Tiros. Nos pés. Pela culatra. No meio das cidades. Nas decisões.
É bem provável que mais um tiro de Temer saia pela culatra, pensa que a segunda colocada na lista tríplice para a escolha de quem substituirá Rodrigo Janot a partir de setembro aliviará os procedimentos adotados até aqui na Lava Jato. Não se lembrou de que ela tem um nome e uma carreira bem-sucedida a zelar. Vide os exemplos de Luiz Fux, Dias Toffoli, Rosa Weber, tidos como “amiguinhos” dos presidentes que os nomearam.
A propósito do fato de o TRF-4 ter revisado algumas sentenças do juiz Sergio Moro, o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJufe), Roberto Veloso, declarou que as reavaliações de segunda instância são “naturais e corriqueiras”. “Quando o caso chega na segunda instância, existe um outro olhar sobre ele. O direito não é uma fórmula, não é matemático, não é ciência.”.
Não há o que discutir, não seria lógico deixar a decisão na dependência de um só pensamento. O difícil para o senso comum é entender o que diz o professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, que considera a gravação nula, já que foi provocada, ou seja, armada. Caramba, a gravação pode ter sido armada, mas o que está nela foi dito e redito, é indesmentível.
(CACALO KFOURI)
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