Será que ele é?
Não
é sempre que acerto um resultado do Copom, quanto mais dois em seguida. Até
agora, pelo menos, a trajetória da Selic segue o cenário que tracei em março, o
qual parece se consolidar como o novo consenso de mercado, conforme divulgado
na pesquisa Focus desta semana. Antes que a maré de boa sorte acabe (como,
sem dúvida, ocorrerá), aproveito para fazer um pouco de autopropaganda.
é sempre que acerto um resultado do Copom, quanto mais dois em seguida. Até
agora, pelo menos, a trajetória da Selic segue o cenário que tracei em março, o
qual parece se consolidar como o novo consenso de mercado, conforme divulgado
na pesquisa Focus desta semana. Antes que a maré de boa sorte acabe (como,
sem dúvida, ocorrerá), aproveito para fazer um pouco de autopropaganda.
Mais
importante, porém, que a autopromoção descarada é saber se o aumento de juros
mais forte na última reunião do Copom é sinal de uma postura mais aguerrida do
BC no que se refere ao controle da inflação, com vistas a trazê-la de volta à
meta no próximo ano. Dobrando a aposta, não creio nesta história, nem em outras
versões sobre a reconstrução do tripé de política econômica das ruínas do
arranjo anterior.
importante, porém, que a autopromoção descarada é saber se o aumento de juros
mais forte na última reunião do Copom é sinal de uma postura mais aguerrida do
BC no que se refere ao controle da inflação, com vistas a trazê-la de volta à
meta no próximo ano. Dobrando a aposta, não creio nesta história, nem em outras
versões sobre a reconstrução do tripé de política econômica das ruínas do
arranjo anterior.
A
razão final é simples: o governo perdeu a janela de oportunidade que tinha para
colocar a casa em ordem, principalmente (mas não só) no que diz respeito à
inflação. As medidas necessárias para moderar as pressões inflacionárias e
atenuar o crescente déficit externo implicariam custos do ponto de vista de
atividade econômica, em particular no campo do emprego, que poriam em risco o
projeto de manutenção do poder da atual administração.
razão final é simples: o governo perdeu a janela de oportunidade que tinha para
colocar a casa em ordem, principalmente (mas não só) no que diz respeito à
inflação. As medidas necessárias para moderar as pressões inflacionárias e
atenuar o crescente déficit externo implicariam custos do ponto de vista de
atividade econômica, em particular no campo do emprego, que poriam em risco o
projeto de manutenção do poder da atual administração.
No
caso da política monetária o problema é claro. Há uma cadeia de efeitos entre
as alterações da taxa de juros e a resposta da inflação, na qual o
comportamento do mercado de trabalho é um dos elos centrais. Especificamente,
parcela considerável da aceleração inflacionária recente resulta de salários
crescendo a um ritmo superior à expansão do produto por trabalhador,
traduzindo-se em elevação dos custos que, em particular no caso dos produtos
não sujeitos à concorrência externa, são repassados aos preços finais.
caso da política monetária o problema é claro. Há uma cadeia de efeitos entre
as alterações da taxa de juros e a resposta da inflação, na qual o
comportamento do mercado de trabalho é um dos elos centrais. Especificamente,
parcela considerável da aceleração inflacionária recente resulta de salários
crescendo a um ritmo superior à expansão do produto por trabalhador,
traduzindo-se em elevação dos custos que, em particular no caso dos produtos
não sujeitos à concorrência externa, são repassados aos preços finais.
Neste
contexto, trazer a inflação de volta à meta requer moderação salarial, que, por
sua vez, necessita de um mercado de trabalho mais frouxo. Em bom português, a
elevação dos juros requerida para reduzir a inflação deve ser forte o bastante
para fazer a taxa de desemprego subir de modo a aliviar o aumento dos salários.
contexto, trazer a inflação de volta à meta requer moderação salarial, que, por
sua vez, necessita de um mercado de trabalho mais frouxo. Em bom português, a
elevação dos juros requerida para reduzir a inflação deve ser forte o bastante
para fazer a taxa de desemprego subir de modo a aliviar o aumento dos salários.
Considerando
ainda que os efeitos das taxas de juros se manifestam primeiro na elevação do
desemprego, para apenas depois se materializarem em queda da inflação, é óbvio
que o governo não tem quaisquer incentivos para permitir que o BC leve às
últimas consequências as promessas (ou ameaças) de um retorno “tempestivo” da
inflação à meta.
ainda que os efeitos das taxas de juros se manifestam primeiro na elevação do
desemprego, para apenas depois se materializarem em queda da inflação, é óbvio
que o governo não tem quaisquer incentivos para permitir que o BC leve às
últimas consequências as promessas (ou ameaças) de um retorno “tempestivo” da
inflação à meta.
Pelo
contrário, as altas recentes da Selic parecem consistentes com um quadro de
elevação modesta, em que, ao final do processo, a taxa de juros não
ultrapassaria 8,75% ao ano, ou seja, um aumento total de 1,5 ponto percentual.
contrário, as altas recentes da Selic parecem consistentes com um quadro de
elevação modesta, em que, ao final do processo, a taxa de juros não
ultrapassaria 8,75% ao ano, ou seja, um aumento total de 1,5 ponto percentual.
Da
mesma forma, muito embora o ministro da Fazenda prometa uma flutuação mais
livre da moeda (supostamente por conta da normalização incipiente da política
monetária nos EUA), o que se observa é distinto, a saber, o BC interferindo no
mercado de câmbio para conter o encarecimento do dólar, receoso de seus efeitos
sobre a inflação, ainda mais porque sabe das limitações a que está sujeito.
mesma forma, muito embora o ministro da Fazenda prometa uma flutuação mais
livre da moeda (supostamente por conta da normalização incipiente da política
monetária nos EUA), o que se observa é distinto, a saber, o BC interferindo no
mercado de câmbio para conter o encarecimento do dólar, receoso de seus efeitos
sobre a inflação, ainda mais porque sabe das limitações a que está sujeito.
A
atuação do BC no mercado de câmbio é, portanto, mais um sintoma de sua falta de
autonomia na condução da política monetária.
atuação do BC no mercado de câmbio é, portanto, mais um sintoma de sua falta de
autonomia na condução da política monetária.
Não
é possível, pois, tomar a decisão do Copom como indicação de uma mudança de sua
postura face à inflação. O BC tem que se equilibrar entre as pressões
inflacionárias que permeiam a economia e o projeto de poder da administração, e
o faz, em parte, tentando dar um ar mais duro à sua comunicação, o que explica
a ata mais recente ter vindo um tom acima das edições anteriores.
é possível, pois, tomar a decisão do Copom como indicação de uma mudança de sua
postura face à inflação. O BC tem que se equilibrar entre as pressões
inflacionárias que permeiam a economia e o projeto de poder da administração, e
o faz, em parte, tentando dar um ar mais duro à sua comunicação, o que explica
a ata mais recente ter vindo um tom acima das edições anteriores.
O
teste da disposição do BC, porém, virá somente no fim do ano, quando as
limitações políticas às elevações de taxas de juros se tornarem mais agudas. Aí
veremos quanto da conversa atual é verdade e quanto apenas retórica. Até prova
em contrário, minhas fichas seguem na segunda alternativa.
teste da disposição do BC, porém, virá somente no fim do ano, quando as
limitações políticas às elevações de taxas de juros se tornarem mais agudas. Aí
veremos quanto da conversa atual é verdade e quanto apenas retórica. Até prova
em contrário, minhas fichas seguem na segunda alternativa.
Central bankers don’t dance! |
(Publicado 12/jun/2013)
As minhas fichas também vão para a segunda alternativa. Que tal se a Dilma lê o texto, lê esse comentário, fica brabinha e resolve fazer o contrário (efeito The Economist)?
Aí eu fico feliz, mas desconfio que as chances de felicidade são bem baixinhas…
Alex
Muito bom o seu texto.
Assino em baixo
Abs
Mais um exemplo de como o excesso de intervencionismo causa distorções secundárias. Poderíamos estar bem mais confortáveis com o câmbio agora, caso a inflação estivesse rondando o centro da meta. Vai ser difícil segurar a disparada do dólar, no máximo o BC conseguirá retardar/minimizar os efeitos utilizando artilharia pesada. O último bull market do dólar x cesta de moedas ocorreu na década de 1990 e agora o mercado está apontando para um novo ciclo longo de alta.
De fato o equilibrio entre tantos objetivos se torna impossivel. Na verdade esse governo controbuiu para teoria economica, mostrando que a busca de varios objetivos se utilizando da politica monetaria e prudencial de maneira pouco comum por fim gera inflacao. Parabens ao fraco governo por tamanha contribuicao!
Alex,
Uma questão ligada às finanças …
Os fundos atrelados à inflação têm dado rendimento pequeno e até negativo, ao contrário do ano passado quando renderam bem mais do que os outros.
Isso significa que o mercado entende que o governo elevará a taxa de juros o suficiente para reduzir a inflação?
É correto entender que o valor nominal desse título atrelado à inflação (NTN?) varia contrariamente ao valor da taxa SELIC?
Abraços
Bom dia, Alexandre, algum comentário acerca do "boato" sobre o(s) pedido(s) de demissão do Carlos Hamilton, por conta da interferência de "forças ocultas" na condução da política monetária?
Tentando responder à pergunta sobre valor nominal das NTN's: é uma questão de marcação a mercado, e tem mais a ver com a variação dos derivativos de juros futuros (contratos de DI's, por exemplo) do que com a taxa Selic (uma vez que o CDI seria uma taxa de referência para títulos de renda fixa).
Um abraço,
Mexer com a selic com alguma moderação é politicamente mais fácil, repercute mesmo entre analistas. O BC poderia elevar para 9,75% (no máximo, sempre um dígito), visando diminuir a chance de inflação acima de 6,5% ano que vem e se ajustando um pouco a um novo cenário externo. O recado das pesquisas de opinião tem peso relevante felizmente e minimizar o risco eleitoral sem mudar nada de mais profundo é o caminho mais fácil. Sempre achei que conheceríamos o BC quando ocorresse a alta nos juros, cortou demais e agora está atrasado, mas vamos ver o que ele apronta.
Maradona
Saiu uma matéria no Valor esses dias, a respeito de um estudo que fala que desemprego afeta mais na sensação de bem-estar do que inflação.
Acho que isso diz muito sobre as escolhas feitas por quem pretende ganhar uma eleição!
Alex, há portanto um trade-off estável entre inflação e desemprego?
Considerando que você não tem um amigo sequer no BC e que ninguém lá nem mesmo gosta de você, descarta-se a possibilidade de um "olheiro" seu e se conclui que você tem mérito intelectual. Abro uma vaquinha entre a galera para te homenagear com um busto de bronze em frente a sede do BC. Não me responsabilizo por vandalismos ou cagada de pombo.
"Abro uma vaquinha entre a galera para te homenagear com um busto de bronze em frente a sede do BC".
Apoiado. Você poderia inclusive ser o patrono das manifestações contra os aumentos das passagens de ônibus! Na realidade, os baderneiros deveriam estar te apoiando na sua luta anti-inflacionista.
O Alex foi o primeiro a defender que o passeio nos juros baixos ia terminar em cagada, foi um cético com o BC de primeira hora, mas a fazenda ajudou um bocado.
Dantas
Obrigado pela explicação sobre ntn Alexandre!!
Alex,
Até quanto das reservas você acha que o país pode perder? (Nos dois sentidos do "pode".)
Abs.
Poucos analistas tiveram a coragem intelectual de apontar o desmonte do tripé da política econômica no Brasil. Você inegavelmente foi um dos primeiros a fazê-lo, além de apontar as consequências de tal despautério. Agora que o raio caiu todos dizem que previram sua queda.Ainda descobriremos as razões da cegueira um tanto seletiva de muitos analistas econômicos brasileiros. Parabéns, lendo seu blog, eu, que nada entendo de economia, me sinto menos burro. Hehe…
HELI ROBERTO DA SILVA, 48
FORMIGA-MG
Fala Alexandre,
lamento que voce esteja com frequencia correto nos seus prognosticos e comentarios. Geralmente tomamos no tob@ sempre que voce desmascara as burradas desse governo. E eu nao consigo sair dessa armadilha cheia de arrastoes e gente queimada.
A ultima do burro (mantega senza i em italiano) de hoje foi otima. IOF- free para derivativos, sendo que na segunda havia dito que nao. Fosse voce um comediante sobre economia estaria mais rico ainda.
Sera que sentiremos saudades do des-governo Sirney?
Não sou economista, mas a alta inflação pode causar deficit em conta corrente? Com os preços internos altos, maior a propenção a importados.. ou é viajem? abs
A conclusão que tiro é: o BC tem mandato para trazer as expectativas de inflação mais próximas do teto da meta nada mais que isso. E isso sujeito a ainda mais ajustes na metodologia feitos no IPCA e controle de tarifas. A Dilma sonhou que podia deixar um legado de juros baixos, sem fazer nenhuma lição de casa. E o Mantega mais do que nunca parece aquela figura bizarra, frequentadora das ilustrações do blog, do asno de duas cabeças que não sabe pra que lado anda.
Mtrs
Alex
Hoje no GloboNews Em Pauta foi engraçado ouvir os comentários sobre politica economica. Soh faltou no final dos comentarios aquela imagem do muar com duas cabeças, nossa velha conhecida aqui. hehehe
Governo sarney era um luxo. Desde as trapalhadas economicas do collor, nao tem um governo tao ruim na gestao economica.
Esse pessoal e' birrente, vai afundar o pais, mas vai junto.
Arlene Clemesha
Humanitard total
As pesquisas de opiniões,mostraram o contrario.A inflação elevada afetou a sua popularidade.
lembram do Dudu do Popeye que sempre pagaria de volta na 4a feira?
http://www.valor.com.br/brasil/3159486/inflacao-voltara-para-perto-do-centro-da-meta-diz-tombini
Alex, sensacional a sua participação no jornal da cultura de ontem. Chorei de rir dos seus comentários sobre o prognóstico do Delfim. Outro momento impagável foram suas expressões aos comentários da professora, especialmente na comparação dos manifestos na Turquia, com o vandalismo em SP.
"…As pesquisas de opiniões,mostraram o contrario.A inflação elevada afetou a sua popularidade…"
Há, Há, Há. Este blog é ótimo. A situação atual do Brasil poderia servir para, pelo menos, uma coisa: estes caras reconhecerem que não conhecem teoria econômica, que isto que chamam de heterodoxia não funciona e voltar para a casa (não sem antes pedir demissão nas faculdades onde ensinam – ou ir dar introdução à economia marxista no curso de letras, sei lá). Mas sei que isto não vai acontecer.
Saudações
Uma equipe econômica que consegue ser desqualificada como incompetente pelo FT e pela The Economist? Precisa mais?
Esta turma defende o modelo argentino e se deixar até o cubano.
O que fizemos para ser premiado com uma líder com cagueira em fluência verbal? O que fizemos para ter escolas de economia tão ruins? Se não fosse a EPGE, a PUC -Rio, o IBMEC (hoje o Insper) e alguns sofredores nas federais (não têm ambiente para discussões saudáveis).
Conseguiram desacreditar o país em dois anos de governo.
E ainda existem economistas (a maioria com embotamento mental em análise econômica, ignorância ou desonestidade em afirmações sobre linhas de pensamento – e pensadores) que são acreditados por nossa imprensa especializada (é diferente de dar espaço para linhas de pensamentos divergentes). Dando espaço a esta turma de pensamento mágico (sem compromisso com a realidade) a ignorância se amplia no país. Muitos dos embotados (ou demagogos) são considerados pela imprensa leiga e por estudantes como conhecedores.
O VALOR quase embarcou com esta turma de "desenvolvimentistas de araque".
"Alex, há portanto um trade-off estável entre inflação e desemprego?"
Não, há um "trade-off" de curto prazo, mas, no caso, o curto prazo coincide com a eleição.
"Obrigado pela explicação sobre ntn Alexandre!!"
Não foi minha! Agradeça ao Anônimo de 12/jun (às 11:21).
Alexandre:
Acho que você é um dos Velhos do Restelo, citado pela Presidenta.ii rs
A fala de Sua Excelência tranquilizou-me: "Não há a menor hipótese de que meu governo não se empenhe em controlar e combater a inflação", disse"
Abraço e parabéns pelo blog.
"Especificamente, parcela considerável da aceleração inflacionária recente resulta de salários crescendo a um ritmo superior à expansão do produto por trabalhador, traduzindo-se em elevação dos custos que, em particular no caso dos produtos não sujeitos à concorrência externa, são repassados aos preços finais."
Quanta ignorância! Nunca leu Milton Friedman? A inflação, em qualquer época e em qualquer lugar, é um fenômeno unicamente MONETÁRIO!
" A inflação, em qualquer época e em qualquer lugar, é um fenômeno unicamente MONETÁRIO!"
Ai, ai, ai… Alguém explica pro burrão o que é um mecanismo de transmissão?
"…As pesquisas de opiniões,mostraram o contrario.A inflação elevada afetou a sua popularidade…"
tem visto as consequencias do aumento da passagem em SP?
Ate ha pouco, por pressao da demanda do governo e letargia na hora de subir os juros, os salarios reais ainda estavam subindo. Tudo indica que no proximo ano teremos um ajuste real negativo – espero que soon enough para influenciar a eleicao.
Alex, o PSDB ja te procurou?
Prezado Alex
Vc esqueceu de um player neste jogo
O povo ta quebrando tudo aqui em SP por causa de 20 centavos no onibus
As redes sociais estão explodindo.
Não subestime isso.
abrx Luiz
O ruim das frases de efeito do Milton Friedman é que elas acabam sendo repetidas por pessoas que sequer possuem a capacidade cognitiva de entender o que ele quis dizer.
Se o sujeito acima tivesse essa capacidade, ele teria percebido que o Alex foi um dos primeiros a criticarem o afrouxamento da política monetária. E que o que o Alex escreveu foi justamente COMO que a política monetária frouxa levou ao recrudescimento da inflação.
"O povo ta quebrando tudo aqui em SP por causa de 20 centavos no onibus"
Troque "povo" por "petralhas".
"Alex, o PSDB ja te procurou?"
Depois que ele propôs aumentar o desemprego se procurarem vai ser escondido!
So espero que a palhaca do movimento passe livre seja para dilma o que foram os caras pintadas p collor.
Estamos vendo queda na vendas no varejo, que cresce cerca de 2% ao ano (vindo de 7% em 2012), em 2014 teremos um reajuste menor do mínimo (+-7%), a demanda está arrefecendo, a confiança do consumidor em baixa, confiança do empresário também, massa salarial deve se estabilizar, emprego mais fraco… Será que um pouco de sangue frio, sorte, juras de crescer os gastos públicos perto do pib e uma selic pouco acima de 9% não fará que a inflação esfrie?
"Não sou economista, mas a alta inflação pode causar deficit em conta corrente? Com os preços internos altos, maior a propenção a importados.. ou é viajem? abs"
Alex, pode me sanar essa duvida? Ou é aquele negocio de equilibrio parcial ou geral? abs
Oi alex eu discordo um pouco voce fala AUMENTAR JUROS poxa vida esse dinheiro poderia estar sendo circulado eu compro um frizer na casas bahia isso gera emprego renda e desenvolvimento poxa vida voces tem que ler um pouco a outra metade da biblioteca caras como Xumpeter e Kaleki ja falaram o governo tem que ser anticiclico tipo quando pib esta baixo circular o dinheiro (FATORES MONETARIOS) injetando prosperidade mas voces falam para de gastar governo almenta juros poxa assim nao da
um grande abraço aqui é o EDGAR
O povo não está quebrando nada em São Paulo. O povo está trabalahndo e tentando ir e vir sem restrições. E vai pagar a conta do que um bando de desocupados arrebentou.
Sobre a política econômica, a prrsidente não parece ter coragem de dar um cavalo de pau no que tem feito até agora. Se tivesse coragem e certeza de apoio político, talvez.
Colocar os juros até anular os ganhos salariais? O governo não tem peito para isso.
Como não teve para manter o tripé da estabilização.
Se fizer a lição de casa, terá esfarelada sua base de apoio no Parlamento.
Vai empurrar até as eleições. E pode vencer. Só que poderá não ter mais País para governar.
É disso que se trata.
E' a Inflacao comendo o salario do Povo. CONGELAMENTO DOS PRECOS JA!!!!
Alex, rodei um MQO entre % variação do deflator implícito do PIB e % variação do M1
Encontrei uma relação de quase 1 pra 1
R² ótimo, não tem autocorrelação, nem heterocedasticidade.
TQM válida ?
ihh teu odio por inflação caiu por terra
http://ideas.repec.org/p/lec/leecon/13-01.html
é recomendável utilizar o blog do andolfatto e williamson como fontes de sabedoria e reflexão, ou sao mt parciais?
Alex,
O que voce enxerga como explicacao para o dolar se desvalorizar frente ao euro, libra e yuan (dado que ele esta se valorizando frente aos emergentes como um todo)?
Abs
Jose Julio
quebra-quebra parte 2
É visível a mudança de postura de todos os jornais a respeito das manifestações
Alckmin acaba de cometer suicidio eleitoral.
Haddad como bom tucano que é ficou em cima do muro.
Economistas normalmente subestimam qustões sociais, tem aquela velha frase: é o dinheiro, estupido.
E o Alex que me interessava ainda não comentou sobre isso, provavelmente pq é muito óbvio.
abrx
luiz
"Depois que ele propôs aumentar o desemprego se procurarem vai ser escondido!"
Muito boa!
Q: De quantas mulheres precisamos para acabar com o Brasil?
R: di uma
Caro Alexandre:
Você não acredita que existe uma semelhança entre o governo Dilma/ PT e a administração do Juvenal Juvêncio no nosso SPFC…rsrs…ambas são péssimas para mim.
OBS:Sou grande admirador do seu trabalho.
ABCS.
Po Alex, responde pro pessoal…
O que o destino reserva para Mantega? O mesmo destino de Zélia Cardozo de Mello.
Alexandre Schwartsman,
Como leigo, não tenho cacife para elogiar seus artigos, que sempre os li com o máximo interesse e se tenho discordância em relação aos aspectos econômicos é divergência de leigo que às vezes expresso mais como exercício para desenvovimento do meu conhecimento sobre economia.
No entanto, é comum ler nos seus artigos observações de natureza política que não me parecem bem fundamentadas.
Um exemplo da falta de fundamentação política nas suas afirmações pode-se inferir do trecho que transcrevo a seguir:
"O BC tem que se equilibrar entre as pressões inflacionárias que permeiam a economia e o projeto de poder da administração"
Primeiro deixa transparecer certa discriminação sobre o projeto de poder de um governante. Como se quisesse dizer que se fosse você o presidente do Banco Central você ia lá acabava com a inflação e depois voltava para casa. Pensamento assim, eu o consideraria acometido de irresponsabilidade política.
Lembro que quando da candidatura de Fernando Henrique Cardoso para presidente da República, perguntado o que faria caso fosse derrotado, ele respondeu que voltaria a dar aula na Universidade. Resposta falsa que se fosse verdade demonstraria total irresponsabilidade pelos atos até então praticados (Em especial, acabar com a inflação de uma vez para garantir a eleição dele para presidente da República).
Economistas, no entanto, têm muito desta irresponsabilidade política. André Lara Resende que destruiu com o Plano Cruzado a recuperação econômica que o Brasil engendrava às expensas de uma custosa desvalorização do cruzeiro em 1982, voltou a frequentar pistas de corridas automobilísticas e dedicar ao hipismo de aristocrata, sem nenhum comprometimento com o imbróglio que ele ajudou a criar.
E dois, sua afirmação traz análise não amparada nos fatos, pois dá a entender que o projeto de poder do governo não se concilia com o combate à inflação que o momento requer. Em meu entendimento, o melhor que pode acontecer para a reeleição de Dilma Rousseff é a queda da inflação em 2014. E parece que o Banco Central sabe exatamente qual é a administração da taxa de juro e de câmbio que, salvo uma intempérie anormal como a seca no oeste americano no ano passado, asseguram uma inflação mais baixa em 2014.
No final da década de 80, eu falava em três maldições que acompanhavam a economia política no Brasil. A maldição dos deuses (Aqueles que os deuses querem destruir primeiro enlouquecem), a maldição do gordo (Era uma maldição ao contrário, pois na verdade seria a maldição que recairia sobre Antonio Delfim Netto que vivia assegurando que dívida não se paga rola até ter que pagar e como teria que ser vista em um sentido inverso em vez de usar Delfim que é um nome de estilo e famoso, eu me referia ao gordo que permitia a confusão com Jô Soares) e a terceira era a maldição de Modigliani.
A maldição de Modigliani eu a denominei com base em suposta declaração de Franco Modigliani diante de uma apresentação de André Lara Resende sobre o modelo para se acabar com a inflação inercial. Segundo esta suposta declaração, Franco Modigliani rebateu a apresentação de André Lara Resende e teria dito que "se fosse tão fácil acabar com a inflação não se poderia acabar nunca com a inflação, pois os políticos sempre iriam fazer mais inflação para poder em seguida acabar com ela".
O método de André Lara Resende para acabar com a inflação era realmente muito frágil, mas o modelo atual do regime de metas de inflação, de que por sinal eu não gosto, parece que cumpre perfeitamente a maldição de Modigliani. Ficou tão fácil acabar com a inflação que agora os políticos fazem a inflação retornar apenas para acabar com ela, logo em seguida.
Aliás, o texto “Making the most of high inflation” com o link indicado pelo Anônimo do comentário enviado 14/06/2013 às 01:41, aqui neste post “Será que ele é?” de quarta-feira, 12/06/2013, mostra uso econômico da inflação que pode abrir espaço para o uso político da maldição.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 15/06/2013
ALEX,
TO LIGADO QUE VC SÓ RESPONDE OS COMENTÁRIOS CONVENIENTES. AQUELAS CRITICAS DURAS E CORRETAS SÃO SOLENEMENTE IGNORADAS!
PRECISAMOS DE MENOS PHD YANKEE E MAIS HUMILDADE
ABS, EDGAR
Alex,qual é a sua postura como professor em sala de aula em relação a resolução de exercícios?
Exemplo: Um livro "x",na sua visão o professor deve fazer os exercícios propostos ou deve mandar o aluno "quebrar a cabeça" para resolve-los.
Tem muito preço congelado por aí, as desonerações disfarçam muito dessa estratégia estúpida.
O novo (e sólido) sistema macroeconômico do Brasil:
– Inflação flutuante;
– Metas de câmbio;
– Superávit de criatividade.
Alex,
Olhei rapidamente o Painel da Globo News hoje, mais tarde vejo com calma, mas o jênio da PUC-SP está querendo ficar parecido com vc ou foi apenas impressão minha?
Avise-o que só falta ficar careca (não sei quais foram os seus motivos, se é de família, ou de outra natureza) e com uma incrível massa cinzenta.
Abs
Porra, me falaram que a Dilma era uma boa gestora! PQP! O país está uma zona. Que cagada! Fora Mantega. KKKKK
É a classe média que está revoltada, estamos tomando dentro faz tempo.
PAREM DE FALAR MAL DA CLEMSHA!
Arlene, minha linda, te quiero.
Alex, na sua avaliacao, como esses protestos podem afetar a economia?
"Alex,qual é a sua postura como professor em sala de aula em relação a resolução de exercícios?
Exemplo: Um livro "x",na sua visão o professor deve fazer os exercícios propostos ou deve mandar o aluno "quebrar a cabeça" para resolve-los"
No meu curso eu proponho problemas (não listas de exercícios), como, por exemplo, "qual a taxa neutra de juros no Brasil" ou "por que a redução dos compulsórios em 2008 implicou aumento das compromissadas e não expansão do crédito" e deixo os alunos quebrarem a cabeça. Depois de terem formulado uma resposta eu apresento minha solução.
"TO LIGADO QUE VC SÓ RESPONDE OS COMENTÁRIOS CONVENIENTES. AQUELAS CRITICAS DURAS E CORRETAS SÃO SOLENEMENTE IGNORADAS!"
E você só percebeu agora? Rapaz esperto…
Oreiro se redimindo no Valor
http://www.valor.com.br/opiniao/3164976/desenvolvimentismo-sem-consistencia
Oreiro quer arrumar emprego na consultoria do Alex.
E você só percebeu agora? Rapaz esperto…
KKKKK
VC NAO PASSA DE UMA MARIONETE DE INSTITUICOES GLOBALISTAS..PRA MIM VC SO SERVE PRA DAR AULA DE INGLES NA FISK KKKK (JA Q VOCE ADORA ESCREVER POSTS INTEIROS NA LINGUA DO TIO SÃ KKKK)
ALEX.. VC ENTROU NA RUA SEM SAÍDA DO NEOLIBERALISMO.. CABE A VC DAR MEIA VOLTA E APOIAR ESSE PROJETO AMBICIOSO QUE ESTAMOS CONSTRUINDO DE PAIS
OU COMO DIRIA O NOSSO GRANDE LEONEL BRIZOLA "ANTES DE ANALISAR A ECONOMIA DE UM PAÍS, PRECISO ANTES SABER : AS SUAS CRIANÇAS ESTÃO DEVIDAMENTE NUTRIDAS E ESCOLARIZADAS?"
FICA COMO UMA REFLEXAO
ASS EDGAR
Alex, como as manifestacoes vao afetar a economia?
"VC NAO PASSA DE UMA MARIONETE DE INSTITUICOES GLOBALISTAS..PRA MIM VC SO SERVE PRA DAR AULA DE INGLES NA FISK KKKK (JA Q VOCE ADORA ESCREVER POSTS INTEIROS NA LINGUA DO TIO SÃ KKKK)"
My God, you are even smarter than I thougt. With just a tad more you would make an awesome janitor…
Uma pessoa que cita Leonel Brizola como exemplo de sabedoria ou é estúpido ou idiota.