Robson voltou! Blog do Mário Marinho
Robson é o motorista brasileiro que entrou numa tremenda fria ao viajar para a Rússia levando remédios para o sogro do jogador Fernando.
A história foi a seguinte.
Robson era o motorista do jogador Fernando, revelado pelo Grêmio e com passagem em diversos times pelo mundo a fora.
Fernando estava jogando no Spartak, de Moscou, e tinha o sogro e a sogra em sua companhia em Moscou.
A pedido de Fernando, Robson embarcou para Moscou para continuar prestando serviços ao jogador. Além de sua bagagem, recebeu no aeroporto uma maleta fechada.
Ao chegar em Moscou, a polícia russa contatou que ele levava um medicamento chamado Mytedon, legal aqui no Brasil (vendido com apresentação de receita médica), mas proibido na Rússia.
O remédio era destinado ao sogro do Fernando que o usava para combater dores.
Robson foi preso e processado por contrabando de droga.
Durante o processo, o sogro voltou para o Brasil e Fernando se transferiu para a China, onde está até hoje.
Robson ficou abandonado.
Processado, havia o risco de ser condenado até a 15 anos de prisão.
Imagina o sufoco que o Robson viveu lá: era sua primeira viagem ao exterior e ele não fala nenhuma outra língua além do português.
Ele ficou sozinho, abandonado.
Mas, com a grande divulgação do caso aqui no Brasil, Fernando acabou por assumir as despesas com a defesa de seu motorista e contratou um advogado lá na Rússia.
Robson foi condenado a 3 anos de prisão.
No último domingo, ele foi indultado pelo presidente Putin.
A Embaixada Brasileira em Moscou trabalhou bastante para conseguir que ele fosse colocado na lista dos indultados por ocasião das festividades da Páscoa Ortodoxa Russa.
Além da embaixada, claro, houve o trabalho do advogado contratado pelo Fernando.
Finalmente, na noite da última quarta-feira, ele pisou em solo brasileiro.
Foi recebido no aeroporto pelo presidente Jair Bolsonaro que, claro, não deixaria escapar a oportunidade.
Vida
De Parça.
Os jogadores brasileiros quando vão atuar no exterior, costumam levar amigos, empregados, cozinheira, parentes.
O primeiro caso que me vem à memória, foi do Paulo Roberto Falcão.
Falcão foi jogar na Roma em 1980.
Lá, fez um tremendo sucesso, levou a Roma ao título nacional que não conquistava há 40 aos e ficou conhecido como “o Rei de Roma” ou Il Re di Roma na língua pátria de Dante Alighieri.
Temendo a solidão, Falcão levou seu amigo e companheiros dos tempos de Porto Alegre, Pato, que não é o atual jogador, para lhe fazer companhia e atuar como espécie de secretário.
Atualmente, os jogadores que se transferem, levam verdadeira “troupe”.
Neymar que o diga.
Desde quando se transferiu para o Barcelona, Neymar se cercou de “amigos” que se tornaram inseparáveis.
Alguns trabalhavam para o craque como jardineiro, motorista, cozinheiro, cabeleireiro, manicure, fotógrafo, despachante…
Dizem que até havia um que olhava as horas para o Neymar… brincadeira.
O Gil Cebola é um dos parças mais famosos de Neymar.
Ele tem mais de 300 mil seguidores no Instagram. É amigo de Neymar desde a adolescência, quando frequentavam a mesma igreja em São Vicente, São Paulo.
Morou em Barcelona e depois de mudou para Paris para acompanhá-lo no PSG.
O pernambucano Jota Amâncio conheceu Neymar nas categorias de base do Santos.
Dispensado pelo time de Pelé, tentou a sorte em outros times, mas, não deu certo.
Foi acolhido por Neymar em Barcelona.
Gustavão de Almeida é outro que faz parte do grupo dos “Tóis”, uma variação de “nóis” que é como os amigos se tratam.
Também jogou com Neymar nas categorias de base, mas, não vingou. Hoje, é empregado da NJR Sports, empresa do craque brasileiro.
Outro dessa época é Cris Guedes. Chegou a morar com o craque em Barcelona, mas hoje atua como empresário de jogadores em Santos. É sempre convidado para as festas de Neymar onde quer que elas aconteçam.
Além desses desconhecidos, outros famosos estão sempre rodeando Neymar e aparecendo ao seu lado em fotos.
Como, por exemplo, o cantor Thiaguinho; Bruninho levantador campeão no vôlei; Caio Castro, ator global e também Luciano Huck.
E assim Neymar vai levando sua vida que não se pode dizer, seja solitária na Europa.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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MMARINHO. Está sobrando dinheiro no futebol. No caso da Rússia, por que não despachou os remédios? Será que sabiam dos riscos? Será que pensaram que a entrega pessoal seria mais segura? Felizmente tudo terminou bem. Abç