Internet aceita tudo? E profissionais que dão vergonha. Cacalo mira
A coisa degringolou de vez n’ O Estado de S. Paulo. Hoje, apesar de ser assinante, não consegui acesso à versão digital, quando tentei entrar apareceu o aviso “Você não possui acesso à versão digital. Entre em contato com a central do assinante.”, apesar de “possuir”. Tentei seguir a instrução, mas, depois de ter seguido cinco minutos de tecle isto, aquilo e aquilo outro e mais 17 minutos pendurado no telefone sem ser atendido e ouvindo uma rádio de que não gosto, desisti. Por isso, como não pude usar o recurso de copiar e colar, o Mirando vai incompleto hoje.
O Brasil é, realmente, a melhor piada de português de todos os tempos. A Câmara Federal teve como presidente interino Waldir Maranhão, figura que, segundo tudo o que já foi atribuído a ele, deveria, no mínimo, ter sido cassada. Além disso, não tem o respeito do próprio partido (PP). Agora, por causa da viagem de Temer ao exterior, assume a presidência interina da Casa – Rodrigo Maia assumiu a Presidência da República – e ninguém quer votar nada por medo de ele aceitar emendas esdrúxulas em propostas e projetos. Dá pra explicar? Colegas, lembrem-se da frase postada aqui ontem (16) [“As pessoas que você está entrevistando estão mais assustadas que você, pois você escreverá sobre elas.”], e perguntem se ele é invertebrado – deve saber o que é sendo médico-veterinário.
No Estadão (18), pág. C8, “A besta do apocalipse”.
Na Folha de S.Paulo (18): A Igreja Católica prega “doutrinas demoníacas”. As religiões orientais abrigam “espíritos imundos”. As tradições africanas permitem “toda sorte de comportamento imoral, até mesmo com crianças”. A mulher cristã que se casa com um hindu está sujeita a ser “possuída por espíritos”. A coleção de insultos e preconceitos está no livro “Evangelizando a África”. O autor é o senador Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal e líder na corrida à Prefeitura do Rio. A duas semanas da eleição, o candidato do PRB passou a ser confrontado com os disparates que escreveu. Em outras passagens do livro, reproduzidas no domingo (16) pelo jornal “O Globo”, ele definiu a homossexualidade como uma “conduta maligna” e um“terrível mal”. Como se pode ver, o comentário feito ontem sobre o documentário “O Soldado de Alá” vale.
(CACALO KFOURI)
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