E se Você estivesse no meu lugar? Coluna Mário Marinho
E se Você estivesse no meu lugar?
Coluna Mário Marinho
Neymar participou de uma entrevista coletiva no Rio e se irritou com a pergunta sobre as baladas e badalações que costuma frequentar.
Sem se exaltar, o craque respondeu:
– Considero a sua pergunta maldosa e vou responder sem maldade. Se Você tivesse 24 anos de idade e tivesse conseguido tudo o que eu já consegui, não iria também para a balada? O que interessa é minha atuação dentro de campo.
Realmente nós brasileiros, imprensa em particular, temos mania de nos metermos na vida dos mais famosos. O Neymar tem razão. Se dentro de campo ele não estiver cumprindo sua obrigação de jogar bem, quem deve se preocupar com isso é o patrão dele.
Se o jogador não está bem, vai para a reserva, é negociado com time menor, não é convocado para os grandes eventos.
Por enquanto, Neymar tem cumprido dentro de campo o papel que dele se espera.
Ah!, mas na Seleção ele não joga nada; só joga no Barcelona – há de dizer o torcedor um pouco mais exaltado.
O problema é que há uma distância muito grande entre tempo de treinamentos nos clubes comparado com a correria da Seleção.
Vimos, há pouco tempo, o Messi se despedindo da Seleção da Argentina. Poucas vezes com a camisa de seu País ele teve atuações parecidas com o que faz no Barcelona. Vale também para Cristiano Ronaldo que na última Eurocopa não foi sombra do jogador do Real Madri, apesar de Portugal ter ganhado a Euro.
São coisas diferentes.
É como comparar macaco com papagaio.
Se livrando
do mico
Aliás, por falar em macaco, o Corinthians acaba de se livrar de penoso mico. Arcou com imenso prejuízo, mas se viu livrou do Pato.
Há três anos, Pato custo R$ 40 milhões de reais e recebeu salários de R$ 800 mil mensais. Não foi nem de longe o jogador que o corintiano esperava.
Ele ficou dois anos no São Paulo, por empréstimo, e mesmo assim custava ao Corinthians R$ 400 mil mensais. Os outros 400 ficaram por conta do Tricolor.
Emprestado ao Chelsea, o Timão pelo menos se viu livre do pagamento do alto salário.
Agora, foi vendido ao Villa Real por R$ 10 milhões de reais.
Foi um baita prejuízo, mas estancou-se a sangria desatada.
Vacas
muito esquisitas
De vez em quando, as vacas no Brasil recebem citações de personagens importantes. E ganham elas, também, dimensões antes inimagináveis.
Pois na campanha eleitoral para a reeleição, a então candidata Dilma Rousseff declarou: “nem que a vaca tussa eu mexerei nos direitos dos trabalhadores”.
Pois não é que a vaca tossiu? Parece até que a vaca teve uma coqueluche, pois dois meses dois de reeleita, a hoje Defenestrada, meteu a mão nos diretos trabalhistas. Foram estabelecidas novas regras que aumentaram o tempo de trabalho para requerer o seguro-desemprego, de 1 para 6 meses, tornaram a remuneração do benefício proporcional ao tempo de contribuição – antes o valor era fixado em um salário mínimo –, aumentaram o prazo do pagamento do auxílio-doença e colocaram maiores restrições na requisição de pensão por morte. Enfim, a vaca tossiu pra valer.
Pois a vaca voltou a fazer estripulias, desta vez nas eleições municipais de São Paulo. O vereador Andrea Matarazzo, que era candidato a candidato a prefeito pelo PSDB, afirmou, com todos os esses e erres, que seria mais fácil uma vaca voar do que ele ser o vice na chapa da ex-petista Marta Suplicy.
Os jornais desta quarta-feira trazem fotos os dois abraçados: ele é o candidato a vice na chapa que, maldosamente, está sendo chamada de MaMata.
Portanto, meu amigo, se Você estiver passeando aí pelas ruas paulistanas, cuidado: há uma vaca voando por aí.
Merecidas
Folgas
Darei aos meus amigos leitores folga por duas semanas. Aproveitem.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
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