Redes sociais doentes, virulentas. Cacalo, na mira
Errei, admito. Dias atrás, ao comentar o episódio em que um juiz negou indenização a um repórter fotográfico ficou cego ao levar um tiro de bala de borracha no olho argumentei que a gente corre riscos na atividade. Disse até que eu mesmo corri muitos deles. Não levei em consideração o fato de que os tiros devem ser dados para baixo, se acertarem alguém, será nas pernas. Quem acertou o colega atirou alto, com o intuito de acertá-lo. Peço sinceras desculpas pela análise errada.
Um grupo de artistas e intelectuais – não foram muitos – assinou um manifesto em que afirmam que o processo de impeachment de Dilma é um golpe, a pior ação antidemocrática desde o golpe de 1964. É a primeira vez na história mundial que um golpe acontece seguindo a Constituição, que não teve, até o momento, um único de seus artigos violados. Falta lógica ao teor da carta.
Confirmando a tese de Albert Einstein, de que a única coisa sem dúvida infinita é a burrice humana, a atuação da dupla Gleisi e Vanessa, coadjuvada por Farias, e fez, no Senado, conseguiu com que Renan, o Calheiros vá votar a favor do impichamento de Dilma, o Poste.
Assisti, no fim de semana, ao documentário “Estranhos na Noite”, sobre o período em que a censura agiu dentro da redação do jornal O Estado de S. Paulo. Há que destacar dois fatos: um é que o jornal, de certa forma, foi responsável pelo que lhe aconteceu, apoiou a quartelada, não se deve fazer isso de forma alguma. Apesar de sua atuação digna depois, isso não apaga o que fez antes.
O segundo é que Delfim Netto, um dos entrevistados, aquele que recentemente admitiu ter recebido uma grana preta “em espécie” por conveniência é mais abjeto do que eu supunha ser (não esquecendo do que dizem por aí, que o apelido da Embaixada do Brasil em Paris recebeu quando esteve em suas mãos era ambassade de dix pour cent.)
Pior que ser imoral é ser amoral.
Será que alguém aguentou ver até fim o “Adnight”, programa comandado por Marcelo Adnet, previsto para ser engraçado, que estreou na TV Globo? E o de Fábio Porchat, na Record, dito como inspirado nos talk shows da TV americana? Programa primário, tentar compará-lo aos de David Letterman, Jon Stewart (os dois, infelizmente, extintos), John Oliver, Bill Maher e outros menos competentes é ofensivo.
Boas leituras no Aliás (O Estado de S. Paulo, 28): na pág. E1, “É a política, estúpido”; na E2, “Olha eu aqui!”.
(CACALO KFOURI)
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