É muita emoção. Coluna Mário Marinho
É muita emoção
COLUNA MÁRIO MARINHO
Quem realmente gosta de futebol, quem acompanha o futebol, está acostumado a ver muitas cenas nos campos espalhados pelo mundo: os gols decisivos, os gols bonitos, os gol feios, os gols impossíveis, as botinadas desleais, ponta-pés, agarrões, dribles espetaculares, pancadarias.
Nas arquibancadas, algumas dessas cenas são também costumeiras – tirando os gols, é claro.
Mas, nas arquibancadas são costumeiras outras cenas de emoção, como esta:
https://youtu.be/VYEloe4cA4U
Na Copa do Mundo, aqui no Brasil, vimos também muitas cenas emocionantes, principalmente lágrimas, quando o Brasil foi humilhado pela Alemanha. Não gosto nem de falar no placar…
Não quero mostrar cenas de nossa Seleção especificamente. Não sou tão masoquista. Mas veja as cenas a seguir.
A derrota do Corinthians para o Atlético, no Mineirão, foi uma derrota normal, 2 a 1, de um time grande para outro time grande.
Só não foi normal para um jogador: o jovem zagueiro Pedro Henrique. No vídeo abaixo, alguns dos melhores momentos do jogo e também os três gols.
Reparem no segundo gol do Atlético, a incrível falha do zagueiro que, praticamente, dá um passe para o atacante do Galo.
https://youtu.be/FwIblIfj0T0
Foi uma falha incrível, não foi.
Mas, vamos e venhamos: quem nunca deu uma mancada na vida?
Porém, acredito que o mais terrível é assistir a uma falha gritante que leva seu time à derrota e, depois do jogo, ouvir o mesmo jogador com aquelas frases feitas, tipo: isso acontece com qualquer um, agora é levantar a cabeça, é sair para outra… e por aí vai.
Não foi o que aconteceu com o jovem Pedro Henrique. Veja vídeo:
https://youtu.be/6Z7zAC_kBJk
Quantas vezes Você já viu um jogador com essas lágrimas, com esse sentimento?
É difícil, não é.
Mas isso mostra que esse zagueiro é corintiano de verdade. O choro não é pela falha em si, mas pela consequência dela: a derrota.
Merece respeito o Pedro Henrique.
Vamos lá, rapaz! Veja o vídeo abaixo.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
Parabéns pelo tema, Marinho. E, claro, pelo brilhante texto. Às vezes esquecemos da pureza das pessoas…Abs
Ótimo, amigo Marinho.
Toinho