Os absurdos erros desse jogo. Coluna Mário Marinho

Os absurdos erros desse jogo

Coluna Mário Marinho

O São Paulo entrou em campo na noite desta quarta com um objetivo maior: conseguir um bom resultado que pudesse facilitar a difícil missão de se classificar na Libertadores.

Entenda-se por um bom resultado a vitória mínima por 2 a 0. Assim, até poderia perder o jogo de volta por 1 a 0. Qualquer contagem acima dessa mudaria de bom para excepcional resultado.

A vitória por 1 a 0 não seria tão comemorada, mas também não seria desprezível.

Perder não constava da pauta.

A dificultar a sua missão havia as ausências do ótimo Ganso e do bom Kelvin.

O péssimo futebol mostrado no primeiro tempo, deu a entender que o Tricolor estava desfalcado de pelo menos mais uns cinco ou seis jogadores além dos dois.

No segundo tempo, houve melhora, mas nada indicando que se alcançaria aquela pauta decidida antes do jogo.

E como tudo que está ruim pode piorar, aos 28 minutos do segundo tempo o zagueiro Maicon foi expulso.

Logo ele, recém contratado, pintando como o líder que o time precisava para os tempos pós-Rogério Ceni.

Capitão do time, jogador experiente (27 anos) e passagem pelo futebol europeu, Maicon entrou na pilha do atacante Borja e acabou expulso.

Foi justa a expulsão? Essa é uma pergunta que tem quilômetros de respostas. Ao ver o lance ao vivo, pensei que o mais justo seria um cartão amarelo. Porém, revendo o lance – e Você também poderá revê-lo no link abaixo – repare que Maicon empurra a cabeça do jogador com a mão esquerda, mas, com a direita dá um tapa no Borja, o que caracteriza agressão e, portanto, cartão vermelho.

Mas o erro maior foi do Maicon: não podia ter entrado nessa pilha de forma alguma. Ele se desculpou após o jogo: “Peço desculpa aos meus companheiros, aos torcedores, não sou jogador de baixar a cabeça, vou dar a volta por cima, todo o esforço que a diretoria fez pra eu ficar será recompensado. Não fui contratado para essa Libertadores, mas para quatro anos.”

Na sequência, outro erro: o técnico Bauza coloca o Hudson no lugar de Wesley. A função de Hudson era jogar como zagueiro no lugar do expulso Maicon.

E por que Bauza não colocou em campo Lugano, um zagueiro de profissão, cheio de raça que, talvez, pudesse até contaminar o apático time Tricolor? Não se sabe, nem houve explicações.

O que se sabe é que foi exatamente pelo miolo da área, onde joga Maicon e que poderia estar jogando Lugano é que o Nacional fez os dois gols da vitória.

No fim do jogo, mais um erro. Uma turba de torcedores tricolores tenta invadir o Morumbi para pegar o juiz.

Que bobagem!

Quando é que o torcedor vai botar na cabeça que:

1 – Bater no juiz não muda o resultado do jogo;

2 – Enfrentar policiais é jogo ruim.

O resultado disse foi que alguns dos participantes dessa turbamulta acabaram feridos e ou presos.

O sonho da Libertadores ainda não acabou. Está distante, mas ainda é possível. Assim como é possível acertar na Mega.

Veja o lance e repare bem na mão direita do Maicon:

https://youtu.be/Wt31nwOMAyg

Só para relembrar

Talvez não seja o caso de relembrar, já que Você não esqueceu. Assim como eu e milhões de terráqueos.

Amanhã, dia 8 de julho, completa mais um ano, o segundo, da tragédia do Mineirão: os 7 a 1 para a Alemanha.

Pensei em colocar aqui lances dos gols, mas achei melhor não.

David Luiz

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo

A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO

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