Ironia fina e os hífens do vocabulário pobre do momento nacional
Se o filme “Aquarius” merece ser classificado como impróprio para menores de 18 anos, não sei, mas não tenho a menor dúvida de que as sessões do zoológico, ops!, Senado em que o impichamento é tratado deveriam receber a indicação.
É bem provável algumas pessoas pensem que tenha me confundido em uma observação de ontem – “Como se pode notar, a mudança de terminologia, o uso de sofismas, não melhora nada, chamem pelo nome verdadeiro, moradores de rua, e cuidem deles! Enterrem o maldito politicamente correto e lidem com a realidade.” – sofisma com metáfora.
Não confundi, é sofisma mesmo. No Houaiss: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
Aos videntes e magos que acertam os números de loterias que enchem minha caixa de spam: se realmente fossem o que dizem ser, não me mandariam emelhos, os videntes saberiam que apago sem ler, os adivinhos, se realmente o fossem, estariam tão ricos de tanto ganhar que não precisariam mais de trabalho. Como bem disse Millôr, “Livre pensar é só pensar.”.
Na pág. C8 da Folha de S.Paulo (26), imperdível: “Fanfarra”.
Pra não ocupar espaço lá embaixo apontando erros que são cometidos diariamente n’O Estado de S. Paulo: é Theatro Municipal, não é Teatro; é Herencia, não é Herência.
(CACALO KFOURI)
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