Sem alívio
Volto
hoje à questão do mercado de trabalho, em parte por obsessão pessoal, em parte
porque acredito que o entendimento do que vem ocorrendo lá deve ser crucial
para a compreensão do que nos espera nos próximos 12 a 18 meses. Como notei no
mês passado, há sinais de algum enfraquecimento na geração de emprego, em que
pese o desempenho de julho ter compensado a surpresa negativa registrada em
junho.
hoje à questão do mercado de trabalho, em parte por obsessão pessoal, em parte
porque acredito que o entendimento do que vem ocorrendo lá deve ser crucial
para a compreensão do que nos espera nos próximos 12 a 18 meses. Como notei no
mês passado, há sinais de algum enfraquecimento na geração de emprego, em que
pese o desempenho de julho ter compensado a surpresa negativa registrada em
junho.
Independente
dos dados de alta frequência, porém, a ocupação nas 6 regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE cresceu 1,2% de janeiro a julho deste ano contra 1,9% no
mesmo período do ano passado, muito embora o crescimento deste ano até junho,
sem ser brilhante, tenha batido por larga margem o observado no mesmo período de
2012. A verdade é que, como destacado na minha coluna mais recente, o
desempenho do emprego no ano passado é difícil de reconciliar com o “pibinho” então
registrado.
dos dados de alta frequência, porém, a ocupação nas 6 regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE cresceu 1,2% de janeiro a julho deste ano contra 1,9% no
mesmo período do ano passado, muito embora o crescimento deste ano até junho,
sem ser brilhante, tenha batido por larga margem o observado no mesmo período de
2012. A verdade é que, como destacado na minha coluna mais recente, o
desempenho do emprego no ano passado é difícil de reconciliar com o “pibinho” então
registrado.
A
hipótese do “entesouramento do trabalho” postula que, em face de custos de
ajuste da força de trabalho – incluindo crucialmente os riscos de não conseguir
recontratar trabalhadores qualificados quando a retomada se materialize – as empresas
tendem a reter mais mão de obra do que necessitam imediatamente. Na prática não
reduzem seu quadro de trabalhadores, à espera da retomada, para evitar perder o
investimento em treinamento e qualificação.
hipótese do “entesouramento do trabalho” postula que, em face de custos de
ajuste da força de trabalho – incluindo crucialmente os riscos de não conseguir
recontratar trabalhadores qualificados quando a retomada se materialize – as empresas
tendem a reter mais mão de obra do que necessitam imediatamente. Na prática não
reduzem seu quadro de trabalhadores, à espera da retomada, para evitar perder o
investimento em treinamento e qualificação.
Se
isto é verdade, o número de horas pagas por trabalhador tenderia a cair nos
momentos de crescimento mais lento, revertendo o processo quando expansão se
mostra algo mais vigorosa. Posto de outra forma, a evolução no tempo da
variável (horas/trabalhador) deveria mostrar um padrão muito claro, oscilando
ao redor de determinada média, sem uma tendência discernível.
isto é verdade, o número de horas pagas por trabalhador tenderia a cair nos
momentos de crescimento mais lento, revertendo o processo quando expansão se
mostra algo mais vigorosa. Posto de outra forma, a evolução no tempo da
variável (horas/trabalhador) deveria mostrar um padrão muito claro, oscilando
ao redor de determinada média, sem uma tendência discernível.
De fato, aplicando o teste estatístico a esta variável, tomando os dados de
horas pagas e emprego industrial do IBGE, concluímos que esta razão costuma
flutuar, sem tendência, em torno de sua média. Afora isto, estimamos também a
velocidade de reversão desta variável, medida pelo tempo necessário para cobrir
metade da distância entre uma observação qualquer e a média histórica,
correspondente a algo entre 2 e 3 meses, sugerindo que a convergência costuma
ocorrer de forma razoavelmente rápida.
Estes
achados reforçam minha convicção, já expressa na minha última coluna, que a
hipótese de “estesouramento do trabalho” parece bastante consistente com o
padrão observado no país nos últimos anos. Caso isto seja verdade, o
crescimento algo mais forte do produto não deve se materializar em aumento
comensurável do emprego, ao menos em seus estágios iniciais, já que as empresas
devem inicialmente trazer as horas por trabalhador de volta à sua média
histórica. Mais à frente, porém, com as horas ajustadas, o emprego voltaria a
crescer mais forte.
achados reforçam minha convicção, já expressa na minha última coluna, que a
hipótese de “estesouramento do trabalho” parece bastante consistente com o
padrão observado no país nos últimos anos. Caso isto seja verdade, o
crescimento algo mais forte do produto não deve se materializar em aumento
comensurável do emprego, ao menos em seus estágios iniciais, já que as empresas
devem inicialmente trazer as horas por trabalhador de volta à sua média
histórica. Mais à frente, porém, com as horas ajustadas, o emprego voltaria a
crescer mais forte.
Uma
hipótese alternativa (mas não necessariamente excludente) postula que o
crescimento mais forte do emprego no ano passado reflete uma mudança setorial:
o setor de serviços tem crescido mais vigorosamente que a indústria de
transformação e, como demanda mais mão de obra por unidade de produto, isto se
traduziria numa expansão mais forte do emprego, embora o ritmo de crescimento
do produto como um todo tenha perdido fôlego.
hipótese alternativa (mas não necessariamente excludente) postula que o
crescimento mais forte do emprego no ano passado reflete uma mudança setorial:
o setor de serviços tem crescido mais vigorosamente que a indústria de
transformação e, como demanda mais mão de obra por unidade de produto, isto se
traduziria numa expansão mais forte do emprego, embora o ritmo de crescimento
do produto como um todo tenha perdido fôlego.
Neste
caso, se o crescimento for rebalanceado para a indústria de transformação (por
exemplo, por conta da taxa de câmbio mais depreciada), a expansão lenta do
emprego face ao aumento algo mais forte do PIB tenderá a ser um fenômeno de
maior persistência. Em outras palavras, haveria menor pressão sobre o mercado
de trabalho por um período mais longo, mesmo com alguma recuperação da
economia.
caso, se o crescimento for rebalanceado para a indústria de transformação (por
exemplo, por conta da taxa de câmbio mais depreciada), a expansão lenta do
emprego face ao aumento algo mais forte do PIB tenderá a ser um fenômeno de
maior persistência. Em outras palavras, haveria menor pressão sobre o mercado
de trabalho por um período mais longo, mesmo com alguma recuperação da
economia.
Para
testar esta hipótese estimamos os requerimentos de mão de obra por unidade de
produto (o inverso da produtividade do trabalho em cada setor). Como estes são
fortemente afetados pelo ciclo econômico, aparentemente aumentando nos períodos
de crescimento mais lento e caindo quando há aceleração, estimamos sua
tendência, de modo a “limpar” os efeitos cíclicos.
testar esta hipótese estimamos os requerimentos de mão de obra por unidade de
produto (o inverso da produtividade do trabalho em cada setor). Como estes são
fortemente afetados pelo ciclo econômico, aparentemente aumentando nos períodos
de crescimento mais lento e caindo quando há aceleração, estimamos sua
tendência, de modo a “limpar” os efeitos cíclicos.
De
posse destes parâmetros simulamos como deveria ter evoluído a ocupação nas seis
regiões metropolitanas cobertas pelo IBGE e a comparamos à ocupação observada.
Caso a hipótese da mudança setorial seja uma boa aproximação aos dados, a
simulação deveria mostrar uma evolução semelhante à observada.
posse destes parâmetros simulamos como deveria ter evoluído a ocupação nas seis
regiões metropolitanas cobertas pelo IBGE e a comparamos à ocupação observada.
Caso a hipótese da mudança setorial seja uma boa aproximação aos dados, a
simulação deveria mostrar uma evolução semelhante à observada.
Fonte: Autor, com dados do
IBGE |
Na
prática, porém, não foi o que ocorreu, como ilustrado pelo gráfico. Os níveis
de emprego observados no segundo trimestre deste ano, por exemplo, superam em
265 mil os requeridos pela mudança setorial. Em geral, a hipótese da mudança
setorial não parece ser consistente com o desempenho do emprego.
prática, porém, não foi o que ocorreu, como ilustrado pelo gráfico. Os níveis
de emprego observados no segundo trimestre deste ano, por exemplo, superam em
265 mil os requeridos pela mudança setorial. Em geral, a hipótese da mudança
setorial não parece ser consistente com o desempenho do emprego.
Isto
mantém o “entesouramento” do trabalho ainda como a hipótese mais promissora
para entender o ocorrido. Suas implicações, como notado, são fortes: a relativa
fraqueza do mercado de trabalho deve ser um fenômeno transitório, observado enquanto
as horas por trabalhador revertem à média.
mantém o “entesouramento” do trabalho ainda como a hipótese mais promissora
para entender o ocorrido. Suas implicações, como notado, são fortes: a relativa
fraqueza do mercado de trabalho deve ser um fenômeno transitório, observado enquanto
as horas por trabalhador revertem à média.
Dado
que o crescimento em 2013 e 2014 deve ser melhor que o pífio resultado de 2012,
embora ainda na casa dos 2-2,5%, o cenário mais provável sugere estabilidade do
mercado de trabalho entre o final deste ano e o final de 2014. Em outras
palavras, se alguém contava com a mudança setorial, agora no sentido de um
desempenho relativamente mais forte da indústria, para moderar as pressões no
mercado de trabalho e, consequentemente, a inflação, é melhor repensar o
problema.
que o crescimento em 2013 e 2014 deve ser melhor que o pífio resultado de 2012,
embora ainda na casa dos 2-2,5%, o cenário mais provável sugere estabilidade do
mercado de trabalho entre o final deste ano e o final de 2014. Em outras
palavras, se alguém contava com a mudança setorial, agora no sentido de um
desempenho relativamente mais forte da indústria, para moderar as pressões no
mercado de trabalho e, consequentemente, a inflação, é melhor repensar o
problema.
Entesourando |
10:30 IPEA: PRODUTIVIDADE DO TRABALHO SERÁ DETERMINANTE PARA O PIB PER CAPITA
Brasília, 05/09/2013 – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro será determinado, nos próximos anos, pelo desempenho da produtividade do
trabalho no País. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado nesta quinta-feira (5), aponta que o Brasil dependerá dos níveis de produtividade
porque, ao contrário dos últimos anos, as taxas de ocupação não devem ter aumento significativo. A capacidade de produzir mais com a mesma quantidade de recursos
disponíveis também será essencial para o desempenho externo do País, indicam os pesquisadores.
Nos últimos dez anos, diferente do que deve ocorrer daqui para frente, o aumento da quantidade de pessoas em atividade foi importante para o resultado. O PIB per capita
cresceu, na década de 2000, de forma mais acelerada que a produtividade do trabalho. Isso só foi possível, segundo a pesquisa, porque entre 30% e 50% desse
crescimento pode ser explicado pelo aumento das taxas de ocupação e de participação no mercado de trabalho.
Os dados que medem a produtividade do trabalho na indústria brasileira de 2007 a 2010 apontam que o setor de transformação teve crescimento de apenas 5,67%. A
maior queda no grupo foi da metalurgia, de 12,12%.
Como destaque positivo na indústria da transformação está a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com 157,4%. O desempenho da
indústria extrativa, por outro lado, foi melhor, com taxa de crescimento de 19,17%. O destaque, nessa categoria, é a extração de petróleo e gás natural, com 82,24%.
Outro estudo divulgado pelo Ipea coloca que são fundamentais políticas que ajudem a identificar os entraves ao aumento da produtividade. "O desenho destas políticas
requer diagnósticos mais aprofundados, incluindo a evolução da produtividade em nível setorial e por firma, diagnósticos de falhas de mercado e aspectos institucionais
que impeçam a alocação de fatores para as firmas mais produtivas", informa o documento.
O artigo aponta, ainda, que a base de dados sobre tempo de estudo usada com maior frequência subestima a escolaridade brasileira nas décadas de 1970 e 1980. Por
isso, as estimativas de capital humano para o período são subestimadas. Na comparação internacional, a Produtividade Total dos Fatores (PTF) do Brasil evoluiu muito
pouco ao longo dos últimos cinquenta anos, enquanto países como Estados Unidos, China e Coreia do Sul tiveram avanços "consideráveis".
A 28ª edição do boletim "Radar: tecnologia, produção e comércio exterior" foi divulgada na manhã de hoje pelo Ipea, com quatro artigos sobre produtividade. (Laís Alegretti
– lais.alegretti@estadao.com)
Mas poderemos esperar algum "desentesouramento"? Afinal os serviços apresentaram um 2012 mediano e volátil no final das contas, mas o empresário manteve as esperanças. Já em 2013, vejo empresários mais céticos e rebaixando perspectivas de maneira mais decidida. E teremos juros em quase 10% de novo. Portanto teremos uma inflação levemente cadente, para algo perto de 6%!
Maradona
Alex,
Por que sua coluna no Valor foi encerrada?
Abs
X
"Por que sua coluna no Valor foi encerrada?"
Não me foi dado nenhum motivo. Recebi a seguinte mensagem:
De: Xxxxxxx Yyyyyy Zzzzzzz [mailto:Xxxxxxx .Zzzzzzz@valor.com.br]
Enviada em: terça-feira, 3 de setembro de 2013 16:00
Para: Alexandre Schwartsman
Assunto: artigos
Alexandre,
Informamos que estamos cancelando, a partir desta data, suas colaborações para a página de Opinião do Valor.
Atenciosamente,
Xxxxxxx Zzzzzzz
Coluna encerrada.
Meu caro, tirando vc e mais um ou outro (tipo o Frageli e o Cavalcante), já vinha observando que tinha muita gente estranha ocupando aquele espaço. Os caras perderam a "mão".
Vida que segue.
Abs.
M.
Voltando na questão do emprego.
O principal motivo para o micro e pequeno empresário registrar seus colaboradores em carteira é o de oferecer isto como benefício por exigência do mercado muito aquecido.
Em situação normal, as leis trabalhistas impedem o desenvolvimento da modalidade.
How classy!
Nem um agradecimento pelas colaborações passadas? Que bando de animais.
Óbvio que foi o governo que encerrou a coluna…
Lamentável…
Pra bom entendedor…
Pagar salário custa caríssimo em termos de tributos e encargos. Tirar lucro para o acionista é isento de tudo. Estranho…… (De um acionista que se beneficia disso, mas acha estranho….). Tributo sobre salário tira competitividade; tributo sobre a empresa, idem, tributo no lucro, nem tanto.
"O" Anonimo (06/7/2013 às 18:32),
Como eu penso comigo quando leio manifestações de “reaças, que dão plantão em blogs como os de Alexandre Schwartzman e que são uns direitistas”, em defesa da grande imprensa livre, Livre de quem?! Livre só se a considera como sendo proprietária dos banqueiro que a financiam. Banqueiros que em qualquer lugar do mundo são privados ou públicos. E bem verdade que em alguns lugares do mundo há mais banqueiros públicos que privados, o que talvez não seja importante se se considera só o valor da dependência da grande imprensa. Ou se não se considera a dependência, mas se constata que ambos os banqueiros manuseiam o dinheiro do Banco Central que é público.
Aliás, falando em Banco Central, o crescimento do PIB em 1,5% foi real ou foi a pedido do Banco Central?
Clever Mendes de Oliveira
BH, 7/09/2013
Alexandre, é a primeira vez que escrevo em seu blog. Lamento profundamente a decisão do Pravda brasileiro de encerrar seu espaço semanal. Não lamento por você, que certamente perde pouco pela exclusão. Nem tampouco por mim, pois felizmente tenho acesso a textos de qualidade em publicações diferentes daquele lixo oficialista. Mas pelo pobre e dominado Brasil. Quem tem dificuldades para entender como Venezuela e Argentina chegaram aonde chegaram é porque não está entendendo nada do que está acontecendo no Brasil. Siga produzindo, boa sorte, abs. JM
Alexandre, encerrei a sua coluna porque estamos abrindo espaço para uma coluna do Nassif, mas fica frio, você continua tendo potencial! Quem sabe um dia te chamaremos outra vez. Abraço!
Clever, vai caçar sapo.
OLHA ISSO
http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2013/09/03/sartre-sargent-e-o-nobel
Anônimo das 12:16, para mim a eleição de Dilma foi a gota d'água e desde então eu perdi a esperança que o Brasil possa ter um futuro melhor que a mediocridade alegre e ignorante, temperada com espasmos de violência que nos caracteriza agora. É o pais do Zé Dirceu, Belluzzo, Mantega, Ratinho, Holland, Bresser, Nassif, Coutinho, Lewandovski, Chico Buarque, Padilha, Lula, Sarney, Paulo Henrique Amorim, Cabral, Haddad, 0reir0, revistas cientificas corruptas, Delfim Netto, Lei Rouanet e Gabrielli…
Estou em dúvida sobre o seu raciocínio com a variável HPT= Horas Pagas/Trabalhador em um período.
A legislação trabalhista é bem rígida em relação à jornada de trabalho e nesse contexto vou analisar a variação do HPT de uma empresa:
1) Empresa não adepta ao banco de horas (grande maioria) – Neste caso o empresário não pode diminuir a jornada de trabalho. A variação da HPT é dada pelas horas extras (i.e produção acima da capacidade) e, portanto, a diminuição da HPT não descreveria bem um “entesouramento do trabalho”.
2) Empresa adepta ao banco de horas – Neste caso pode haver uma diminuição da jornada, sendo que o tempo não trabalhado fica como crédito para uso futuro (“entesouramento do trabalho”). Acontece que essa hora é paga pela empresa (apesar de trabalhada no futuro) e, portanto, o HPT não reflete esse “entesouramento”. A ideia do banco de horas é justamente diminuir a variação do HPT.
Com base em 1+2, ACHO que, devido à rigidez da legislação trabalhista, a variação do HPT não mede o “entesouramento do trabalho”, mas sim a variação nas horas extras. Acho que são medidas diferentes por retratarem estados bem diferentes de uma empresa.
Desculpe pelo comentário longo, vou procurar evitar.
Abs,
O Poeta
Não gosta do Chico Buarque por que ?
Por que o Chico Buarque ?
Alex, vai ver que seu salário era muito alto no Valor e a Cláudia Safatle vai te substituir, sem alteração de vencimentos, e mantendo a mesma linha de pensamento.
Esqueci da Marilena "plágio" Chauí…
Caraca, revoltante terem tirado sua coluna de lá, Alex. Não sabia disso não!
No lugar do Alex o Valor pode duplicar o espaço do alquimista-hegeliano Belluzzo.Vou cancelar minha assinatura.
Alex, uma curiosidade: O Valor te remunerava para escrever os textos? Caso positivo, era mal, bem ou mais ou menos remunerado?
Quem jah viu demitir alguem desse jeito? Brasil, um país de toscos.
Não, não recebia nada do Valor pela coluna. Nem receber minha cópia de assinante na hora certa.
Por que Chico Buarque? Ele é intragável, um filhinho-de-papai criado a pão-de-ló tratado como nobre mas que não passa de um lambe botas de ditador. Além do mais, li seu livro Estorvo.
Alex,
O Poeta tem um ponto interessante. Poderia comentar, por favor?
Abs
"O", com relação ao Chico entendo sua revolta, também não suporto esse cara. Mas calma lá, "um filhinho-de-papai criado a pão-de-ló tratado como nobre" não dá, acho que não devemos ligar a origem dele à babaquice, é babaca porque é babaca, ponto. Se não vamos começar a usar argumentos de comunistas de buteco.
"Anônimo das 12:16, para mim a eleição de Dilma foi a gota d'água e desde então eu perdi a esperança que o Brasil possa ter um futuro melhor que a mediocridade alegre e ignorante, temperada com espasmos de violência que nos caracteriza agora. É o pais do Zé Dirceu, Belluzzo, Mantega, Ratinho, Holland, Bresser, Nassif, Coutinho, Lewandovski, Chico Buarque, Padilha, Lula, Sarney, Paulo Henrique Amorim, Cabral, Haddad, 0reir0, revistas cientificas corruptas, Delfim Netto, Lei Rouanet e Gabrielli…".
Listou bem. O Chico Buarque esquerda festiva (o músico não). É a turma de esquerda de araque do Leblon e Ipanema.
A experiência com este desgoverno poderá servir como fundo de poço desta turma nacional-desenvolvimentista (alguns mesmo assim continuam se desmoralizando escrevendo bobagens). Mas de modo geral a turma que acreditava honestamente neste modelo (?) ultrapassado e errado já mudou de lado.
O Valor pode sim ter sofrido uma pressão (ou então o fato do Alex publicar o texto no blog no mesmo dia). Manter um jornal de economia é difícil (o custo é alto e as publicidades são poucas). Só com as publicações ou não de balanços a força do governo se mostra (não estou afirmando que é isto e nem sei se levantar a dúvida é justo. Mas com a ressalva, levanto a dúvida).
Se os absurdos erros desta turma de pensamento mágico servirem como exemplo do que não se fazer em política econômica, o sacrifício terá valido a pena.
Achei Leite Derramado razoável.
Maradona
“Achei Leite Derramado razoável.”
Não li, e se realmente for ‘razoável’, não vou ler. Por que leria livros razoáveis se posso ler livros espetaculares, por exemplo ‘The Road’ do Cormac McCarthy?
http://opinionator.blogs.nytimes.com/2013/09/06/why-janet-yellen-not-larry-summers-should-lead-the-fed/?_r=0
Stiglitz fudeu com o Summers nesse artigo e encheu a bola da Yellen.
Pq o Stiglitz odeia tanto o Summers, alguém pode me explicar?
abs
"Pq o Stiglitz odeia tanto o Summers, alguém pode me explicar?"
Porque o Summers é mais inteligente que ele.
OK, tá bem, por isso o Summers é um Prêmio Nobel e o Stiglitz não…
Summers foi, ideológicamente, a favor da liberalização financeira nos EUA e da remoção de controles na Asia, cujos resultados foram dramáticos… Isso é postura científica?
Agora que me dei conta da fase que o Alex anda passando…caindo pra Série B, Dilma com grandes chances de se reeleger, perdendo o VALORIZADÍSSIMO espaço no Valor…
Força aí, brother! Tudo vai passar hahaha
"K, tá bem, por isso o Summers é um Prêmio Nobel e o Stiglitz não…"
O Summers é Clark medalist (assim como o Stiglitz), mas eu falei sério. É um problema pessoal, não ideológico.
Interessante. Tive alguns poucos artigos publicados no valor na pagina de opinao durante o gov lula. Na epoca fazia uma avaliacao positiva do BC. Ultimamente meus artigos criticos nao foram publicados e desisti de mandar. Mas deve ser concidencia.
"Summers foi, ideológicamente, a favor da liberalização financeira nos EUA e da remoção de controles na Asia, cujos resultados foram dramáticos… Isso é postura científica?"
desde quando liberalizacao financeira e' ideologia? Se informe melhor, olhe as pesquisas cientificas, olhe a evidencia empirica.
e desde quando a liberalizacao financeira foi a causa da crise? efeitos dramaticos? me mostre o contrafactual
A melhor solucao para o FED seria, como sugerido por um senador americano, nomear o Milton Friedman como chairman.
O espaço no VALOR prestigia, mas também desprestigia (para a turma que escreve bobagens. Inclusive atingindo as instituições a que representam). Tem uns que só escreviam agressões ao saber consolidado (agora estão mudando de lado aos poucos. De vez em quando têm recaídas).
O VALOR se desprestigia quando abre espaços para nulidades (confundindo com dar espaço para linhas diferentes de pensamento) e presta um desserviço aos leitores e aos estudantes de economia.
sobre o stiglitz..sempre é legal ler isso
http://www.imf.org/external/np/vc/2002/070202.HTM
Permita-me entra no debate sem ser convidado, sr. Anonimo de 10 de setembro 12:49.
Confrontando sua retorica com a minha (pois, pelo visto, nesses termos que voce discute), quais teriam sido a(s) causa(s) da crise? Foi inevitavel retribuir a pergunta…
Sobre liberalizacao financeira ser ideologia, desculpe-me, mas eh sim senhor. Os estudos empiricos a respeito do tema, e sao varios, sao inconclusivos a respeito dos beneficios (frente aos custos) da liberalizacao financeira.
Se, diante desse impasse, opta-se por uma escolha qualquer, isto quer dizer que preferencias ex-ante (muito provavelmente, orientadas por ideologia) que de fato optaram pela decisao de policy.
Nao que esteja errada, mas que eh uma postura motivada por ideologia, isto eh…
forte abracin
Marquinhos
Alex seria uma boa escrever sobre essa história dos EUA entrarem em guerra pois irá aquecer a economia fazendo um paralelo com a análise de que quem tirou os EUA da crise de 29 foi a guerra X a saída do padrão ouro (na minha opinião o segundo).
O mau relacionamento do Stiglitz com o Summers vêm dos anos 90 quando ambos tomaram posições opostas no debate sobre a crise asiática e o Summers venceu o debate político e o Stiglitz foi defenestrado do Banco Mundial.
Em termos de política econômica, com o beneficio do hindsight, é difícil negar que o Summers estava certo. Afinal, as economias asiáticas se recuperaram da crise e voltaram a crescer enquanto mantêm suas economias liberalizadas, como proposto pelo grupo de Summers no Tesouro americano. Até a Malásia que impôs controles de capitais durante a crise, hoje é adepta da conta de capitais aberta.
É dramático um estudo sério sobre macro e micro, bem como investir em um país cuja uma única das boquetas (ministérios) do caixa (cofres públicos) é acusada de desvios superiores a 400 milhões de reais. Haja pagadores de tributos!
Quem desejar conferir: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/09/policia-federal-prende-quadrilha-suspeita-de-desviar-r-400-milhoes.html
Anônimo (10/09/2013 às 10:38),
Arrumei outras tarefas e quando voltei para terminar o comentário, "O" Anônimo enviou o comentário de 10/09/2013 às 21:43 que desatualizou o meu, mas o envio mesmo assim.
Aqui no blog de Alexandre Schwartsman há menções a discussão entre Joseph Eugene Stiglitz e Lawrence Henry Summers. No post “Um trabalho estupendo” de quarta-feira, 10/04/2013 (http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/04/um-trabalho-estupendo.html) vê-se comentário de “O” Anonimo enviado quinta-feira, 11/04/2013 às 15:57, que explica razoavelmente a rivalidade entre Lawrence Henry Summers e Joseph Eugene Stiglitz. Diz lá “O” Anonimo” em resposta a comentarista afirmando que Paul Robin Krugman e Joseph Eugene Stiglitz seguiam rumo à heterodoxia:
“Eu não chamaria o Krugman de heterodoxo. Ele não é menos ortodoxo que eu, por exemplo.
Já o Stiglitz, é vaidade. Durante a crise da Ásia, ele bateu de frente com o Summers, e perdeu a batalha política (a turma do Summers administrou a crise) e histórica/intelectual (o conselho/as imposições da turma do Summers foram um sucesso estrondoso, retumbante). Desde então, uncle Joe perdeu o rumo”.
Não sei se houve esta batalha entre Lawrence Henry Summers e Joseph Eugene Stiglitz na crise da Ásia como se infere da resposta de “O” Anonimo”. Como não sou economista, não acompanhei a crise de 97 pelas medidas que os Tigres Asiáticos estavam tomando, pois acompanhava a crise mais pensando no Brasil. Assim não sei exatamente como os Tigres Asiáticos reagiram e se reagiram seguindo as ordens de Lawrence Henry Summers ou de Joseph Eugene Stiglitz ou deles próprios.
E lembro ainda que junto ao post “Uma proposta modesta” de 02/12/2010 também aqui no blog de Alexandre Schwartsman eu li dois comentários interessantes sobre Joseph Stiglitz. O primeiro comentário de um anônimo foi enviado (em duplicidade) segunda-feira, 06/12/2010 às 14:23, e nele o comentarista fala de um segundo encontro dele com Joseph Eugene Stiglitz. O primeiro foi com o teórico quando o comentarista se encontrava na academia e o segundo foi com o panfletário no livro “O Mundo em Queda Livre”. Em razão de ter conhecido os dois Joseph Eugene Stiglitz, o comentarista queria saber quem era o Joseph Eugene Stiglitz. E o segundo comentário também de um anônimo foi enviado terça-feira, 07/12/2010 às 09:24, e falava de uma palestra de Joseph Eugene Stiglitz.
Para não economista como a mim, os dois comentários foram bastante instrutivos. Talvez por não ser economista, eu, ao contrário dos dois comentaristas anônimos, seja mais favorável ao Joseph Eugene Stiglitz panfletário, ainda que, provavelmente em 97, em entrevista ou reportagem na Folha de S. Paulo, externando opinião diferente da minha, ele tenha falado mal da nossa carga tributária comparando-a com a da China. E para mim o bom legado do governo de FHC fora o aumento da carga tributária.
Uma observação que eu faria sobre esta rivalidade entre Lawrence Henry Summers e Joseph Eugene Stiglitz diz respeito a aspectos distintos das habilidades dos dois. Assim eles devem ser compreendidos sob dois aspectos diferentes: o aspecto político (Execução de políticas econômicas) e o aspecto econômico (Teorização sobre políticas econômicas). O Lawrence Henry Summers é muito mais político do que o Joseph Eugene Stiglitz. Aliás o post “Summers the Shiftless” (http://krugman.blogs.nytimes.com/2013/09/03/summers-the-shiftless/) de 03/09/2013 e postado às 12:03 pm no blog de Paul Robin Krugman esclarece essa distinção na seguinte passagem:
“Summers, on the other hand, while he often expresses unconventional views when not in office, has a strong tendency to revert to conventionality when in office”.
O post “Summers the Shiftless” é no fundo um pedido de Paul Robin Krugman a Lawrence Henry Summers para ser mais Joseph Eugene Stiglitz. É claro que isso não vai ocorrer. Lawrence Henry Summers deve ser político suficiente para saber que na prática a teoria é outra.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 10/09/2013
Sobre a demagogia do pensamento liberal ser a favor da eliminação total de regulamentos (liberalização financeira). As atividades privilegiadas com CONCESSÕES, AUTORIZAÇÕES ou PERMISSÕES, são regulamentadas na origem (o privilégio exige um regulamento). Bancos gozam do privilégio da Autorização, portanto têm um regulamento que os protege (não podem ser contra o que protege seu privilégio).
É bom esclarecer que os liberais e os monetaristas não são e nunca foram contra normas prudenciais (estabelecimento de limites de risco), controladorias e auditorias (muito pelo contrário). No Brasil onde escrevem que as regulamentações são boas, inúmeros bancos quebraram. Chegamos ao ponto do governo ter que capitalizar o BB e a CEF para que não quebrassem.
Alan Greenspam: “Como chairman do FED eu seria responsável pelo vasto aparato regulatório do FED.” “Embora a atribuição básica do CAE fosse rechaçar esquemas de política fiscal irresponsáveis, eu por vezes aceitava aumentos de regulamentação – quando a proposta parecia ser a menos ruim entre as opções políticas que se ofereciam ao governo.”
“o poder de vigilância pela contraparte, como primeira linha de proteção contra excessos e impropriedades.”
"Três regras práticas sobre regulamentações":
1) Regulamentações aprovadas durante as crises devem sempre passar, posteriormente, pelo processo de sintonia fina.
2) Ás vezes, vários reguladores são melhores do que um. O regulador solitário torna-se avesso ao risco, tentando proteger-se de todos os resultados negativos imagináveis, tornando difícil e onerosa a observância de suas normas.
3) Os regulamentos sobrevivem à própria razão de ser e devem ser renovados periodicamente.
Sobre o envolvimento do governo: “Uma área em que é preferível mais envolvimento do governo, em minha opinião, é o da erradicação de fraudes, que são a pior praga de qualquer sistema de mercado.”
Como dizer que Greenspan (neoliberais) era contra toda forma de regulamento? Pelo que escreveu verificamos que era contra os excessos desnecessários e onerosos de regulamentações. Era a favor de mais envolvimento do governo na erradicação de fraudes. Era contra regulamentos influenciar nas estratégias e nas táticas dos fundos de hedge (o que seria o mesmo que ensinar o padre a rezar missa).
Anônimo (10/09/2013 às 10:38),
Meu comentário tinha ficado maior do que o permitido e eu retirei uma parte em que eu, mesmo sem muita lembrança reporto à crise nos Tigres Asiáticos em 1997.
Tenho mencionado a crise de 97 como algo que o Brasil deverá voltar a enfrentar nos próximos anos. Faço essa comparação pela semelhança da crise de 2008 com a crise no final da década de 80, a crise dos fundos de pensão nos Estados Unidos (O filme Wall Street já prenunciava a crise) levou o governo dos Estados Unidos a aumentar o déficit público e o FED a aumentar a base monetária que naquela época dava para acompanhar na publicação do The Economist que saia no jornal Gazeta Mercantil. Depois George Helbert Walker Bush, o pai, aumentou os impostos e depois William Jefferson Blythe III também aumentou os impostos, mas com o começo da retomada do crescimento econômico houve, mais à frente, a retomada da inflação e então o FED teve que aumentar o juro e na seqüência a crise foi ocorrendo do final de 1994 até 1999 no Brasil e a exaustão dela em 2001 na Argentina. Primeiro o México (1994), depois Chile (1995) com reflexos no Brasil (Este ainda deu para G. Henrique de Barroso F. tirar de letra) e depois os Tigres Asiáticos (1997) e depois a Rússia (1998) e depois a Argentina. O Brasil foi antes da Argentina, mas ele balançou de novo quando a crise na Argentina chegou ao fundo do poço.
Foi só isso que eu já havia escrito, mas como o “O” Anonimo, no comentário dele de terça-feira, 10/09/2013 às 21:43, fez menção a Malásia, eu lembrei da discussão que houve sobre o controle de capital que o governo da Malásia realizou na época e lembrei também que eu havia lido alguns textos de Paul Robin Krugman a este respeito. Numa consulta no Google com Paul Krugman, Malaysian e Capital Control, chega-se a uma série de artigos sobre a crise no final dos anos 90. Um texto mais técnico é “Analytical Afterthoughts on the asian crisis” de Paul Robin Krugman e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://web.mit.edu/krugman/www/MINICRIS.htm
O interesse em mencionar esse artigo é a constatação da ausência de qualquer referência a Lawrence Henry Summers. A ausência talvez se explique pelo caráter técnico do texto. No artigo “Why capital controls and international debt restructuring mechanisms are necessary to prevent and manage financial crises” de Martin Khor há referência a Lawrence Henry Summers como se pode ver no endereço a seguir tirado dos arquivos de Paul Krugman:
http://www.pkarchive.org/others/khor.html
Se analisarmos pelos dois textos o que se vai observar é que há uma referência, mas ela é uma referência periférica, ou perfunctória, revelando uma falta de importância de Lawrence Henry Summers na solução da crise asiática. E talvez também de Joseph Eugene Stiglitz. No segundo texto, que é mais político e bastante crítico ao FMI, verifica-se que se há uma participação maior ela foi de Paul Robin Krugman, mas que deve ter sido mais na forma de um aval ex-post, pois a participação dele ocorreu quase dois anos depois que a crise eclodira. E ele participa criticando as medidas preconizadas pelo FMI e que consistiram pelo que se lê basicamente do aumento do juro. Pode ser que lá quando as medidas foram tomadas, houvesse necessidade do aval do Secretário de Tesouro dos Estados Unidos e como fora o aumento do juro o cerne da crítica de Joseph Eugene Stiglitz pode-se falar em uma rivalidade entre os dois: Joseph Eugene Stiglitz e Lawrence Henry Summers. E pelo que se lê nos textos, Paul Robin Krugman não parece ter sido à época, tão crítico de Lawrence Henry Summers. Se há a lembrança assim de "O" Anonimo e de Alexandre Schwartsman provavelmente Joseph Eugene Stiglitz tenha sido mais crítico. De todo modo a crise foi em 1997 e Joseph Eugene Stiglitz ficou no FMI até 1999.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 11/09/2013
C. Mendes de O., você é muito Asperges. Ainda bem que não tenho que lidar com você diariamente.
Se quiser aprender sobre o assunto, leia o livro do Paul Blunstein (repórter do Washington Post que cobre as organizações internacionais e diplomacia financeira) sobre as crises em emergentes nos anos 1990, “The Chastening: Inside The Crisis That Rocked The Global Financial System And Humbled The Imf”. É muito bom.
"C. Mendes de O., você é muito Asperges."
Fato!!
"C. Mendes de O., você é muito Asperges."
Por acaso não seria Asperger?
"O" segue sem desapontar.
Sim, Asperger.
O que é asperger?
Google
Anônimo (10/09/2013 às 10:38),
Tenho ainda dois comentários já redigidos para enviar um para você e outro para o Anônimo do comentário de terça-feira, 10/09/2013 às 18:06. Intercalo, entretanto, dois comentários aqui um pouco em razão do comentário de “O”Anonimo de quarta-feira, 11/09/2013 às 09:51, com a indicação do livro “The Chastening: Inside The Crisis That Rocked The Global Financial System And Humbled The Imf” sobre a crise nos emergentes nos anos 1990 e um pouco também pelo erro que cometi em dizer que Joseph Eugene Stiglitz ficou no FMI até 1999. Na verdade, ele ficou foi no Banco Mundial. Meu erro foi um tanto em decorrência de “An Open Letter” de Kenneth Saul Rogoff para Joseph Eugene Stiglitz e que foi mencionada pelo Anônimo do comentário de terça-feira, 10/09/2013 às 18:06. Na carta de Kenneth Saul Rogoff que, embora pessoal, é em defesa do FMI contra as críticas de Joseph Eugene Stiglitz, ele trata Joseph Eugene Stiglitz como um ex-colega, o que me fez considerar Joseph Eugene Stiglitz como sendo também dos quadros do FMI. Transcrevo o trecho que criou esta confusão na minha memória. Diz lá Kenneth Saul Rogoff:
“Joe, you may not remember this, but in the late 1980s, I once enjoyed the privilege of being in the office next to yours for a semester”.
Só a frase, entretanto, não ocuparia espaço em minha memória se ela não tivesse bem acompanhada. É pelo o que a acompanha que vale à pena ler o que Kenneth Saul Rogoff diz na sequência, a respeito de Joseph Eugene Stiglitz, já na época ganhador do (deixa eu ver se consigo lembrar), “Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, pois ele é o premiado de 2001.
A respeito do meu engano sobre Joseph Eugene Stiglitz, creio que vale deixar o link na Wikipedia sobre ele.
http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Stiglitz
Normalmente o Wikipedia ao tratar de assuntos americanos apresenta visão distinta da minha. No entanto, coincidiu com o que eu penso quem escreveu de modo favorável a biografia de Joseph Eugene Stiglitz. Lá também a briga entre Joseph Eugene Stiglitz e Lawrence Henry Summers fica mais bem caracterizada, mas mais parece uma briga do secretário do Tesouro dos Estados Unidos com um subordinado dele que trabalhava no Banco Mundial e que ainda não havia ganhado o “Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel.
Aliás quem parece que bateu com Joseph Eugene Stiglitz após o prêmio foi o Alexandre Schwartsman. É o que se depreende pelo comentário dele junto ao post “Flying the BS Fund” de sábado 31/05/2008, aqui no blog dele no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2008/05/flying-bs-fund.html
Há um comentário de um anônimo enviado terça-feira, 10/06/2008 às 10:38, sendo o penúltimo comentário ao post “Flying the BS Fund”, em que o comentarista depois de transcrever trecho do artigo de Joseph Eugene Stiglitz “A falência das metas de inflação” e que fora publicado no jornal O Globo de sábado, 07/06/2008, pergunta:
“escreveu o economista ou o político (pretenso?)?”
A resposta de Alexandre Schwartsman em comentário enviado terça-feira, 10/06/2008 às 21:39, é no estilo dele. Lá ele diz:
"Eu vi esta barbaridade. Alias, ha um comentario meu a respeito. O Stiglitz ha muito perdeu o pe. Pelo menos 4 outros premios Nobel de Economia dao as bases teoricas do regime de metas, mas el, que nunca andou pelo campo da economia monetaria se da o direito de emitir uma opiniao definitiva sobre o assunto"
Era quase tudo que eu tinha a intercalar, mas como queria dizer mais alguma coisa completo em um segundo comentário.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/09/2013
Anônimo (10/09/2013 às 10:38),
Em meu comentário anterior faço referência ao comentário de Alexandre Schwartsman com crítica ao artigo “A falência das metas de inflação” de Joseph Eugene Stiglitz. Critica sem surpresa, pois o regime de metas de inflação constitui-se na menina dos olhos de Alexandre Schwartsman.
Achei este post “Flying the BS Fund” porque queria mencionar aqui alguma referência minha às crises das moedas que se verificaram na década de 90 como espelho para o que provavelmente acontecerá na segunda década do século XXI. Após pesquisa, eu encontrei uma referência minha ao post de Alexandre Schwartsman no blog de Luis Nassif junto ao post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00 e que saíra como a Coluna Econômica de Luis Nassif daquele dia.
Infelizmente Luis Nassif fica mudando de endereço e os posts originais nem sempre são encontrados ou se os são encontrados não aparecem na íntegra com os comentários. Este post “A hora de discutir as metas inflacionárias” só aparece no novo endereço dele sem os comentários. Por sorte, eu tinha uma cópia dos comentários que eu fizera, e assim eu pude buscar o post “Flying the BS Fund”
Normalmente quando os comentários são perdidos, eu os busco junto ao blog Archive.org. Parece que nesta última mudança, Luis Nassif conseguiu evitar até esta alternativa.
De todo modo, há um comentário meu junto ao post “Um problema de lógica” de 20/02/2011 no blog de Alon Feuerwerker em que eu faço referência a crise de 1988 e a possibilidade de repetição nos próximos anos do que aconteceu na segunda metade da década de 90. O endereço do post “Um problema de lógica” é:
http://www.blogdoalon.com.br/2011/02/um-problema-logico-2002.html
E no comentário que envie quinta-feira, 24/02/2011 às 14:29:00 BRT, eu disse:
“Alon Feuerwerker,
Dentre os vários fatores que podem interferir para dar condições ao governante para em um ano seguinte mesmo com um crescimento menor se tenham melhores condições de gastos públicos do que no ano em curso, eu mencionei uma provável desvalorização do real que contrabalancearia a perda da competitividade internacional que o aumento do salário mínimo provoca. É só a possibilidade. Se tudo repetir a crise de 1988, quando os Estados Unidos tiveram que conviver por um longo período com juros de quase zero, só a partir de 2012 (A torcer que Barack Obama tenha melhor sorte que George Herbert Walker Bush, o pai, que perdeu a eleição para Bill Clinton não só porque o crescimento econômico só deslanchou em 1992, ano da reeleição, como também teve a concorrência de Ross Perot) haverá retomada do crescimento americano e em 2014 haverá o aumento do juro nos Estados Unidos que produzirá a fuga de dólares das economias em desenvolvimento, provocando crises semelhantes ao do México no início de 1995, a dos Tigres Asiáticos em 1997, a russa em 1998, a do Brasil nas crises anteriores e em 1999 e depois na crise da Argentina em final de 2000 (Eis uma crise interessante essa que ocorreu na Argentina governada por Fernando de la Rua e porque não questionar se o levante no mundo árabe não é, mais do que um levante por democracia, um levante contra a crise econômica, afinal, os árabes estão muito próximos da Europa com a qual mantêm forte relação mercantil e a Europa está em forte crise econômica) depois na crise do Brasil da eleição de 2002 (Brasil que também sofrera na crise da Argentina em 2000 e voltara a sofrer no ano seguinte com a crise do racionamento de energia também chamada de crise do apagão e que alguns confundem ou querem confundir com as atuais deficiências brasileiras no setor energético).
É esperar para ver, até porque se poderá verificar também se a repetição virá como uma farsa”.
Passo agora para os dois comentários que foram concluídos anteriormente.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/09/2013
Anônimo (10/09/2013 às 10:38),
Como disse, eu não acompanhei de perto a crise nos Tigres Asiáticos. Do que eu lembro, parece que, à época, todos, salvo a China com a moeda administrada e que fora o único país que não sofrera com a crise, tinham banda cambial. Não vi razão para dar importância a interferência de Lawrence Henry Summers durante a crise. A briga dele com Joseph Eugene Stiglitz e Lawrence Henry Summers já fora mencionada aqui tanto por “O” Anonimo como por Alexandre Schwartsman. Salvo o que diz a Wikipédia na biografia de Joseph Eugene Stiglitz as pesquisas nada revelaram, mas deve ter existido, só que em nível mais leve do que a rusga gerada pela carta de Kenneth Saul Rogoff a Joseph Eugene Stiglitz.
E em minha avaliação, a crise nos Tigres Asiáticos e a sua resolução não confirmaram o argumento do FMI. Pelo que eu avalio hoje, foi mais crise especulativa na esteira da subida do juro americano e que as boas condições econômicas e fiscais dos Tigres Asiáticos (Talvez sem o nível das reservas de hoje) possibilitaram um enfrentamento sem muitas dificuldades. Talvez a crise da libra em 92 dera dimensão maior à crise dos Tigres Asiáticos. Uma comparação interessante seria entre a taxa de crescimento da Inglaterra em 92 e nos Tigres Asiáticos em 1997 e nos três anos anteriores e posteriores ao ano da crise. Aliás, os países mais afetados no período de 1994 a 2001 foram o México, a Rússia e o Brasil e a Argentina.
Há algumas informações complementares e assim eu imagino que possa encerrar o que eu tinha a dizer. O levantamento deu-me oportunidade de conhecer mais a crise dos Tigres Asiáticos, e também permitiu que eu recordasse de alguns aspectos relevantes ou curiosos sobre as crises que ocorreram no período.
Resumo os aspectos em três observações. A primeira observação é com o intuito de criticar a frase de “O” Anônimo em que ele encerra o comentário dele de terça-feira, 10/09/2013 às 21:43. Diz ele lá:
“Até a Malásia que impôs controles de capitais durante a crise, hoje é adepta da conta de capitais aberta”
Avalio que a frase desconsidera as circunstâncias. São as circunstâncias que vão determinar se o controle de capital é necessário. “O” Anônimo, como todo economista que preza o que aprendeu na academia, não quer abrir mão do conhecimento científico que adquiriu. Não pode admitir que dependendo das circunstâncias ele tome o caminho contrário ao que ele aprendeu como sendo o melhor caminho.
E a segunda observação diz respeito ao primeiro ministro da Malásia na época Mahathir bin Mohamad. Ele não é economista, mas um doutor. Ganhou proeminência à época e acabou se destacando ao fazer acusações contra os financistas a quem acusava de judeus ou o contrário. O que, no Oriente Médio, parecia-me uma briga entre árabes e israelitas, na Malásia, despontava como uma briga entre mulçumanos e judeus ou desconsiderando a crença religiosa e apegando mais às circunstâncias entre servidores públicos e financistas. E aqui lembrando que um médico mesmo quando não vinculado ao serviço público presta serviço ao público talvez se devesse falar em uma rivalidade entre médicos e economistas, principalmente quando os últimos se dedicam a assessorar o capital financeiro. E ao que parece Paul Robin Krugman e Joseph Eugene Stiglitz furam um pouco a ortodoxia se colocando mais do lado do médico. Vale lembrar que a declaração de Mahathir bin Mohamad sobre os financistas judeus foi durante a crise de 1997 e a ajuda de Paul Robin Krugman a Mahathir bin Mohamad não me parece ter sido no imediato da crise e sim posteriormente já em 1999.
E a terceira observação diz respeito ao prestígio de Paul Robin Krugman que cresceu na crise de 1997 sob a alegação que ele teria previsto a crise. Na verdade ele apenas apontou para a inviabilidade de se ter um crescimento contínuo apoiado apenas em taxas elevadas de investimento. Previsão que nada tem de excepcional e pode ser feita por qualquer leigo. E mesmo o crescimento apoiado em avanço tecnológico e aumento de produtividade tem fim.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 14/09/2013
Anônimo (10/09/2013 às 18:06),
A primeira vez que li a carta de Kenneth Saul Rogoff para Joseph Eugene Stiglitz e que você indicou acima, eu achei a carta um tanto pedante, mas não a desconsiderei completamente primeiro porque eu tinha certa resistência a Joseph Eugene Stiglitz pela pouca defesa que ele fazia do aumento da carga tributária para combater as crises e de que eu era adepto e também porque eu combatia o uso do termo globalização no sentido de algum evento com data marcada. E depois porque se Kenneth Saul Rogoff é a favor de corte de gastos ele também é a favor de aumento de receita.
Li a carta logo depois da crise de 2008, pois ela fora mencionada em comentário ao post “Stiglitz e as metas de inflação” de terça-feira, 10/06/08 às 10:03, no blog de Luis Nassif, depois de sugestão de Rodrigo Medeiros que me parece ser economista da Associação Keynesiana Brasileira. Ele transcreveu trecho do artigo de Joseph Eugene Stiglitz “A falência das metas de inflação” e que fora publicado no jornal O Globo de sábado, 07/06/2008. Não é pelo trecho do artigo de Joseph Eugene Stiglitz que eu indicaria o post se ele ainda fosse possível de ser acessado. Indicaria porque na época eu aproveitei para comentar a carta de Kenneth Saul Rogoff. Se eu conseguir achar o comentário em algum computador que eu usava à época eu deixo depois a transcrição aqui.
Nas pesquisas que realizei para fazer os comentários para o Anônimo do comentário de terça-feira, 10/09/2013 às 10:38, eu acabei achando o artigo indicado a seguir e que é bem crítico a Kenneth Saul Rogoff e que serve de um bom contraponto a carta de Kenneth Saul Rogoff. O artigo intitulado “Rajan Calls Krugman 'Paranoid' for Criticizing Reinhart and Rogoff's Research” de 13/08/2013 às 10:30 am pode ser encontrado no seguinte endereço:
http://www.huffingtonpost.com/william-k-black/krugman-paranoid_b_3748874.html
E há as avaliações favoráveis a Kenneth Saul Rogoff. Não custa lembrar que aqui no blog de Alexandre Schwartsman houve um post fazendo remissão a artigo de Kenneth Saul Rogoff. O post intitulava-se “Reinhart & Rogoff strike again” de quarta-fera, 17/10/2012 e dava destaque para o artigo “Sorry, US recoveries really aren’t different”, podendo ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/10/reinhart-rogoff-strike-again.html
O post “Reinhart & Rogoff strike again” é um curto elogio de Alexandre Schwartsman ao artigo de Carmen M Reinhart e Kenneth Saul Rogoff contendo também o link para o artigo.
Bem, eu não gostei da carta que Kenneth Saul Rogoff escreveu para Joseph Eugene Stiglitz, mas não desgosto dele, Kenneth Saul Rogoff, principalmente porque com ele o controle do déficit não decorre apenas de cortes nos gastos, mas de aumento na receita também. A discordância é quanto ao momento em que se deve fazer o aumento da carga tributária ou mesmo fazer o corte dos gastos.
Aliás, a carta “An open letter” de Kenneth Saul Rogoff para Joseph Eugene Stiglitz, datada de 02/07/2002, e uma espécie de resenha do livro “Globalization and Its Discontents” de Joseph Eugene Stiglitz lançado em junho de 2002, deixou-me a impressão que ela tivera origem no seguinte trecho dela que transcrevo a seguir:
“To which you replied, "But is he smart like us?" I wasn't sure how to take it, since you were looking across at Carl, not me, when you said it”.
Parece que Kenneth Saul Rogoff não gostou por Joseph Eugene Stiglitz não ter olhado para ele.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 14/09/2013
caralho, bane o IP desse cara por favor
"O" Anonimo (sábado, 07/09/2013 às 18:19)
Fiquei um tanto sem entender o enigma do seu comentário. Quem caça sapo é cobra e cobra em linguagem futebolística é giría que expressa o que eu sei que não sou, ainda mais aqui neste blog.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 15/09/2013
"O" Anonimo (quarta-feira, 11/09/2013 às 09:51),
Você iniciou o comentário de modo crítico, mas o tom professoral sem arrogância da sua indicação me surpreendeu e me deixou deveras comovido. Agora se a intenção foi dizer que o que eu disse assemelha-se a coroinha ensinar padre nosso a vigário eu me manifesto dizendo que Paul Blunstein é jornalista e jornalistas normalmente escrevem com desenvoltura, mas se especializam em divagar sobre a obscuridade, pois sabem que um fato pronto e acabado, claro e preciso, deixa de ser notícia.
Quanto à parte crítica inicial do seu comentário destaco que eu não fiz referência à condição de médico do ex-primeiro ministro da Malasia Mahathir bin Mohamad para remeter ao ditado que diz “de médicos e de loucos todos nós temos um pouco”. A lembrança ocorreu-me porque sempre avaliei como excelente a indicação do médico Antonio Palocci para ministro da Fazenda.
Não foi, portanto, numa tentativa em caracterizar o seu comentário como exercício ilegal de medicina que eu me manifestei fazendo referência a Mahathir bin Mohamad. O que me chamou a atenção é que tanto neste seu comentário de quarta-feira, 11/09/2013 às 09:51, como no que você enviara sábado, 07/09/2013 às 18:19, você demonstra ter lido meu comentário.
E você ter lido meu comentário chamou-me mais a minha atenção tendo em vista o teor da sua resposta enviada segunda-feira, 09/09/2013 às 12:10, ao comentário que Maradona enviara segunda-feira, 09/09/2013 às 11:02, considerando razoável o livro de Chico Buarque “Leite Derramado”. Na sua resposta você dissera:
“Não li, e se realmente for ‘razoável’, não vou ler. Por que leria livros razoáveis se posso ler livros espetaculares, por exemplo ‘The Road’ do Cormac McCarthy?”
Sim, pensei comigo, não lê Chico Buarque, mas lê o meu comentário.
Foi pouco, entretanto, o meu regozijo. Lembrei-me de explicação que você dera aqui no blog Mão Visível junto ao post “Problemas reais e ilusões fiscais” de terça-feira, 09/07/2013 (http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/07/problemas-reais-e-ilusoes-fiscais.html), ao comentarista PJ que em comentário enviado quinta-feira, 11/07/2013 às 09:10, pedira para você explicar comentário seu junto ao post “Alexandre Borges – O Presidente “Vale-Refeição” e o Fim do Sonho Americano” de quarta-feira, 10/07/2013, no blog Selva Brasilis (http://selvabrasilis.blogspot.com.br/2013/07/alexandre-borges-o-presidente-vale.html), contendo transcrição do artigo de Alexandre Borges diretor do Instituto Liberal, em que você dissera o seguinte:
"Muito fraquinho. Passou atestado de ingnorança ao dizer que os EUA é o país da mobilidade social. ".
Na sua explicação enviada quinta-feira, 11/07/2013 às 18:49, atendendo ao pedido do comentarista PJ, você diz:
“A razão é simples: é amplamente sabido que os EUA, entre os países ricos, não se caracteriza por grande mobilidade social. Tal fato é bem documentado na literatura e salta aos olhos de qualquer observador que teve a oportunidade de presenciar de perto”.
Pesou mais para eu não criar expectativa de qualidade dos textos objeto de seus comentários foi a péssima qualidade do artigo de Alexandre Borges. E foi ruim também a crítica. Deveria haver uma comparação com uns dois países um de alta mobilidade social e um de baixa mobilidade.
O que Alexandre Borges dissera, sem talvez comprovação, foi:
"Mesmo assim, se um americano hoje nasce entre os 20% mais pobres, ele tem mais chances de terminar a vida entre os 20% mais ricos do que continuar entre os mais pobres, o que faz os EUA o país da mobilidade social, um sistema que funciona há 200 anos mas que está sob fogo cerrado"
A sua resposta parece resposta de jornalista: não serve para esclarecer como se mede mobilidade social nem para indicar qual seria a posição dos Estados Unidos em relação a outros países ricos. E você leu um mau artigo. Enfim a sua leitura não passa nenhum atestado de qualidade do texto lido.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 15/09/2013
Anônimo (10/09/2013 às 10:38) e Anônimo (10/09/2013 às 18:06),
Essa discussão sobre Kenneth Saul Rogoff e Joseph Eugene Stiglitz com remissões à crise dos Tigres Asiáticos de 1997, fica bastante enriquecida com o post recente de Paul Robin Krugman “But Where’s My Phonix?” de sábado, 14/09/2013 às 12:35 pm e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://krugman.blogs.nytimes.com/2013/09/14/but-wheres-my-phoenix/
Além da oportunidade de ver a referência de Paul Robin Krugman ao artigo de 2006 de autoria de Guillermo A. Calvo, Alejandro Izquierdo e Ernesto Talvi intitulado “Phoenix Miracles in Emerging Markets: Recovering without Credit from Systemic Financial Crises” (http://www.iadb.org/res/publications/pubfiles/pubWP-570.pdf) que com um enfoque mais geral nas crises de Balança de Pagamentos analisa também como os Tigres Asiáticos saíram da crise de 1997, a menção ao artigo de Paul Robin Krugman vale para lembrar que Kenneth Saul Rogoff também fez uma carta aberta para Paul Robin Krugman. Intitulada “An Open Letter to Paul Krugman” e datada de 25/05/2013, ela pode ser vista no seguinte endereço:
http://scholar.harvard.edu/files/rogoff/files/krugman_letter.pdf
E Kenneth Saul Rogoff parece se especializar em enviar cartas para ganhadores do (deixa eu ver se consigo lembrar) “Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel.
Como eu avalio que vamos atravessar algo semelhante ao que ocorreu na segunda metade da década de 90, imagino que essas referências são uma boa bússola para a política econômica a ser adotada pelo governo brasileiro como também para avaliarmos o que é mais provável de ocorrer.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 15/09/2013
A disenteria mental do Clever é realmente impressionante…