Inesquecível show. Coluna Mário Marinho – Extra!
Inesquecível show
Coluna Mário Marinho
Tem gente que é contra tudo.
Tem gente que é capaz de olhar para Monalisa e dizer que o sorriso dela é amarelo.
Tem gente que é capaz de meter o pau na festa de abertura da Olimpíada do Rio 2016.
Principalmente jornalistas.
A Folha, por exemplo, joga seu mau humor logo na manchete a dar tratamentos iguais à pífia vaia levada por Temer e à grandeza do espetáculo que foi a abertura.
No principal título da cobertura, a Folha traz “Festa Carioca” como se fosse uma festinha se limitasse ao Leblon, Copacabana etc.
E não uma festa que encantou o Mundo.
Foi tudo absolutamente perfeito. Foram quatro horas que passaram em minutos.
Misturaram-se, em dosagens certas, a cibernética, o efeito especial, o grandioso e a participação humana.
A dança dos negros, dos índios, da chegada dos portugueses foi tudo maravilhoso, bem dosado. E hoje, sábado, ainda encontro críticos a dizer que a escravidão não foi denunciada, que o massacre dos índios foi esquecido…
Pelo amor de Deus!
A alegria dos atletas nos desfiles, a preocupação com o verde, a pira transformada em sol ao final – tudo impactante, emocionante.
A gaúcha Gisele Bündchen escolhida para desfilar ao som de Garota de Ipanema mostrou uma Gisele classuda, confiante, bela ao longo daquela imensa passarela.
Desfrutem:
https://youtu.be/-45GhQKsFqU
Até Anita que todo mundo criticou quando da divulgação de seu nome para participar da abertura, foi ótima. Não foi a funqueira rebolativa, mas uma sensual e gostosa cantora de samba com perfeitos requebros como pede a música de Ary Barroso cantada por ela, Caetano e Gil visivelmente abatido por problemas de saúde.
Vejam:
https://youtu.be/dr2G_re1qFs
Zeca Pagodinho foi o Zeca Pagodinho desta vez acompanhado de Marcelo D2, bela dupla.
Jorge Ben Jor arrebatou a plateia, incendiou.
Claro, como todo brasileiro ainda traumatizado pela aquela lambança que foi a abertura da Copa 2014, eu me postei frente à tv temeroso do que poderia acontecer. E fui me deixando levar, como recomenda Zeca Pagodinho em “Deixa vida te levar”. À medida que tudo dava certo, eu torcia para acabar logo, com medo de que alguma coisa saísse errada.
Mas não saiu.
Até mesmo as tímidas vaias ao presidente Michel Temer ficaram de bom tamanho: não se viu a grosseria que foi feita contra a então presidente Dilma Rousseff, hoje A Defenestrada.
Não, não foi festa carioca: foi festa brasileira.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.
(E SEMPRE QUE TIVER NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR. )
Caro Marinho,
Boa tarde.
Sou assinante da FSF, mas amanhã vou cancelar assinatura, depois de mais de 20 anos.
A sua análise mostra como o jornal hoje se pauta entre o sensacionalismo e a ignorância.
Erros grotescos de informação, edições horríveis, pautas descabidas, e, depois de muito pensar, chego ao slogan do jornal: “Não dá para ler”.
Além do mais, os termos chulos remete a uma Sodoma e Gomorra, ou ainda pior.
Palavrões, a insistência em sexo diariamente, ,colunistas sofríveis, exceto alguns como o Hélio, o Edgar…
Hoje ela que nos mostrar que hoje não vale ser homem ou mulher, o certo é pertencer ao tal “gênero”, ou seja faz apologia das falhas da natureza para tentar mostrar que isso é moderno. Assim, um casal de homens, um casal de mulheres, adota filhos, como se esse fosse o padrão normal da natureza.
Entendemos que a natureza tem errado cada vez mais e feito nascer um número crescente de desvirtuados sexuais, que não são culpados por isso. Devem ser aceitos, pois sempre existiram. Basta relembrar os gregos e especialmente Atenas.
Por isso, não peço aos meus netos lerem esse jornal. Está cada vez pior.
E sobre a Anita funkeira, vi depois do show de abertura entrevista dela na Globo e ela me surpreendeu pelas respostas corretas, bem centradas, até cultas, terminando por afirmar que o que ela fazia não representava o que ela é, ou seja, é um produto a vender.
Por último, Marinho, seria ótimo se vc fosse editar a Folha de São Paulo, pq a continuar assim, daqui a pouco só restará o Estadão.
Abs e até breve…
Ivo Simon
Caro Marinho,
Boa tarde! Mais uma vez foi acima da média em seus
comentários.
Então, parabéns…merece!
Forte abraço!
Cesar Camarinha Filho