O Tricolor na pirambeira. Coluna Mário Marinho

O Tricolor na pirambeira

COLUNA MÁRIO MARINHO

O Brasileirão 2016 chegou à sua 23ª rodada. Ou seja, já passamos da metade da disputa e a situação do São Paulo está muito feia.

Após a derrota para o Palmeiras, nesta quarta-feira, 2 a 1, o técnico Ricardo Gomes ainda encontrou crescimento no rendimento de seu time.

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/r24sXWb-pCs

Mas, o auxiliar técnico Pintado, também ex-jogador, foi enfático:

– Estamos preocupados com o rebaixamento. Não estamos escondendo de ninguém a clareza da situação.

Vamos ter de lutar até o final, e vai ser difícil até o final.

Realmente, os números não ajudam muito o São Paulo. É o 13º colocado, com 28 pontos ganhos, apenas dois pontos a mais que o Vitória que é o primeiro time na zona de rebaixamento.

Dos 23 jogos disputados, o São Paulo venceu 7, empatou 7 e perdeu 9; marcou 23 gols e sofreu 24. São números feios.

A feia campanha leva o torcedor à pouca fidelidade.

Enquanto o Palmeiras é o clube com melhor média de público no Brasileirão, com 32.803 pagantes em média nos 12 jogos que mandou (seguido pelo Corinthians com 31.937 em 11 jogos), o São Paulo é apenas o 8º colocado com 16.795 pagantes na média de 11 jogos. Metade do líder do Brasileirão, o Palmeiras (os números são do site www.srgol.com.br ).

Parece que a atual prioridade do Tricolor é colocar as finanças em dia.

É uma preocupação que faz sentido. Mas, é preciso lembrar que é melhor ficar um pouco endividado na Série A, do que com as contas em azul na Série B.

Aquela velha frase – “Ah!, o Brasileirão é longo, ainda dá tempo” – é traiçoeira. Até porque, no futebol quando um time descamba ladeira abaixo, é muito difícil reverter quadro

Outro time grande e correndo riscos, é o Cruzeiro.

Após a 22ª rodada, o Cruzeiro, que joga hoje à noite contra o meu América, conseguiu apenas 26 pontos; dos 22 jogos disputados, venceu 7, empatou 5 e perdeu 10.

São números também muito feios.

Em termos de fidelidade de torcida, a Raposa não está assim tão mal: é o 5º colocado com a média de 22.023 torcedores nos 11 jogos em que mandou.

Tricampeão brasileiro, o Cruzeiro precisa reagir logo. Espero que não comece hoje, logo contra o meu América.

O Internacional é outro em grande risco.

O Colorado gaúcho enfrenta hoje o Santos, em casa, tentando acabar com um jejum de 14 partidas sem vitória no Brasileirão. A última vitória foi no dia 16 de junho.

Este ano, o Internacional já teve como técnico Argel Fucks; Paulo Roberto Falcão que durou só cinco jogos e agora está sob o comando de Celso Roth.

Com apenas 24 pontos, já disputou 22 partidas, venceu 6, empatou 6 e perdeu 10; marcou 23 gols e sofreu 24. Números horrorosos. Está em 18º lugar, é o primeiro da zona de rebaixamento.

O Rio faz
outra festa espetacular

A festa de abertura da Paraolimpíada foi espetacular. Assim como a festa de abertura da Olimpíada, a festa da noite desta quarta-feira foi bonita, emocionante e criativa.

Teve momentos de arrepios, como o salto do cadeirante em uma megarampa; delicados como o da paratleta que dançou com um robot ou emocionantes como hino nacional tocado por João Carlos Martins.

Enfim, belíssima festa.

Paralimpíada
ou Paraolimpíada?

O professor Pasquale Neto em sua coluna das quintas-feiras na Folha trata do assunto da mudança do nome dos Jogos.

Como já se sabia, a mudança deveu-se à troca, não se sabe bem por que razão, do nome do comitê que sempre foi chamado de Paraolímpico, para Paralímpico.

A mudança se deu em 2013 e os comitês nacionais tiveram três anos para se adaptar ao novo nome, Paralímpico, suprimindo-se a vogal “o”.

Essa é uma palavra que não existe em português.

Em português, ensina o professor, pode haver a supressão de uma letra em casos parecidos, mas se daria com a última vogal do prefixo e não com a primeira do segundo elemento.

Por exemplo:

– Hidro+elétrica = hidroelétrica ou hidrelétrica

– Gastro+intestinal = gastrointestinal ou gastrintestinal

– Para+olimpíada = paraolimpíada ou parolimpíada

Portanto, não faz o menor sentido Paralimpíada para satisfazer o desejo, talvez marqueteiro, de algum dirigente do Comitê.

Vaias
e aplausos

O presidente Michel Temer, acompanhado da doce Marcela, foi alvo de aplausos e vaias em dois momentos distintos no feriado de 7 de Setembro.

Os dois momentos não foram divididos em partes iguais: houve mais vaias do que aplausos.

O primeiro momento ocorreu no desfile militar em Brasília; à noite, no Maracanã, o presidente ouviu novamente o mesmo coro: mais vaias, menos aplausos.

O que não dá para entender é que as pessoas que vaiam são aquelas que elegeram Temer a vice-presidente e, portanto, substituto constitucional da defenestrada Dilma.

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo

A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.
(E SEMPRE QUE TIVER NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR.)

1 thought on “O Tricolor na pirambeira. Coluna Mário Marinho

  1. MMarinho. Sobre o SPFC, fui em todas as inaugurações havidas no Morumbi. Uma arquibancada hoje, outro lance amanhã e em cada uma das obras terminadas, uma festa. E eu lá estava. Sua diretoria era modelo de administração. A escalação estava na boca da criançada, pois era a mesma por muito tempo . Ganhava ou disputava títulos. Mas o tempo passou e tudo mudou. Hoje, se varre para debaixo do tapete um caminhão de “podridão” em troca da renuncia de um presidente. O resultado está aí e não poderia ser outro.

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