Derruba sim…
Desde abril de 2013 o
BC elevou a taxa Selic de 7,25% para 10,75% ao ano, mas a inflação permanece
alta e há receio que possa, inclusive, ultrapassar o máximo permitido (6,5%) ao
final deste ano. Em face disto há quem se pergunte se teria havido algum
enfraquecimento recente dos mecanismos de transmissão de política monetária,
pois no passado uma variação semelhante da Selic foi efetiva para reduzir a
inflação.
BC elevou a taxa Selic de 7,25% para 10,75% ao ano, mas a inflação permanece
alta e há receio que possa, inclusive, ultrapassar o máximo permitido (6,5%) ao
final deste ano. Em face disto há quem se pergunte se teria havido algum
enfraquecimento recente dos mecanismos de transmissão de política monetária,
pois no passado uma variação semelhante da Selic foi efetiva para reduzir a
inflação.
Neste sentido, o artigo
de Yoshiaki Nakano (“Juro alto não derruba a inflação”, Valor Econômico,
18/03/2014) se revela uma contribuição inestimável. Não, é bom deixar claro,
por resolver o problema, mas porque é difícil conceber uma coluna que cometa
tantos equívocos em tão pouco espaço. São estas atrocidades que, por seu caráter
didático, nos permitem iluminar algumas das dificuldades hoje enfrentadas pelo
BC.
de Yoshiaki Nakano (“Juro alto não derruba a inflação”, Valor Econômico,
18/03/2014) se revela uma contribuição inestimável. Não, é bom deixar claro,
por resolver o problema, mas porque é difícil conceber uma coluna que cometa
tantos equívocos em tão pouco espaço. São estas atrocidades que, por seu caráter
didático, nos permitem iluminar algumas das dificuldades hoje enfrentadas pelo
BC.
A principal atrocidade
é sua afirmação sobre a ineficácia da política monetária. Segundo Nakano, a
causa da desinflação observada entre 2004 e 2006 teria sido apenas a apreciação
cambial.
é sua afirmação sobre a ineficácia da política monetária. Segundo Nakano, a
causa da desinflação observada entre 2004 e 2006 teria sido apenas a apreciação
cambial.
Por outro lado defende
que o único critério de verdade é a correspondência da teoria com a realidade,
o que nos oferece uma oportunidade reveladora de ver como a teoria que ele
critica se comporta na prática.
que o único critério de verdade é a correspondência da teoria com a realidade,
o que nos oferece uma oportunidade reveladora de ver como a teoria que ele
critica se comporta na prática.
Assim sendo, o convido
a examinar o gráfico aqui exposto, que mostra forte relação negativa entre a
taxa real de juros e a inflação, com defasagem de 18 meses. Em linguagem de
gente, taxas de juros mais altas estão associadas a inflação futura mais baixa
e vice-versa.
a examinar o gráfico aqui exposto, que mostra forte relação negativa entre a
taxa real de juros e a inflação, com defasagem de 18 meses. Em linguagem de
gente, taxas de juros mais altas estão associadas a inflação futura mais baixa
e vice-versa.
Vale notar que usamos o
“núcleo” de inflação, ou seja, uma medida não afetada por preços de alimentos
ou pelos preços administrados (muito embora a relação permaneça válida caso
usemos a inflação “cheia”). A vantagem desta medida é retirar, a priori, possíveis fontes dos “choques
de oferta” que tanto o preocupam (exceto, é claro, quando o governo reduz
tarifas de energia ou ônibus e controla os preços dos combustíveis, mascarando
a verdadeira inflação).
“núcleo” de inflação, ou seja, uma medida não afetada por preços de alimentos
ou pelos preços administrados (muito embora a relação permaneça válida caso
usemos a inflação “cheia”). A vantagem desta medida é retirar, a priori, possíveis fontes dos “choques
de oferta” que tanto o preocupam (exceto, é claro, quando o governo reduz
tarifas de energia ou ônibus e controla os preços dos combustíveis, mascarando
a verdadeira inflação).
Esta evidência
sobrevive também a testes mais sofisticados, sugerindo que as “versões
enviesadas” da teoria que Nakano menciona parecem se corresponder com a
realidade muito melhor do que ele imagina. Tão bem, aliás, que oferecem uma
pista valiosa para a solução da aparente ineficácia recente.
sobrevive também a testes mais sofisticados, sugerindo que as “versões
enviesadas” da teoria que Nakano menciona parecem se corresponder com a
realidade muito melhor do que ele imagina. Tão bem, aliás, que oferecem uma
pista valiosa para a solução da aparente ineficácia recente.
Com efeito, diz a
teoria (e a evidência) que o nível
da inflação depende do nível da taxa
real de juros. Não há, pois, razão para esperar que um aumento da taxa de juros
de 2% para 5% a.a. tenha o mesmo efeito sobre a inflação que a elevação de,
digamos, 5% para 8% a.a., ainda que a variação (3 pontos percentuais) seja a
mesma, fenômeno devidamente esquecido pelo articulista. Simplesmente a inflação
que decorre de juro real de 5% a.a. é mais alta do que a resultante de juro
real de 8% a.a.
teoria (e a evidência) que o nível
da inflação depende do nível da taxa
real de juros. Não há, pois, razão para esperar que um aumento da taxa de juros
de 2% para 5% a.a. tenha o mesmo efeito sobre a inflação que a elevação de,
digamos, 5% para 8% a.a., ainda que a variação (3 pontos percentuais) seja a
mesma, fenômeno devidamente esquecido pelo articulista. Simplesmente a inflação
que decorre de juro real de 5% a.a. é mais alta do que a resultante de juro
real de 8% a.a.
Deve também ter sido
por esquecimento (ou desconhecimento de como operava nosso regime de metas) que
Nakano apresenta como “novidade” a ideia de basear as decisões de taxa de juros
nas projeções de inflação e não na inflação passada. Como se o BC não fizesse
menção às suas previsões de inflação a cada ata, nem publicasse trimestralmente
seus valores numéricos (e intervalos de confiança!), projeções que, em outros
tempos, eram o principal norte da política monetária.
por esquecimento (ou desconhecimento de como operava nosso regime de metas) que
Nakano apresenta como “novidade” a ideia de basear as decisões de taxa de juros
nas projeções de inflação e não na inflação passada. Como se o BC não fizesse
menção às suas previsões de inflação a cada ata, nem publicasse trimestralmente
seus valores numéricos (e intervalos de confiança!), projeções que, em outros
tempos, eram o principal norte da política monetária.
Já a proposta de ter
como meta apenas a inflação de preços livres, descartando os administrados,
parece ignorar que os primeiros têm superado os últimos desde 2010. Caso
seguisse a sugestão de Nakano, a política monetária teria que ser mais apertada
do que foi, certamente não o que ele tinha em mente ao formular a proposta.
como meta apenas a inflação de preços livres, descartando os administrados,
parece ignorar que os primeiros têm superado os últimos desde 2010. Caso
seguisse a sugestão de Nakano, a política monetária teria que ser mais apertada
do que foi, certamente não o que ele tinha em mente ao formular a proposta.
Chega a ser
surpreendente que, num debate importante como o que hoje se trava, haja
intervenções que se revelam primárias no entendimento tanto da teoria como dos
fatos que circundam a operação do regime de metas no país. Nada contra palpiteiros,
mas um tanto de estudo antes me parece absolutamente essencial.
surpreendente que, num debate importante como o que hoje se trava, haja
intervenções que se revelam primárias no entendimento tanto da teoria como dos
fatos que circundam a operação do regime de metas no país. Nada contra palpiteiros,
mas um tanto de estudo antes me parece absolutamente essencial.
Eppur si muove… |
(Publicado 26/Mar/2014)
Ótimo! Mostra como está o nível do debate econômico atual…
"Nada contra palpiteiros, mas um tanto de estudo antes me parece absolutamente essencial."
E esse economista-japa é professor da FGV… de SP, né? Salve EPGE!
Alex,
O IPCA de hoje mostra que suas previsões pessimistas de 1, 2 anos atrás estavam corretas.
Você é um "chato", mas passa o importante exemplo no sentido de que argumentações econômicas devem ser tecnicamente embasadas e não meros achismos.
Parabéns pelo acerto, mas principalmente por trazer esse método de trabalho para o público dos estudantes de economia.
Abraços
Rafael
Bah, que tapa de luva.
Alex:
Quanto vc calcula que deveria estar a SELIC para trazer a inflação para a meta?
Uau! "A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), fechou março em alta de 0,92%, conforme divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (9).
Trata-se da maior inflação para março desde 2003, quando o IPCA teve alta de 1,23%"
(continuando)
"Na ampla lista de produtos pesquisados pelo IBGE, também entra a conta do motel, que está 4,3% mais alta."
Não resisti: eles estão nos f* e nem podemos mais pagar para F*-los. (desculpa o calão)
Alex
Eu imagino que no gráfico o “lag” escolhido entre as variáveis dependente e independe foi o que apresentou a melhor correlação linear entre as variáveis “inflação” e “juro real”. Se eu estou certo fiquei surpreso com o “lag” de 18 meses, uma vez que é comum ouvir que os efeitos da política monetária começam a fazer efeitos mais intensos a partir de 6 meses.
KB
Imaginem a banca examinadora da tese (já a encontraram?) de doutorado desse economista (vão caçar, ou não, o CORECON dele, junto o do Manteiga?)…
… Destruindo 4 anos (se é que terminou no prazo e não pulou do mestrado para o doutorado, economizando tempo, reaproveitando disciplina, e não obtendo o título de Master of Arts in Economics antes mas colocando no CV assim mesmo) pesquisa com uma simples regressão linear…
Esse é o nível dessa gente. Lamentável.
Mais intensos sobre a atividade e há ainda uma defasagem para afetar a inflação. Como a inflação no gráfico é o acumulado do núcleo em 12 meses, o efeito acaba aparecendo um pouco mais tarde. Abs
Mais intensos sobre a atividade e há ainda uma defasagem para afetar a inflação. Como a inflação no gráfico é o acumulado do núcleo em 12 meses, o efeito acaba aparecendo um pouco mais tarde. Abs
Recomendo leitura: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2014/04/1437854-lula-na-tutela-de-dilma.shtml
E, recomendo comentàrio a respeito:
http://www.youtube.com/watch?v=1Eb1woAjWgo
0,93% o IPCA de março, o que dizer? Nem sei mais. Acho que esta na hora do all in em dolar, o real nao vale mais nada.
Fungo
Luciano Coutinho hoje na FSP
O sr. falou da inflação. O IPCA de março foi 0,92%, mesmo com governo contendo os preços controlados. Esse tipo de política é sustentável?
Estamos passando por um período de choque de preços em razão do período seco ( avelha desculpazinha esfarrapada). Temos uma pressão sobre os preços agrícolas, que espero seja transitória (Ual! o economista parece técnico de futebol tentando justificar mais uma derrota, a má fase do time, responsabilizando o campo, a arbitragem, a bola).
E os preços controlados?
Acho que será possível fazer um programa mais adiante. Se você quiser encavalar pressões inflacionárias, isso pode não ser uma estratégia inteligente. Mas não há dúvida de que logo que as condições permitirem um processo organizado de descompressão desses preços precisará ser efetuado ("logo que as condições permitirem", é foda!).
É preciso ter em conta que a estratégia de manter a inflação sob controle é de fundamental interesse (Claro. Represar preços é fundamental para a reeleição de Dilma). O governo está tendo a cautela.
Não está havendo um represamento muito grande? Vai sobrar tudo para ser consertado em 2015, no caso dos preços administrados?
Não. Esse processo pode ser diluído (só faltou recomendar terapia florais…). Não necessariamente concentrar tudo em um só momento. Precisamos primeiro aquilatar qual é o real represamento de alguns preços. Esse é um processo que precisa ser feito com devida organização. (Piada. Só pode ser)
Como seria essa organização?
Olha, essa não é a minha área de responsabilidade (ah!). Estou falando uma coisa que me parece muito sensata. A produção de choques pontuais pode ser muito desestabilizadora. Processos um pouco mais gradualistas devem ser pensados. Acredito que dentro de prazos razoáveis…
O que é um prazo razoável para reajustar os preços administrados pelo governo?
Podem ser dois anos. Podem ser três anos, [para] diluir esses processos…
Ou seja, a entrevista de Coutinho sugere que os guias genias do novo-desenvolvimentismo simplesmente não sabe o que fazer e, consequentemente, como fazer.
Sensatamente, Coutinho sugere uma correção gradualista dos preços num período de 2 a 3 anos! Inacreditável! (eu ainda me surpreendo).
Alexandre,
Por que o BC não combate a inflação aumentando o compulsório? Não seria uma alternativa válida? Quais as consequências na economia que tornam preferível mexer na selic que no compulsório?
Discussão mais abrangente: a apresentação do IPS – Indicadores do Progresso Social – amplia o debate a respeito da medição do Produto Interno Bruto – PIB.
Afasta a discussão rasteira da mídia corporativa brasileira, e de boa parte dos economistas de perfil conservador.
Creio que é tema para discussão bem ampla, saindo desse papo de Pibinho do Brasil prá cá e prá lá…., etc…etc…
E esse é o cerne da discussão da política econômica, queiramos ou não.
Abaixo link que veicula a nova medição, ainda mais ampla que o IDH da ONU.
http://dowbor.org/2014/04/ladislau-dowbor-indicadores-de-progresso-social-medindo-o-que-importa-abril-2014-6p.html/
Putz… Compulsório?!?!? De banco ounpessoa física ? Estou ouvindo corretamemte ? Faz um confisco de poupança logo de uma fez… Aumenta IRRF, IR, etc… Já não chega o come-cotas dos fundos de investimento de renda fixane DI ? Passa uma lei, assina um decreto que resolve, né….
Se essa pergunta foi honesta, no sentido de se querer saber o porque das coisas, porque não se faz confisco, ao invés de ser uma pergunta que embute uma sugestão…. Tudo bem.
Mas., nos dias de hoje e seus universitários oriundos do ENEN… Tenho lá meus receios de que perguntas como essa venham de blogueiros que não só nem viveram a década de 80/90, como também nem leram a respeito, nem se interessam em ler e… Estudar.
Esses economistas todos aí são daquela geração-UNICAMP; não são?
É caso de recall de um produto produzido em certos anos apenas, ou é a fábrica que vem gerando produto com defeito sem que o time do 5S lá não perceba ?
Nada que não saibamos… Mas fecomendo assistir, só para ficar com mais raiva ainda desse (des)governo:
http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-economia/t/todos-os-videos/v/convidados-debatem-a-crise-energetica-e-o-risco-de-racionamento-no-pais/3211772/
Depois de enfraquecerem o IPEA agora querem argentinizar o IBGE. http://oglobo.globo.com/economia/diretora-do-ibge-sai-do-cargo-apos-pesquisa-ter-sido-interrompida-12158549
Quando a gente pensa que se chegou no fundo do (des)governo, da incompetência economica, e gestão-criativa… Ouço isso:
>>>> Para evitar racionamento para pessoas físicas, governo quer economia da indústria
http://cbn.globoradio.globo.com/Player/player.htm?audio=2014/colunas/mleitao_140411&OAS_sitepage=cbn/comentarios/
O Brasil nunca esteve tão esculhambado
http://cbn.globoradio.globo.com/Player/player.htm?audio=2014/colunas/jabor_140409&OAS_sitepage=cbn/comentarios/
>>> geralmente, nem escuto; mas, de vez em quando… Como é bom ouvir o óbvio.
Sr. Alexandre,
“Com efeito, diz a teoria (e a evidência) que o nível da inflação depende do nível da taxa real de juros. Não há, pois, razão para esperar que um aumento da taxa de juros de 2% para 5% a.a. tenha o mesmo efeito sobre a inflação que a elevação de, digamos, 5% para 8% a.a., ainda que a variação (3 pontos percentuais) seja a mesma, fenômeno devidamente esquecido pelo articulista”
Se a teoria está correta por que os dados publicados pelo senhor apresentam forte correlação negativa? Não deveriam.
Olhando a reta de regressão plotada pelo senhor pode-se ver que uma variação na taxa de juros de 3 pontos percentuais causa uma variação de ~- 1% na inflação, a qual INDEPENDE do nível da inflação e da taxa real de juros.
Abs,
O Poeta
PS. Se a variação da inflação depende dos níveis da inflação e taxa juros, tem-se (acho!)o modelo de uma equação de diferenças que tem infinitas soluções em função das condições iniciais e, por isso, tenho dúvidas se faz sentido o gráfico apresentado.
Ao blogueiro "hilario muylaert": o dia que desenvolvimento social se fizer sem PIB, aí eu lá no link e dou uma olhadinha bem rápida, de uns 5 segundos, ok ?
"Se a variação da inflação depende dos níveis da inflação e taxa juros, tem-se (acho!)o modelo de uma equação de diferenças que tem infinitas soluções em função das condições iniciais e, por isso, tenho dúvidas se faz sentido o gráfico apresentado."
Veja:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2009/04/ainda-o-fardo-do-economista-neoclassico.html
De que ainda política de juros se “… Cerca de 25% dos preços dependem de aprovação prévia do governo – caso dos combustíveis, da energia elétrica e dos transportes urbanos – e, portanto, não são alcançados pela política de juros …” ????
Pior, quanto mais alta a inflação, mais o represamento dos preços administrados tende a provocar distorções e expectativas de remarcações no resto da economia. Em 12 meses, os preços livres (os outros 75% dos preços) rodam a quase 7,0% enquanto os preços administrados estão a 3,4%.
Fonte: Coluna do MING, Estadão.
Quer dizer….Quando a porteira do reajuste for aberta, após a eleição, índice de inflação vai a mais de 10% a.a., tranquilo, tranquilo – aí é que cobra vai fumar!!!
E… Lá vem eles de novo; que coisa!!!! É só isso que sabem fazer ? Subsidiar e canetar a economia, além de saquear empresa estatal?
"… Governo vai subsidiar companhias aéreas para reduzir preço de bilhetes regionais …"
Leia mais http://oglobo.globo.com/economia/governo-vai-subsidiar-companhias-aereas-para-reduzir-preco-de-bilhetes-regionais-12176231#ixzz2ydbrHc9E
E a torneira dos reajutes de tarifas públicas começam a ser… Abertas:
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/04/12/internas_economia,518324/seguindo-onda-de-reajustes-conta-de-agua-sobe-6-18-a-partir-deste-sabado.shtml
>>>> vamos ver a inflação para onde vai quando essa onda se espalhar por todo obrasil
A matemática micro-econômica oficial deles é essa:
"… O reajuste das tarifas de energia elétrica pode ser um gatilho para engordar a inflação, pois, no início da semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Cemig a reajustar suas cobranças: média de 14,24% para as residências, de 12,41% para as indústrias e de 15,78% para o comércio. O aumento gera custos para os empresários, que redistribuem pelo menos parte da nova conta para o consumidor. O peso da conta de luz terá impacto de 0,37 ponto percentual na inflação da capital em maio, segundo estudo da Fundação Ipead/UFMG…"
>>>> onde o impacto de um aumento desses é diluído umas 50x (15/.35) no bolso do consumidor, como que se o item em questão (conta de luz) representasse 1/50 do orçamento que ele impacta…
Outro Subsídio:
Treze bancos irão emprestar R$ 11,2 bi às distribuidoras de energia
Leiam: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,distribuidoras-negociam-juro-menor-em-emprestimo-de-socorro-as-eletricas,181885,0.htm
A operação envolverá os seguintes bancos: Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, BTG Pactual, Citibank, J.P. Morgan, HSBC, Votorantim, Credit Suisse, Bank of America, Goldman Sachs, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
>>>> É o seguinte – existem duas maneiras de se ganhar uma eleição: fazendo a coisa certa, ou engalobando. Não há outra explicação nestepaiz após 12 anos, com perigo de mais uma reeleição logo à frente – Os brasileiros adoram ser engalobados; somos uns idiotas-úteis.
Blogger renato disse…
Putz… Compulsório?!?!? De banco ounpessoa física ? Estou ouvindo corretamemte ? Faz um confisco de poupança logo de uma fez… Aumenta IRRF, IR, etc… Já não chega o come-cotas dos fundos de investimento de renda fixane DI ? Passa uma lei, assina um decreto que resolve, né….
Se essa pergunta foi honesta, no sentido de se querer saber o porque das coisas, porque não se faz confisco, ao invés de ser uma pergunta que embute uma sugestão…. Tudo bem.
Mas., nos dias de hoje e seus universitários oriundos do ENEN… Tenho lá meus receios de que perguntas como essa venham de blogueiros que não só nem viveram a década de 80/90, como também nem leram a respeito, nem se interessam em ler e… Estudar.
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Renato,
Em primeiro lugar, não perguntei a você. Perguntei ao especialista que mantém o blog.
Em segundo lugar, não sou economista de formação e estou em busca de conhecimento sobre o tema. A pergunta foi, sim, séria, mas não foi dirigida a você. A resposta que espero é do Alexandre.
Grande abraço e, por favor, não me responda. Se a primeira resposta já foi desprezível, imagino o quão asquerosa será a segunda 🙂
Eu visito (muito) esse blog para ler o Alex e a opinião dos outros leitores. Muito chato um leitor escrever como se o blog fosse dele.
Anonimo,
Concordo com vc em relacao ao renato. Esse cara é insuportavel e, prova disso, é o fato dele conseguir falar sozinho aqui no blog sem um mínimo de audiência.
Dito isto, e sabendo que a resposta tambem nao foi direcionada a mim, mas suspeitando que o Alex nao va responder (senao, ja o teria feito), tentarei te ajudar.
Sim os compulsorios sao sim um instrumento alternativo de politica monetaria que o BCB poderia utilizar. Nao bastasse essa resposta teorica, te informo que ha evidencia empirica sobre a eficacia do uso de compulsorios no auxilio a promocao da estabilidade. Por exemplo:
http://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/wps296.pdf
Contudo, o BCB parece preferir fazer politica monetaria via taxa de juros. É, digamos, uma intervencao mais amigavel ao mercado, o que deve pesar na escolha do BC dados os custos e beneficios de cada opcao.
Forte abraco,
Ricardo
Sr. Alexandre,
“Veja:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2009/04/ainda-o-fardo-do-economista-neoclassico.html”
Muito obrigado pela referencia! Esse seu ótimo post veio confirmar minha discordância com este.
Neste post, o senhor inicia argumentado com os dados do gráfico como sendo os de um modelo não-dinâmico (correlação e reta de regressão) para, a seguir, afirmar que a teoria está baseada em um sistema dinâmico. Neste caso os pontos no gráfico corresponderiam à trajetória por um espaço de estados!
Essa sua argumentação misturando diferentes tipos de modelo acaba mostrando que não há correspondência da teoria com a realidade. Além disso, essa mistura de modelos completamente diferentes parece ratificar a afirmação do Nakano: “Podemos falar que não conhecemos bem os canais de transmissão da elevação da taxa de juros”.
Isso claro, na opinião de um palpiteiro leigo em economia e matemática.
Abs,
O Poeta.
Aiaiaiaiai… Que pessoal mais… Sensível…
Na idade média, que nem "mediana" assim o foi (visitem o site: http://www.ricardocosta.com ), os médicos acreditavam na terpia (=política econômica) que se tirasse sangue (=moeda) do paciente (=economia), a doença (=inflação) melhoraria, chegando à cura (= menos inflação).
Perguntem a Zélia, ao Bresser, ao Funaro, ao Delfim,etc… Se adiantou alguma coisa pois eles de uma maneira ou de outra fizeram isso…
"Neste post, o senhor inicia argumentado com os dados do gráfico como sendo os de um modelo não-dinâmico (correlação e reta de regressão) para, a seguir, afirmar que a teoria está baseada em um sistema dinâmico. Neste caso os pontos no gráfico corresponderiam à trajetória por um espaço de estados!"
Tem razão: você não sabe nada de economia ou matemática…
Caro Anônimo de 10 de abril de 2014 13:54 e 13 de abril de 2014 08:30,
Parece que o Renato não entendeu sua pergunta. Na minha visão, a questão é que os compulsórios, apesar de também provocarem efeito sobre os juros, este efeito é menos certo quanto à intensidade e delay, sendo a taxa de juros uma forma mais "segura" de se controlar a inflação. Como os compulsórios acabam mexendo na liquidez da economia, nos momentos em que o BCB acredita que exista excesso/escassez de liquidez no sistema bancário, ele acaba mexendo também nos compulsórios, como já fez no passado.
Abraços,
Gabriel Gava
Sem exLtação, digo que Eu entendi muito bem a pergunta… Para mim, compulsório para banco tem a ver com a solvência da instituição, para se garantir depósitos e empréstimos; capacidade xe honrar compromissos.
Agora… Se BC do brsil utiliza esse artifício para segurar inflação, isso sempre me parece ser experimento macro-economico… Que inevitavelemente deixa o paciente ainda mais doente, e deixa o médico (=ministro, presidente do BC) sem emprego.
Pelo gráfico para atingir a meta de 4,5% a tx real deveria estar entre 7-10%, portanto, Selic entre 11,5% e 14,5%.
A taxa Selic atual, por este gráfico, vai deixar a inflação no teto.
6,5% já virou indexador informal da economia. Quebrar esta mentalidade somente com um choque de juros, 2015 é logo alí.
Meu deus do céú, esse Renato, além de um mala sem alça não entende o conceito e o porque da pergunta do compulsório.
É um instrumento de política monetária válido Renato, vá estudar um pouco e pare de franquear o espaço de comentários como se fosse seu blog. Ninguém vem aqui para ler 30 comentários com indicações do que você acha relevantes lermos.
Preciso achar tempo para ler o novo livro… Como a complacência deve continuar, até o fim do ano já terminei de ler 🙂
Prezado Renato,
Vá tomar no olho do seu toba, seu troll dos infernos!
Aiaiai… compulsório como pol;itica válida d econtrole de inflação …
Seus Espertinhos… então, por favor, me mostrem uma operação bem sucedida de uso desse "instrumento" no combate a inflação no brasil, e/ou no mundo.
(Depósito) Compulsório… (de banco) é relativo a garantir a solvência das insituições financeiras para honrar compromissos. Teve época neste país, não muito distante, que se acreditva também em banda diagonal exógena… (e deve ser uma tese de doutorado… dessas da unicamp…) e outros malabarismos macro-economicos para encobrir o óbvio: gastar menos e poupar mais.
Gosto muito de acompanhar o blog do Alex e ler comentários inteligentes, mas esse renato é troll. Dá desgosto de rolar a barrar e ver uma enxurrada de merda.
China corta taxa de compulsório para bancos rurais :: Mas o BC garante que decisão não significa mudança em sua política monetária
Leia mais: http://oglobo.globo.com/economia/china-corta-taxa-de-compulsorio-para-bancos-rurais-1-12259105#ixzz2zcaTpGTz