Éramos felizes (e eu sabia)
A balança comercial
registrou déficit de US$ 6,1 bilhões no primeiro quadrimestre do ano. Temos que
recuar até 2001 para achar um déficit comercial neste mesmo período (no caso, modestos
US$ 561 milhões) e, por mais que voltemos no tempo, não há registro de déficits
de magnitude comparável ao de agora.
registrou déficit de US$ 6,1 bilhões no primeiro quadrimestre do ano. Temos que
recuar até 2001 para achar um déficit comercial neste mesmo período (no caso, modestos
US$ 561 milhões) e, por mais que voltemos no tempo, não há registro de déficits
de magnitude comparável ao de agora.
É verdade que, em
parte, o resultado do período está contaminado por uma mudança na
contabilização das importações de petróleo: importações realizadas no ano
passado foram registradas apenas este ano, melhorando o resultado de 2012 ao
custo de piorar o de 2013. Ainda assim, mesmo se desconsiderarmos este
problema, é inegável a tendência de piora da balança, que ocorre – não sem um
leve toque de ironia – desde que o governo se engajou numa política deliberada
de desvalorização da moeda para proteger a indústria das importações, assim
como estimular as exportações de manufaturados.
parte, o resultado do período está contaminado por uma mudança na
contabilização das importações de petróleo: importações realizadas no ano
passado foram registradas apenas este ano, melhorando o resultado de 2012 ao
custo de piorar o de 2013. Ainda assim, mesmo se desconsiderarmos este
problema, é inegável a tendência de piora da balança, que ocorre – não sem um
leve toque de ironia – desde que o governo se engajou numa política deliberada
de desvalorização da moeda para proteger a indústria das importações, assim
como estimular as exportações de manufaturados.
Obviamente isto não
significa que a deterioração das contas externas resulta da desvalorização da
moeda, mas serve para ilustrar como a balança depende de uma gama muito mais
vasta de fatores do que a visão unidimensional da taxa de câmbio, favorecida
pelos nossos “keynesianos de quermesse”, consegue compreender.
significa que a deterioração das contas externas resulta da desvalorização da
moeda, mas serve para ilustrar como a balança depende de uma gama muito mais
vasta de fatores do que a visão unidimensional da taxa de câmbio, favorecida
pelos nossos “keynesianos de quermesse”, consegue compreender.
Em particular, não há
como ignorar o nível reduzido da taxa de desemprego no país, sugerindo que, se
a economia não trabalha a pleno emprego, não parece muito distante dele. Nestas
circunstâncias, certas respostas são muito diferentes daquelas com que
estávamos acostumados quando a economia operava com folga considerável, em
particular no mercado de trabalho.
como ignorar o nível reduzido da taxa de desemprego no país, sugerindo que, se
a economia não trabalha a pleno emprego, não parece muito distante dele. Nestas
circunstâncias, certas respostas são muito diferentes daquelas com que
estávamos acostumados quando a economia operava com folga considerável, em
particular no mercado de trabalho.
Quando o desemprego é
alto, a expansão da demanda tende a se traduzir em aumento da produção tanto da
indústria quanto dos serviços, já que ambos os setores têm condições de
contratar a mão-de-obra até então desocupada sem grande pressão sobre os
salários. Já numa situação como a de hoje, o mesmo crescimento da demanda
implica respostas muito diferentes em cada setor.
alto, a expansão da demanda tende a se traduzir em aumento da produção tanto da
indústria quanto dos serviços, já que ambos os setores têm condições de
contratar a mão-de-obra até então desocupada sem grande pressão sobre os
salários. Já numa situação como a de hoje, o mesmo crescimento da demanda
implica respostas muito diferentes em cada setor.
A maior demanda por
serviços precisa, com raras exceções, ser satisfeita pela expansão da produção
local, levando ao crescimento do emprego no setor. Concretamente, com o
desemprego baixo, isto tende a elevar o salário real em ambos os setores, mas, como
o setor de serviços está naturalmente protegido da concorrência externa, estes
aumentos podem (e são) repassados aos seus preços, o que explica a elevada
(8,1%) inflação de serviços. Já no setor industrial o repasse é limitado pela
concorrência externa e, portanto, o aumento salarial “come” a margem de lucro,
expressão da perda de competitividade.
serviços precisa, com raras exceções, ser satisfeita pela expansão da produção
local, levando ao crescimento do emprego no setor. Concretamente, com o
desemprego baixo, isto tende a elevar o salário real em ambos os setores, mas, como
o setor de serviços está naturalmente protegido da concorrência externa, estes
aumentos podem (e são) repassados aos seus preços, o que explica a elevada
(8,1%) inflação de serviços. Já no setor industrial o repasse é limitado pela
concorrência externa e, portanto, o aumento salarial “come” a margem de lucro,
expressão da perda de competitividade.
A tendência, pois, é
que o emprego se expanda no setor de serviços relativamente à indústria, assim
como a produção. Deste modo, enquanto o maior consumo de serviços é satisfeito
localmente, o aumento do consumo de manufaturas, com a economia próxima ao
pleno emprego, passa a ser atendido pela expansão das importações.
que o emprego se expanda no setor de serviços relativamente à indústria, assim
como a produção. Deste modo, enquanto o maior consumo de serviços é satisfeito
localmente, o aumento do consumo de manufaturas, com a economia próxima ao
pleno emprego, passa a ser atendido pela expansão das importações.
Isto já vem
acontecendo há algum tempo, mas, até recentemente, era parcialmente neutralizado
pelo aumento dos preços internacionais das commodities
relativamente às manufaturas. Sendo o Brasil um exportador líquido de commodities, seu encarecimento permitia
ao país obter mais manufaturas por unidade exportada.
acontecendo há algum tempo, mas, até recentemente, era parcialmente neutralizado
pelo aumento dos preços internacionais das commodities
relativamente às manufaturas. Sendo o Brasil um exportador líquido de commodities, seu encarecimento permitia
ao país obter mais manufaturas por unidade exportada.
Assim, embora a
quantidade importada aumentasse, seus efeitos sobre a balança foram
significativamente atenuados pelo maior valor das exportações. Não por outro
motivo, sempre tachei de míopes as lamentações governamentais quando os preços
de commodities subiam, assim como
suas comemorações em caso de queda.
quantidade importada aumentasse, seus efeitos sobre a balança foram
significativamente atenuados pelo maior valor das exportações. Não por outro
motivo, sempre tachei de míopes as lamentações governamentais quando os preços
de commodities subiam, assim como
suas comemorações em caso de queda.
Sem preços crescentes
de commodities para compensar a maior
demanda por importações, a tendência do saldo comercial é se reduzir em
resposta à elevação da demanda interna e da resposta assimétrica da produção.
Como se vê, há muito mais entre o céu e terra do que nossos “keynesianos de
quermesse”, e sua manipulação da taxa de câmbio, podem imaginar.
de commodities para compensar a maior
demanda por importações, a tendência do saldo comercial é se reduzir em
resposta à elevação da demanda interna e da resposta assimétrica da produção.
Como se vê, há muito mais entre o céu e terra do que nossos “keynesianos de
quermesse”, e sua manipulação da taxa de câmbio, podem imaginar.
Uso obrigatório no Ministério da Fazenda
|
(Publicado 8/Mai/2013)
La nave va…
jcw
Sempre coerente… a teoria econômica agradece!
Alex,
A queda da taxa de desemprego já vem ocorrendo há algum tempo. Portanto, a folga vem se reduzindo a tempos.
Quanto mais ela reduz, mais tendemos a importar, seja porque não há mais espaçõ para ampliar a produção doméstica seja porque os custos (aumento de salários) inviabilizam a produção doméstica vis-à-vis os importados.
Assim sendo, como explicar que houve queda do quantum importado em 2012 (queda de 2,3%). E mais, como explicar a melhora da balnça comercial (exportações caíram menos do que as importações)?
Acho que este ponto está em aberto ainda….
Alex,
A eleição do Azevêdo para a OMC me fez buscar aquele seu artigo "Tiro ao pé". Pois, agora que o cidadão é o Diretor-Geral da entidade serão discutidas as babaquices "de que as taxas de câmbio não devem ser manipuladas para obter vantagem comercial desleal", conforme no Valor de hoje sobre o assunto.
E o mais interessante é que foi o baiano que levou a discussao sem sentido para a OMC.
Parece brincadeira que se tenha incorrido num défice (grafia do Vocabulário Ortográfico da ABL) dessa monta. Um país continental, como se diz, de tantas riquezas… Algo vai mal, muito mal, não só no "Reino da Dinamarca"! E não é de hoje. Isso vem desde sempre. Hamlet ainda não conseguiu vingar a morte do Pai. Talvez nunca o consiga, e a alcova da Rainha estará sempre com a agenda congestionada.
Quero ver o que vão fazer quando os USA e a Zona aumentarem os juros…
e o cambio vai acabar indo um pouco pra cima, ajudando a inflação a ficar ali pertinho do teto…
La nave va e a inflação também…
Primeiro que o governo tem 400 bi de dolares em reservas, entao estamos mt longe de estarmos vulneraveis externamente como nas outras crises.
Tem alguma indicacao de texto de algum pos-keynesiano falando que era so desvalorizar o cambio e pronto? Ate onde eu sei, desvalorizar o cambio era uma das medidas necessarias, nao a unica. Ou agora desvalorizar o cambio nao melhora a balanca comercial , tudo o mais constante? se isso nao vale, vou queimar todos os livros de macro.
E mesmo com a desvalorizacao, o Real ainda ta entre as moedas mais apreciadas do mundo em qualquer comapracao que eu vejo. As utimas que eu vi colocavam o Brasil so atras do Japao. Se voce tiver uma referencia melhor de comparacao do real e outras moedas frente ao dolar e pudesse compartir, seria interessante.
"Assim sendo, como explicar que houve queda do quantum importado em 2012 (queda de 2,3%). E mais, como explicar a melhora da balnça comercial (exportações caíram menos do que as importações)?
Acho que este ponto está em aberto ainda…."
Importações não contabilizadas (quer dizer, que só foram contabilizadas este ano).
"Tem alguma indicacao de texto de algum pos-keynesiano falando que era so desvalorizar o cambio e pronto?"
Qualquer coisa em http://bresserpereira.org.br/
"se isso nao vale, vou queimar todos os livros de macro."
Pode queimar, não porque estejam errados, mas simplesmente porque você não sabe ler:
"Obviamente isto não significa que a deterioração das contas externas resulta da desvalorização da moeda , mas serve para ilustrar como a balança depende de uma gama muito mais vasta de fatores do que a visão unidimensional da taxa de câmbio, favorecida pelos nossos “keynesianos de quermesse”, consegue compreender."
"balança depende de uma gama muito mais vasta de fatores do que a visão unidimensional da taxa de câmbio".
Alex, te convido a regredir a balança comercial em várias variáveis e mostrar que de fato o hiato do emprego vale mais do que câmbio real no seu desempenho… Topa?
"Alex, te convido a regredir a balança comercial em várias variáveis e mostrar que de fato o hiato do emprego vale mais do que câmbio real no seu desempenho… Topa?"
Topo, mas, desde que o coeficiente no hiato seja significativo, meu ponto está provado, ou você ainda não entendeu?
Grande Alex,
Fiz alguns exercícios recentemente e queria saber sua opinião.
Ao meu ver, é óbvio que o resultado comercial depende de vários fatores. O problema é que o debate público polariza demais as opiniões (tenho a sensação, humilde, de que os keynesianos não pensam que tudo se resume a câmbio).
De todo modo, que tal comparar o quanto foi importante o adiamento da contabilização das importações de petróleo? O quanto foi importante o setor de petróleo e derivados como um todo, altamente influenciado por controle estatal, para os resultados da balança comercial?
Nos primeiros três meses do ano, o saldo negativo da balança comercial – total das importações que superaram as exportações no período – ficou em US$ 5,15 bilhões; já o saldo no comércio de petróleo e derivados, também negativo, foi a US$ 5,81 bilhões. Excluída a conta com petróleo e derivados, o país teria, em vez de déficit, um pequeno superávit, de US$ 660 milhões, no primeiro trimestre.
Não sei se esses resultados apontam excesso de demanda na economia brasileira…
Forte abraço,
Economista X
Então rode e ache ele significativo. A ciência agradece.
Claro que entendi seu ponto.
"Excluída a conta com petróleo e derivados, o país teria, em vez de déficit, um pequeno superávit, de US$ 660 milhões, no primeiro trimestre.
Não sei se esses resultados apontam excesso de demanda na economia brasileira…"
Acho que, no caso deveríamos comparar este pequeno superávit com o que ocorreu no mesmo período do ano passado.
Não consegui replicar seus números (você retirou as exportações de petróleo também?), mas, ficando só na balança sem importações de petróleo teríamos um superávit de US$ 8,3 bi no primeiro quadrimestre; no mesmo período de 2012 o número seria US$ 15 bi.
Nos 12 meses até abril 13 comparados aos 12 meses até abril 12 a queda é de US$ 18 bi ($48 vs $ 66), correspondentes a cerca de 0,8% do PIB. Não é pequeno para um "delta" importações líquidas.
O déficit em conta corrente vem no sentido de acomodar a demanda, com os salarios reais crescendo de forma empolgante. Este é o caminho do desenvolvimento, quem não gosta vai pra Europa desfrutar da austeridade.. Kakakakaka
Stephen Hawking anunciou boicote a Israel, por seu destrato aos Palestinos. Alex e "O", o que acham desta decisão? Acho que vocs deveriam segui-lo
Creio o Stan tem toda a razao:
http://www.bloomberg.com/news/2013-05-08/stanley-druckenmiller-sees-financial-market-melt-up-.html
Stanley Druckenmiller, the billionaire hedge-fund manager who returned an average of 30 percent a year from 1986 through 2010, said the long rally by commodities is over as China switches to consumption-led growth rather than investing in infrastructure.
Y = C + I + G + X – M
Y – (C + I + G) = X – M
O excesso de produto sobre a demanda domestica implica em exportacoes liquidas positivas.
Se as exportacoes liquidas sao positivas (excluindo uma questao setorial especifica), entao nao ha excesso de demanda domestica.
Todavia, se as exportacoes liquidas vem se reduzindo fortemente, isto sugere que a demanda vem crescendo em ritmo superior a oferta.
Podemos ate nao estar com excesso de demanda (restricao de oferta) – de fato, acho que nao estamos – mas acredito que estamos no caminho de estar…
Valeu Alex e X
Abraco
Celso
Claramente a solução é emplementar o padrão ouro
abs
Alexandre Schwartsman,
Dois trechos deste seu comentário chamaram-me atenção. Primeiro este trecho:
“Obviamente isto não significa que a deterioração das contas externas resulta da desvalorização da moeda, mas serve para ilustrar como a balança depende de uma gama muito mais vasta de fatores do que a visão unidimensional da taxa de câmbio, favorecida pelos nossos “keynesianos de quermesse”, consegue compreender”.
Ele confirma velha crença minha de que a taxa de câmbio não é variável de interesse do economista. Talvez o correto seja dizer que economista de alto coturno não aceita que a desvalorização cambial seja a solução, pois para ele problemas de alta complexidade econômica requerem como solução medida menos simplória que a desvalorização cambial.
Lembro ter apontado a dificuldade do economista de alto coturno defender o câmbio desvalorizado, junto ao post “Importação e desenvolvimento tecnológico” de segunda-feira, 23/11/2009 às 08:15, no blog de Luis Nassif em que ele fazia a defesa do câmbio desvalorizado com base nos estudos de Michael Eugene Porter na década de 80.
O texto de Luis Nassif soava-me falso. Eu sou a favor da desvalorização cambial, mas não creio que o suporte teórico para a desvalorização possa ser encontrado assim em economista como Michael Eugene Porter que, além de americano e economista, é engenheiro mecânico e aeroespacial e além disso tudo fez estudo aprofundado de desenvolvimento industrial e tecnológico ocorridos em nichos de estrutura matricial de produção tecnológica que o levou a publicar vários livros com destaque para o aqui publicado com o título “Vantagem Competitiva das Nações”, e como tal jamais iria atribuir ao câmbio o sucesso de quem quer que seja. Embora apagado no blog de Luis Nassif, o post “Importação e desenvolvimento tecnológico”, pode ser visto no seguinte endereço:
http://web.archive.org/web/20091128075449/http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/11/23/importacao-e-desenvolvimento-tecnologico/
Provavelmente bem depois mandei comentários copiando trechos do livro de Michael Eugene Porter para mostrar que não havia a possibilidade dele ser favorável a desvalorização monetária.
Assim não é surpresa que você também seja refratário à solução da desvalorização cambial como solução de problemas econômicos brasileiros. É claro que a solução da desvalorização cambial quando o país caminha para o pleno emprego, parece-me mais difícil.
Transcrevo a seguir o segundo trecho a destacar:
“Concretamente, com o desemprego baixo, isto tende a elevar o salário real em ambos os setores, mas, como o setor de serviços está naturalmente protegido da concorrência externa, estes aumentos podem (e são) repassados aos seus preços, o que explica a elevada (8,1%) inflação de serviços. Já no setor industrial o repasse é limitado pela concorrência externa e, portanto, o aumento salarial “come” a margem de lucro, expressão da perda de competitividade”.
Destaco-o por ver você reconhecer que os serviços estão pesando mais na inflação brasileira. Antes você gostava de realçar a alteração na metodologia de cálculo da inflação que permitia que a inflação fosse mais baixa apesar do aumento de preços das commodities em decorrência da seca nos Estados Unidos. Sobre essa sua omissão de salientar que para a realidade brasileira a alteração da metodologia desfavorecia no cálculo de inflação para atingimento da meta, eu lembro aqui entrevista sua em que também estavam presentes José Roberto Mendonça de Barros e Roberto Giannetti da Fonseca, e que aqui no seu blog resultou no post “No Painel” de domingo, 26/08/2012 (Ele pode ser visto no seguinte endereço: http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/08/no-painel.html)
E sua omissão sobre a pressão de serviços no índice de inflação também ocorria quando você falava dos seus acertos sobre a taxa de inflação, em crítica a nova postura que o BCB deu à taxa Selic desde o cavalo de pau da Reunião da Copom de 30 e 31 de agosto de 2011.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/05/2013
http://jlcoreiro.wordpress.com/
Abandono do regime de metas? O argumento procede, mas nao sei se eh uma escolha possivel (e desejavel)…
"se isso nao vale, vou queimar todos os livros de macro."
tudo bem, mas não queime o Wickens. É um ótimo livro.
Celso:
Pelas contas nacionais, as exportações líquidas (preços constantes de 4T12) foram negativas (R$ 80.2 bi, ou 1.8% do PIB).
A preços correntes (fica mais fácil comparar) atingiram menos R$ 62.9 bi, ou 1.4% do PIB.
Deve ter sido mais, na verdade, por conta da contabilização atrasada das importações de petróleo.
Abs
"vou queimar todos os livros de macro."
É um importante passo na direção da seriedade e da honestidade intelectual.
Ser microeconomista é questão de caráter. (2)
"…emplementar o padrão ouro."
Acho que antes de voltar ao padrão ouro deveríamos reforçar o ensino da língua portuguesa nas escolas.
Alex,
Excelente.
Mas quanto deram as exportações líquidas de bens e serviço?
A Balnaça comercial mensura somente bens e o excesso de demanda, para ser visto, carece de uma análise conjunta da balança comercial da de serviços.
Realmente não tenho esse dado em mãos, apenas uma dúvida mesmo… Sabe informar?
Valeu
Celso
Oi Celso:
Estes foram os dados das contas nacionais.
Já no caso do BP, as exportações líquidas de bens (aka, balança comercial) foi positiva (USD 19,5 bi), enquanto as exportações líquidas de serviços (não-fatores) foi negativa (USD 41,3 bi). Exportações líquidas de bens e serviços foram portanto negativas (-USD 21,8 bi) em 2012, contra – 8,1 bi em 2011.
Abs
Alex, vi seu comentario sobre credito subsidiado no Bloomberg hoje. Eu havia feito um comentario sobre o tamanho do esforco nas costas da SELIC. Seria legal ver uma analise do tamanho dos sistemas financeiros paralelos e as respectivas razoes em relacao ao sistema total.
Eu to disposto a cooperar com alguns efeitos que ja reparei que existem nessa estrutura e que empurram SELIC para cima…
Mr. Magoo Ministro seria melhor
Alex,
uma pergunta off topic:
O que você acha que está acontecendo no mercado imobiliário? Essas vendas paradas e quedas de preços são o prenúncio do estouro de uma bolha?
"O que você acha que está acontecendo no mercado imobiliário?"
Só perguntando aos universitários… Eu não sei.
falando em achismos, alguém já leu esse livro, sabe se vale a pena?
http://www.amazon.com/dp/159420411X
é do nate silver, economista mais famoso pelas frequentes previsões corretas na política americana
Meus caros,
"…Tem alguma indicacao de texto de algum pos-keynesiano falando que era so desvalorizar o cambio e pronto? Ate onde eu sei, desvalorizar o cambio era uma das medidas necessarias, nao a unica…"
Finalmente, alguém defendendo a verdadeira teoria econômica. Faltam ainda:
1 – Criação de camaras setoriais para convergência de expectativas, implementação de política de rendas (política anti-inflacionária) e fortalecimento de nossas cadeias produtivas.
2- Isto permitiria pensar a implementação de plano de longo prazo que planejasse o fechamento seletivo de nossos mercados para produtos e insumos específicos que, juntamente com políticas discricionárias e seletivas tributária e de oferta de crédito (fortemente) subsidiado, permitiria o enobrecimento e a maior agregação de valor por parte de nossas cadeias produtivas.
3- Isto permitiria no médio prazo aumento da produtividade e da produção brasileira (devido ao citado enobrecimento) e melhoria de nossas contas externas através de conjunto musculoso de "multinacionais" brasileiras, fortes o suficiente para competir de igual para igual com qualquer outra empresa no mundo.
VOCÊS NÃO SABEM NADA DE ECONOMIA!!!! E VAMO QUE VAMO!!!! E ZIRIGUIDUM!!!!
Saudações
PS (sério): Como é que é? Temos superávit se excluirmos determinados dados setoriais? NÃO É SÓ ISTO!!!!! Excluindo determinados dados setoriais, NÓS NÃO IMPORTAMOS NADA!!!! SÓ EXPORTAMOS!!!!!
Zirigudum, telecoteco, balacobaco, esquindô, esquindô e muito axé também.
Reforma do Maracana custou 1Bi.
Eike vence concessao e vai pagar 5.5mm por ano… 0.55% ao ano… eee beleza. Acho que ele ta precisando muito de $$…
Alex, como explicar que a base monetaria dos EUA tem se expandido bem rapido mas a inflacao ta tranquila la, mas se isso se faz no Brasil logo vem a danada nos fazer mal?
alex,
Ouvi dizer que não tem mais jeito, a ditadura vai ter que voltar para botar ordem no recinto. Tenho altos contatos nas forças armadas, e lá todos estão de acordo quanto a necessidade dessa medida prudencial. A partir de então vamos ver quem são os patriotas, os empresários que remarcarem preços serão crivados de bala.
Abraços,
Gilson
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".
Ayn Rand
Ola Alex. Ótimo blog, te seguirei a partir de hoje. Abração
AYN RAND ressucitou e está morando no Brasil?
http://blog.inomics.com/university-rankings-top-economics-departments-in-latin-america/
Unicamp como melhor faculdade de economia do Brasil. So perde pra PUC Chile na AL. Estranho hein
Mas o preço das commodities embora esteja mais baixo do que uns 5 anos atrás,.. ainda está bem acima do seu nível histórico. Então porque esse efeito não aconteceu antes?
Sobre o ranking com Campinas lá em cima (da Wikipeida):
Subject rankings reliability
The QS subject rankings have been dismissed as unreliable by some critics, including most notably Brian Leiter, who points out that programs which are known to be high quality, and which rank highly in the Blackwell rankings (e.g., the University of Pittsburgh) fare poorly in the QS ranking for reasons that are not at all clear [9] [10].
In other areas, QS has highly ranked programs which do not exist [11], as in Geography, in which 5 of the top 10 did not actually have graduate programs in geography. In Linguistics, the QS rankings are entirely out of step with the most recent NRC rankings; NRC ranks the doctoral programs of the University of Massachusetts Amherst and the University of Maryland at College Park among the very best in the U.S.A. (tied for #3 in S-Rank), while QS ranks them 29th and 49th in the world, respectively [12].
Alex e O,
Conhecem a Paris Schol of Economics????
Está entre as Top 10.
Sabem de algum cara bom por lá em Macro…
abs
"Sabem de algum cara bom por lá em Macro…"
Não, mas sei de um lugar lá que serve um steak tartar de primeira.
chez georges?
"Conhecem a Paris Schol of Economics????"
E´o delta que mudou de nome.
Guesnerie e´um dos principais nomes, mas nao faz macro.
Bourguignon e´do banco mundial, faz trade e development.
Mas se vc quer ir p Franca, vai p Toulouse que a escola de economia mais forte da europa continental.
Toulouse é insurpotável… Paris é mais agradável… e isso pesa muito na minha análise de custo benefício…
Vamos imaginar a seguinte situação: Déficit da balança comercial, inflação certamente acima do centro da meta, crescimento do PIB limitado pelo aumento da produtividade, Banco Central omisso e/ou submisso, superávit primário em queda e aumento da pressão da base aliada do governo por recursos. Parece que temos um cenário Dantesco, o circo está pronto para pegar fogo.
Alvaro Dreifus,
"inflação certamente acima do centro da meta"
Está acima da meta a muito tempo.
Abs
Quem gosta de SAMBA? No caderno especial do Valor de hoje tem uma reportagem simpática.È interessante também,acho, para a turma que prefere uma macumba(sraffianos,kaleckianos,hegelianos…)
Achei que foram muito injustos com o Delfim ao escrever:
“O Depep ganhou o reconhecimento até de um dos maiores críticos da abordagem excessivamente científica da economia – o ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura Antonio Delfim Netto.”
Não é verdade que o Ministro seja crítico “da abordagem excessivamente científica da economia”; apenas daquela que não concorda com as suas próprias conclusões.
"Toulouse é insurpotável… Paris é mais agradável… e isso pesa muito na minha análise de custo benefício…"
Paris e' muito mais caro e ta' cheio de Parisiense.
Toulouse nao tem muito que fazer alem de estudar. Mas no final de semana da p ir esquiar no pirineus.
Vale a pena estudar Economia na França? Acho que não…
"Vale a pena estudar Economia na França? Acho que não…"
Vale à pena estudar em qualquer lugar (civilizado) se a alternativa for estudar nesses programas meketrefes do Brasil onde praticamente não existe ninguém pesquisando. É isso que importa já que o core do material é padronizado na vasta maioria dos lugares (i.e. Greene, Romer e MWG).
"Vale a pena estudar Economia na França? Acho que não…"
Meu caro, a PSE esta entre as Top 10. Baseado em que vc afirma que nao vale???
Fala serio, eh cada um que me aparece aqui…
Sim, concordo com vc, só que existem instituições no Brasil que oferecem tudo isso que vc falou. A França não é um centro com tradição em Economia.
Nelson Barbosa deixando o governo por divergencias com o Mantega e o Arno Agustin.
Agora sim a vaca vai pro brejo
Grande Alex, me tira uma duvida por favor?
Voce costuma sempre afirma que o credito direcionado e' uma das causas da taxa de juros elevada no Brasil.
Como a taxa longa e' excessivamente baixa (por exemplo: TJLP), a taxa curta deve ser alta o suficiente para termos uma taxa media compativel com o controle da demanda.
Assim sendo, teriamos uma taxa media de juros relevante para fins de controle da demanda como algo proximo a:
i = a.Selic + (1-a).TJLP
OK, concordo em genero, numero e grau.
Todavia, o raciocinio passa pela taxa que incide sobre o credito. Assim sendo, podemos estende-lo levando em consideracao questoes relacionadas a profundidade dos mercados de credito.
Quando o credito e' pouco significativo em relacao ao PIB, mais baixo tende a ser o poder da politica monetaria e mais elevado o nivel requerido para a taxa de juros.
Na economia brasileira, temos uma relacao credito livre/PIB, embora inferior a media mundial, muito superior ao que observamos em varios outros paises, alguns muito semelhantes ao Brasil (ex: Colombia e Mexico).
Ou seja, embora com jabuticaba na taxa longa, temos um grau de alcance da taxa curta muito maior no Brasil do que nos casos supracitados.
Deveriamos, portanto, ter uma taxa de juros curta tao superior a esses paises?
O que acha?
Forte abraco
Economista X
Economista X
A resposta para isso não é apenas olhar a taxa de inflação ?
Economista X,
Você esta chutando. O Brasil tem mais crédito que o México.
"O"
Mais e o cambio desvalorizado,não era para ele ajudar no aumento das exportações?
"Sim, concordo com vc, só que existem instituições no Brasil que oferecem tudo isso que vc falou. A França não é um centro com tradição em Economia."
hahaha…a França não tem tradição..esse é boa. Será que o retardado verde-amarelo que diz isso já parou pra somar a quantidade de grandes economistas que a França gerou só nos últimos 20 anos?
"Será que o retardado verde-amarelo que diz isso já parou pra somar a quantidade de grandes economistas que a França gerou só nos últimos 20 anos?"
Ô babaca, desde quando quantidade é qualidade?
X, acho que a baixa proporção crédito/pib pode explicar a razão de a selic variar tanto (pelo menos na época em que o BC era civilizado), mas não o motivo pelo qual ela é em média tão alta.
"O",
"Você esta chutando. O Brasil tem mais crédito que o México. "
Foi exatamente isto que falei. Nao entendi seu ponto…
"A resposta para isso não é apenas olhar a taxa de inflação ?"
clarifique e desenvolva
X
Boa pergunta X!!!
Abs
Dantas
"Deveriamos, portanto, ter uma taxa de juros curta tao superior a esses paises?"
Mas estes países não têm uma taxa de juros subsidiada como o TJLP, muito menos servindo de referência a um volume extraordinário de crédito subsidiado (pouco mais de 10% do PIB e cerca de 20% do crédito total para ficar só com o BNDES – se formos incluir o resto do direcionado os números seriam um pouco maiores).
Note também que a TJLP não é a taxa longa (só no nome); é repactuada a cada 3 meses pelo CMN.
Abs
"Sim, concordo com vc, só que existem instituições no Brasil que oferecem tudo isso que vc falou. A França não é um centro com tradição em Economia."
Tradicao tem a unicamp.
"A França não é um centro com tradição em Economia."
Tradicao tem o Brasil. Me irrita quando o pessoal da opiniao sobre o que nao tem menor ideia.
Abaixo a lista de alguns poucos economistas Franceses fellows da econometric society, tem muito mais, so fiquei com preguica de listar todos. O Brasil tem quantos mesmo?
Gerard Debreu
Maurice Allais
Olivier Blanchard
Jean Tirole
Jean-Jacques Laffont
Philippe Aghion
Yves Balasko
Christian Gourieroux
Roger Guesnerie
Edmond Malinvaud
Gilles Saint Paul
Jean Francois Richard
"X, acho que a baixa proporção crédito/pib pode explicar a razão de a selic variar tanto (pelo menos na época em que o BC era civilizado), mas não o motivo pelo qual ela é em média tão alta."
A baixa profundidade do crédito afeta tanto a volatilidade da taxa de juros quanto o nível de equilíbrio.
Abs
X
"Mas estes países não têm uma taxa de juros subsidiada como o TJLP, muito menos servindo de referência a um volume extraordinário de crédito subsidiado (pouco mais de 10% do PIB e cerca de 20% do crédito total para ficar só com o BNDES – se formos incluir o resto do direcionado os números seriam um pouco maiores)."
De fato, eles não têm. Mas também não tem um mercado de crédito representativo. Ou seja, o alcance da política monetária na demanda é relativamente menor nestes países…
A questão é: o que importa mais para fins de determinação do nível da taxa de juros, a proporção do crédito total que é sensível em relação à taxa de política monetária ou o grau de aprofundamento do crédito na economia?
abs
X
Essa historia de baixa proporção crédito/pib" leva a muitas conclusões estupidas.
No país da Jabuticaba pouco se pode tirar deste número. Comparar então é uma enorme temeridade, as razões são tantas e tão óbvias que não vou falar nenhuma.
Sem querer mudar muito de assunto, ouvi essa e gostei: "a Idade da Pedra não acabou pq se acabaram as pedras".
Schwartsman,
acho que vc nao entendeu o ponto dele…
Me lembro que certa vez o Alexandre escreveu;
"As taxas de juros que balizam [os empréstimos direcionados] não são apenas tipicamente bastante inferiores à Selic, mas também não costumam se alterar em resposta a movimentos da política monetária, o que traz duas conseqüências associadas.
Em primeiro lugar o nível da taxa Selic afeta menos a demanda privada doméstica do que faria na ausência do crédito direcionado. Isto pode explicar como uma Selic elevada convive com o forte ritmo de expansão da demanda doméstica privada. Ademais, como as taxas do direcionado não se alteram em resposta à Selic, os movimentos desta última devem ser mais amplos face a choques, já que o canal de crédito se encontra parcialmente obstruído.
A magnitude de ambos efeitos deve estar relacionada ao peso do direcionado no total de empréstimos: se fosse muito pequeno, não deveria ter grande impacto sobre a demanda; se fosse muito grande, provavelmente o efeito da taxa Selic sobre a demanda seria muito reduzido, devido à obstrução do canal de crédito."
Ou seja, o argumento dá especial importância ao peso do direcionado no total do crédito, mas aparentemente ignora a importância do crédito para a evolução da demanda.
Concordo com o X na pergunta. é curioso…
Manoel S.
X, por que a baixa profundidade do crédito afeta o nível da selic?
Porque quanto maior a profundidade do crédito na economia, maior a capacidade da política monetária influenciar na evolução na evolução da demanda.
Pense numa IS na seguinte linha:
y = – br + a
Quando o hiato do produto é zero, a taxa de juros de equilíbrio é:
r* = a/b
O parâmetro b, no entanto, sofre influencia do grau de profundidade do credito na economia.
Abs
X
Vou pedir encarecidamente para que o Alex substitua o "O" pelo "X" neste blog…
As discussões com ele são BEM mais interessantes!
Saudações
Martha
"Vou pedir encarecidamente para que o Alex substitua o "O" pelo "X" neste blog"
De jeito nenhum. A melhor alternativa é incluir o X aqui no Blog.
Abs
O X já faz parte do excelente blog:
http://aconscienciadetresliberais.blogspot.com.br/
Está, seguramente, entre melhores da rede.
"Abaixo a lista de alguns poucos economistas Franceses fellows da econometric society, tem muito mais, so fiquei com preguica de listar todos. O Brasil tem quantos mesmo? (…)"
Correto. E vc nem mencionou o E. Saez e a E. Duflo.
Onde está o retardado verde-amarelo agora pra nos convencer que em economia a França não tem "tradição"?
O que vcs acham dos rankings da RePEc?
Desculpe Alex,
Mas está havendo uma leve confusão de personalidades aqui.
Sou o economista X deste blog e assino sempre como "Economista X". Não sou o mesmo do blog do "A Consciencia dos Tres Liberais".
Pode perguntar ao Cadu, ao Ceslo e ao Kanczuk. O Economista X de lá não posta aqui como anônimo assinando "Economista X".
Existem dois Economistas X na praça. O que assina aqui anonimo como economista X (que sou eu) e o que faz parte do A Consciencia dos Tres Liberais (na verdade, o de lá posta aqui muito raramente, mas não o faz como anônimo).
Eu sou um mistério…
Abs
Economista X
Ah, estes anônimos homônimos…
Eu ja suspeitava que se tratavam de Economistas X diferentes…
O do "Consciencia dos Tres Liberais" e' o metidao, que se propoe a corrigir a tudo e a todos.
Este que posta aquí vem sempre com ideias ou duvidas interessantes, num tom muito mais ameno…
Sds,
Carlos
Deixa de ser viado, x!
"O que vcs acham dos rankings da RePEc?"
Como todo ranking tem lá suas limitações e anomalias mas é um bom indicador sobre onde journals e pesquisadores "stand in" na área. Tende a ficar melhor. Quem dera fosse utilizado para informar os tiers (A1, A2 etc) da monstruosa jabuticaba que é o ranking Qualis da CAPES.
Esse ranking (e o fato das unis brasileiras não recompensarem adequadamente publicações) é a verdadeira âncora que mantém a produção da academia brasileira oscilando entre a irrelevância e a mediocridade. Isso explica também a produção científica nula de um sem número de PhDs em universidades de primeira linha (gente treinada pra fazer ciência de ponta) nas mais variadas áreas que grassam por essas bandas. Vários desses até tentam mas logo abandonam as universidades depois que o gás inicial acaba e a realidde de uma estrutura distorcida de incentivos fica saliente (p.ex. Werlang, Lisboa etc).
Ass.: XYZ
Toda vez que eu leio algum industriário pedindo um câmbio mais alto eu lembro do Alex no "Painel" da Globonews.
Um alemão de idade avançada disse que até na Suíça estavam desvalorizando o câmbio pra aumentar a competitividade e o Alex, sem KY, soltou: mas lobby tem em todo lugar!
Mito haha
Off-topic:
Extra! Extra! Guido Mantega se diz solidário à Angelina Jolie e revela que já teve medo de câncer no cérebro!
Adição a "Alvaro Dreifus says:
10 de maio de 2013 15:19"
Vamos imaginar… Sorry Alvaro, Não é imaginação. ESTÁ ACONTECENDO.
Gerard Debreu
"Maurice Allais
Olivier Blanchard
Jean Tirole
Jean-Jacques Laffont
Philippe Aghion
Yves Balasko
Christian Gourieroux
Roger Guesnerie
Edmond Malinvaud
Gilles Saint Paul
Jean Francois Richard"
Muitos lecionando fora da França e alguns mulambos.
A produção acadêmica do molambo Jean Tirole deve ser maior que todos os economistas brasileiros listados no repec ou pelo menos maior do que qualquer departamento de economia brasileiro.
"Muitos lecionando fora da França e alguns mulambos."
Prefiro os mulambos da econometric society do que os Professores Doutores das nossas universidades publicas.
"Muitos lecionando fora da França e alguns mulambos."
Mulambos? quem cara-palida? Os laureados talvez?
Alguem que sugere que a producao academica na Franca nao tem tradicao realmente nao sabe do que esta falando.
A Escola Francesa de Matematica e' mais importante no mundo. Um estudande de graduacao de uma grande ecole, sabe mais matematica que um mestre generico em matematica no Brasil.
Os cursos de economia de ponta sao mais quantitativos que os americanos.
X,
A comparação entre a taxa de juros de vários países não é simples de ser feita, pois nao podemos manter todas as outras variáveis constantes enquanto variamos uma específica de nosso interesse.
Vários fatores afetam nossa taxa, dentre eles os relacionados ao canal credito (os quais vc mencionou). Mas alguns outros são importantes; para ficar em um exemplo bobo, temos a estrutura e o tamanho da dívida pública (ainda bem que cada vez diminuímos mais nosso percentual de LFTs). A estrutura do mercado bancário também é importante porque influencia as taxas finais aos tomadores, bem como a legislação referente ao crédito. Vc pesquisou essas variáveis para o México e Colômbia?
Fazendo uma analise ceteris paribus (e aí só poderemos comparar a mesma cross-section), acho que quanto maior o credito direcionado, maior a taxa básica de equilíbrio. Do mesmo jeito, quanto maior a profundidade do credito, menor a taxa básica. Se a taxa do direcionado não varia junto com a taxa básica (mantendo a diferença constante), como ocorre com a TJLP, maior será a taxa de equilíbrio.
Para saber a magnitude desses efeitos para o caso brasileiro, só partindo para a pesquisa empírica. Mas já adianto que a tarefa não será fácil.
Abs,
Economista T
Amigos,
É melhor encarar a FGV-EPGE do que ir para a França estudar Economia. Me pergunto apenas se entrar na EPGE é mais fácil ou não. Neste caso, talvez, os que não conseguiram uma Top 10 nos EUA, ou mesmo na Inglaterra se contentem com terras francesas. Agora, se o critério é a matemática, vcs sempre poderão "tentar" o IMPA…
"quanto maior a profundidade do credito, menor a taxa básica".
E se for quanto menor a taxa básica, menor a profundidade do crédito?
Dantas
E se for quanto menor a taxa básica, menor a profundidade do crédito?
Não é "e se for", mas sim também é isso… São as duas coisas.