Cacalo mira! Repara o que tem de detalhes na imprensa.
Penalti, do inglês penalty, penalidade. É justo decidir uma partida com um recurso que existe para punir? Por que não decidir com o tal do gol de ouro? Prorrogação, se persistir o empate, jogo até alguém fazer um gol, não é mais justo? Futebol é apaixonante, mas muito atrasado.
No jogo em que o futebol feminino brasileiro quase foi pro brejo ficou patente que as mulheres batem penalti muuuito melhor que os homens.
Um dos comentaristas de jogos de tênis do SporTV está se candidatando à medalha de ouro de correr riscos, está zombando do mosquito que transmite o vírus zika. Não dê sopa pro azar, meu, não provoque a sorte. Não viu o que aconteceu com Hope Solo?
Impressiona-me o respeito que os atletas americanos demonstram em relação à sua bandeira e ao seu hino na hora da premiação, sai da alma, têm orgulho do país em que nasceram.
Michael Phelps é quase igual a um Brasil em número de medalhas de ouro (tem uma a menos que as de todos os tempos do país). Acaso? Não, política de base. Acaso é aqui, depende-se do aparecimento de um gênio solitário e sem nenhum apoio oficial.
O que mais se ouve em relação aos nossos: “ Bola pra frente, vamos ver em 2020, ele/ela se esforçou, teve todo o apoio [eh eh eh], foi azar, tem um futuro brilhante pela frente [queria ver futuro atrás]…”. Enquanto isso, atletas estrangeiros que tinham 16, 18 anos em Londres e nada conseguiram ganharam prata e ouro.
Pra que o sorriso artificial que as atletas do nado sincronizado têm de estampar? Todos sabem que é só pra constar e as coitadas ficam com cara de bobas.
Um tema que poderia ser tratado pela imprensa é se existe mesmo o tal do espírito olímpico. Tempos atrás, no vôlei, quando a bola tocava no bloqueio o jogador acusava o toque, hoje precisa o outro time precisa desafiar.
Em todas as religiões, todas, há os bons e o ruins, mas naquelas em que se pode abrir uma igreja a cada esquina fica bem mais provável a existência dos ruins. Na pág. E1 do Aliás, caderno d’O Estado de S. Paulo (14) está uma entrevista interessante sobre o assunto: “Discursos de Fé”.
O Estadão trocou quem cuidava da coluna sobre TV, Sem Intervalo, por três pessoas, mas a inutilidade continua a mesma, só fofoca ou material de divulgação, nada de útil para o espectador.
Imperdível neste Chumbo: “A Carta de Dilma”.
(CACALO KFOURI)
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