Estamos perto, bem perto. Coluna Mário Marinho – Ed. Extra
Estamos perto, bem perto.
Coluna Mário Marinho
Dizia o sempre lembrado Nélson Rodrigues que o brasileiro vai da fossa à euforia em milésimos de segundos.
A Seleção brasileira masculina de futebol que era execrada há uma semana, torna-se, agora, séria candidata à medalha de ouro e seus garotos desligados e sem compromisso são sérios candidatos ao sonhado ouro olímpico e ao status de heróis.
E saímos todos à procura do que aconteceu.
Renato Augusto, jogador sério e bem articulado, disse que o time se encontrou tecnicamente, se encaixou e daí vieram as vitórias.
De minha parte, penso mesmo que o que aconteceu foi aquilo que já comentei aqui: a água bateu na bunda.
A Seleção é formada por um craque e dezena e meia de bons jogadores.
De repente, sentiram o ridículo a que estavam expostos. Não pareciam jogadores pressionados e, portanto, jogando mal por causa da pressão de ter que ganhar o ouro. Pareciam jogadores que não conseguiam correr por causa do peso da máscara que carregavam.
E aí começaram a joga o futebol que sabem – e sabem muito.
Ainda bem que temos 200 milhões de técnicos de futebol no Brasil que se manifestaram através da imprensa, das redes quase sempre antissociais, da forma que encontraram.
Assim, nossos garbosos rapazes se transformaram em valentes jogadores. Trocaram o salto alto pelas travas das chuteiras e foram à luta.
A Seleção de Honduras que não tinha nada a ver com isso, pagou o pato: 6 a 0.
Estamos na final.
Aquela luz que brilha no fim do túnel é o brilho de uma medalha.
Tomara que seja de ouro.
Veja os gols.
https://youtu.be/LKeKlsYqRxk
Piada Olímpica
O atleta japonês Hiroki Ogita foi desclassificado no salto com vara, após derrubar o sarrafo com o… pênis. Isso mesmo, o pênis, não foi o tênis.
Veja na foto acima.
O Hiroki não ganhou medalha mas certamente se tornou um herói japonês. Vai desfilar em carro do Corpo de Bombeiros em Tóquio, para acabar com a aquela velha e maldosa piada sobre os japoneses.
Verdade Bíblica
Está escrito na Bíblia (Daniele 5): “Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Foste pesada na balança e encontrada em falta”.
Alguma semelhança com qualquer dirigente (ou dirigenta) brasileiro (ou brasileira) não será mera coincidência: trata-se de um destino bíblico.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.
(E SEMPRE QUE TIVER NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR. )
MMarinho. Existem duas situações difíceis de serem explicadas. Uma é a que vc bem comentou sobre o time masculino de futebol. A outra situação, inversa, é o ótimo time feminino de volei que vinha muito bem e depois de terminar o primeiro set com dez pontos de vantagem contra a China, perdeu o jogo por 3×1 e foi eliminado. No futebol não enfrentamos até agora nenhuma seleção digna de valor, daí a reação contra os resultados dos primeiros jogos. Já no volei, cada jogo foi uma decisão, vinhamos muito bem e acabamos sendo derrotados aparentemente sem condições de reação. São “fenômenos” que só quem está dentro da quadra, ou do campo, pode explicar. Ou não pode. Abcs.