredito que no segundo trimestre ele vai estar forte
novamente, comandando a continuidade da revolução bolivariana”,
disse.
Avisado pelo repórter da Carta Capital de que Chávez havia
morrido na noite de ontem – e pelo da Veja de que a morte ocorreu
há pelo menos duas semanas – o ministro se manteve otimista.
“Nem sempre as previsões estão certas e a única coisa que não tem jeito de resolver é a minha careca”,
comentou, bem humorado. Foi a senha para que os jornalistas da Carta e da Veja começassem a brigar,
mas ninguém se importou, assim como no mundo real.
Mantega apresentou um relatório da equipe econômica do governo que trabalha com um crescimento de
23% na saúde de Chávez para o segundo semestre. “Os indicadores são muito bons, veja você que ele
aparece sorrindo naquela foto com as filhas, e estamos confiantes”, explicou o ministro. Ele citou como
exemplo a Petrobras, que fechará mais parcerias com o PDVSA. “E não tem nada de parceria Caracu, seus golpistinhas!”, completou, aos risos.
Apesar da insistência dos jornalistas, Mantega encerrou o encontro reafirmando a confiança na recuperação
do Comandante. Quando se retirava da sala, a presidente Dilma Rousseff gritou do fundo do corredor:
“Guido! Arruma as malas que tamo indo pra Caracas!” O ministro voltou-se para os jornalistas e deu uma piscadinha. “Viram? Investimentos!” Foi o bastante para os repórteres da Veja e da Carta Capital voltarem
a trocar tapas. Mais uma vez, ninguém deu bola.

37 thoughts on “Guido Mantega prevê melhora da saúde de Hugo Chávez no segundo trimestre de 2013

  1. Sensacional!!! Vale lembrar que, no país da jabuticaba, as desonerações viraram o principal instrumento de política monetária… O Mantega ainda leva o prêmio IgNobel de Economia!

  2. sei que vao ignorar minha pergunta por eu ser leigo.. mas como que a politica fiscal pode afetar o produto, se vem de impostos ou divida, ou seja, retira de lá pra dar cá.. não ha ganho matematico

    alguem explica?

  3. "sei que vao ignorar minha pergunta por eu ser leigo.. mas como que a politica fiscal pode afetar o produto, se vem de impostos ou divida, ou seja, retira de lá pra dar cá.. não ha ganho matematico alguem explica?"

    Leia qualquer manual de primeiro ano de economia.

  4. o heterodoxo que me da aula disse que hiato do produto so tem relacao com inflacao porque a medida que o desemprego abaixa os salarios aumentam por um maior poder de barganha dos trabalhadores, sendo a inflacao de custos

    e ai.. procede?

  5. "e ai.. procede?"

    Não, é mais um imbecil que não aprendeu a diferença entre movimentos da curva de oferta (choque de oferta) e movimentos ao longo da curva de oferta (reagindo a movimentos da curva de demanda).

  6. Quando a economia aquece, o mercado de trabalho aperta e isso gera pressoes inflacionarias (pressao de demanda).

    Em paralelo, quanto mais baxa a taxa de desemprego (ou o hiato do emprego), mais elevado eh o poder de barganha da classe trabalhadora, o que pode gerar pressoes de custos.

    "o heterodoxo que me da aula disse".

    Aposto que ele disse corretamente e voce, imbecil de graduacao que quer vir aqui criticar de forma barata e ideologica, acabou repetindo de forma erronea.

    Abs

  7. os working papers series do bcb são de bom nivel? falo isso porque a grande maioria é de gente da UNB e sabe se lá como é o nivel dessa gente

    um abraço

  8. "Não, é mais um imbecil que não aprendeu a diferença entre movimentos da curva de oferta (choque de oferta) e movimentos ao longo da curva de oferta (reagindo a movimentos da curva de demanda)."

    Eu ja tive um debate com um prof heterodoxa pela internet sobre isso.. olha que eu sou graduando ainda..

    Basicamente eles negam custos marginais crescentes, porem admitem que o "poder de barganha" é inverso à taxa de desemprego.. ou seja..no mundo deles os salarios nao representam custos ou essas coisas sao bobas e chatas, e o Brasil so nao cresce 10% a.a por causa dos rentistas maleficos

  9. Quem é esse Delfin Netto que decretou a morte da teoria das expectativas racionais?Existe algum artigo dele sobre teoria monetária? O jornal Valor é o lugar correto para o extraordinário evento científico?
    Lucas vai indicá-lo para o Nobel?

  10. "Não, é mais um imbecil que não aprendeu a diferença entre movimentos da curva de oferta (choque de oferta) e movimentos ao longo da curva de oferta (reagindo a movimentos da curva de demanda)."

    Vamos lá. Como você introduziu o tema dos custos marginais, que imagino você sugeriu pelo uso do Galí e Gertler da participação dos salários como proxi dos custos marginais na curva de Phillips Novo Keynesiana, eu tentei te explicar que toda a idéia de precificação da firma baseada em custos marginais tem problemas lógicos insuperáveis. Há que ler Sraffa (1926). Postarei algo sobre o assunto se puder.

    Há relação entre as decisões de preços das empresas e os preços agregados dos quais trata a questão da curva de Phillips é complexa, uma vez que mesmo que as empresas sigam uma regra de custos totais, ou seja um mark up normal sobre os custos totais, esse mark up normal pode não corresponder ao de equilíbrio de longo prazo. Há uma discussão sobre isso no blog, num post antigo do Franklin Serrano se não me engano.

    Em outras palavras, esqueça da firma (e da teoria neoclássica sobre ela, que é irrelevante para o caso). Sobre a curva de Phillips mesma então, estamos no lado da oferta. O ponto é que a evidencia não sugere que a economia tenha inflação porque esta perto do limite da capacidade produtiva (na teoria neoclássica, isso é que supostamente relaciona como você fez o limite da taxa natural com os custos marginais crescentes das firmas). Os EEUU teve desemprego abaixo de 4% só em 4 breves períodos, nos anos 40, 50, 60 e 90, e só nos 3 primeiros inflação, que poderia ser dita de demanda. Ou seja, é raro. Por isso mesmo a evidencia a favor do hiato de produto é fraca. No Brasil é inexistente. Rode uma regressão e você verá.

    PS: Curvas de demanda são outra grande confusão marginalista. Os autores clássicos falavam de condições normais da demanda, mas não tinham nenhuma preocupação com curvas ou funções, até porque não perdiam tempo (e pra que perder) com questões subjetivas.

  11. "Não, é mais um imbecil que não aprendeu a diferença entre movimentos da curva de oferta (choque de oferta) e movimentos ao longo da curva de oferta (reagindo a movimentos da curva de demanda)."

    E cade a ética,o sr não aprendeu?

  12. " eu tentei te explicar que toda a idéia de precificação da firma baseada em custos marginais tem problemas lógicos insuperáveis. Há que ler Sraffa (1926). "

    Pfffff….

    Nao me diga mais nada, só uma coisa: quantos anos você tem?

  13. "O senhor ja participou de algum debate sobre temas como o fim do banco central,volta do padrão ouro?"

    Eu sou ateu e procuro nao me envolver em discussões religiosas. Também nao voto para Papa.

  14. Alex, parabéns pelo artigo de hoje. Lucidez e objetividade. Será que vc podia comentar um pouco a dívida pública, com desonerações nada republicanas, orgia no BNDES e juros no primeiro degrau de longa escada?

  15. Não ricardianos são os que consomem toda a renda disponível em todos os períodos, já que não possuem acesso ao mercado de crédito, ou seja, não são capazes de suavizar o consumo ao longo do tempo. Os ricardianos têm acesso ao mercado de crédito, então eles podem poupar uma parte da renda ou obter empréstimos dependendo do ambiente econômico, de modo que eles podem suavizar o seu consumo ao longo do tempo.

  16. não estou dizendo que não existe inflação de demanda, apenas que, de fato, se diante de uma expansão da economia o banco central subir os juros, realmente alguns gastos mais sensíveis aos juros (consumo de duráveis, investimento residencial) devem ser desestimulados. a queda no crescimento destes gastos autonomos , se persistente desestimulará o investimento induzido.

    Mas isso só ocorrerá se o banco central quiser que ocorra. O banco central pode resolver manter ou até reduzir os juros . O importante é que a taxa de juros será aquela que o BC quiser. para os sraffianos a taxa de juros de curto é fixada pelo bacen e as de longo dependem fundamentalmente do que o mercado acha que vai acontecer com as taxas curtas no futuro. Logo, em ultima instancia o bacen controla a taxa de juros.

    A tradicional curva LM e seus pseudo efeitos de crowding out parcial dependem da duas hipóteses:
    1. a idéia exótica de que a oferta e moeda e crédito não se expande com o crescimento da economia
    2. que o banco central não acomoda o crescimento da chamada demanda transacional de moeda

    Nem a macro ortodoxa utiliza mais estas idéias. Todos os modelos do novo consenso ou nova sintese neoclassica fazem o banco central seguir alguma regra de taxa de juros e em geral nestas regras (como a de Taylor) o bacen tende a acomodar qualquer aumento da "demanda por moeda" enquanto o produto estiver abaixo do potencial , a não ser que a inflação esteja acima da meta . logo, embora aceitem 1), refutam 2)

    Os Sraffianos refutam 1) e 2).

  17. Eu fasso parte de um grupo de estudo ,que se diz liberal.

    Algum deses economistas Mises,Hayek,Rothbard,Frédéric Bastiat tem respaldo academico?

  18. Meus caros,
    EU CONHEÇO O RICARDIANO!!!! Ele é filho do Ricardo e da Ana. Ele, de certa forma, tem até sorte. Seu irmão se chama Anacardo!!!!
    Saudações

  19. O livro do Nicholson é um Varian com maior enfoque matemático e menos intuição econômica. A melhor parte na minha opinião é que tem excelentes extensões no final de cada capítulo, tratando brevemente da literatura mais recente sobre cada tópico e mostrando algumas aplicações econométricas.

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