Eu já vi esse filme

Por Henrique Veltman

A tentativa de Lula ser ministro para escapar da Justiça é uma afronta que sela de vez o fim do PT

 Eu já vi esse filme antes e acho que o aniversário de  60 anos do Relatório Kruschev representa uma boa oportunidade de varrer de uma vez por todas o socialismo marca barbante do PT na política brasileira.

O relatório, de 1956, foi  lido por Nikita Kruschev no 20º. Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Naquela reunião, o próprio Secretário Geral expôs ao mundo as vísceras do socialismo soviético no período de 1924 a 1953, sob a liderança do cruel Josef Stalin, “o pai de todos”, santificado no culto à personalidade pela esquerda mundial.

O impressionante relatório nos revelou a imagem do Stalin verdadeiro e, por extensão, do “socialismo” de sua autoria. Stalin mandou torturar e matar centenas de milhares de pessoas. Deportou povos e perseguiu etnias. Seu regime provocou fome e crises de abastecimento, usou e abusou do trabalho forçado. Sim, em 1938, assinou um pacto com Hitler que levou 22 milhões de soviéticos à morte, na Segunda Guerra Mundial.

Ainda hoje, aqui e agora, militantes e simpatizantes do PT tentam minimizar os crimes do stalinismo. Os fieis aliados do PCdoB, tão paparicados por Lula, Dilma & Cia, não ficam atrás, apoiam abertamente a República Popular Democrática do Coreia do Norte, cujo regime concorre com o stalinismo nas suas mais cruéis formas de abafar dissidências.

Sim, eu já vi esse filme antes: jornalistas, estudantes, intelectuais e artistas, órfãos do comunismo stalinista, que procuram “entender” e justificar os crimes de seu partido e de seus dirigentes máximos. É patético, para não dizer trágico. Gente da melhor qualidade, sempre disposta ao sacrifício em nome dos princípios partidários. É triste e preocupante vê-los numa luta inglória de justificar o injustificável, repetindo o que já foi feito, há mais de meio século, por outros simpatizantes do comunismo stalinista. Uma pena.

Voltando ao presente: o PT e seus tesoureiros não foram os únicos a se corromperem, nem são os únicos envolvidos na Lava-Jato. A questão não é essa. A questão é que a Direita sempre esteve no poder, sempre desviou dinheiro público, sempre sugou as instituições e os trabalhadores. Como diz e repete o deputado Roberto Freire, “a Direita corromper-se não é novidade, é sua natureza”.

A esquerda brasileira chegou efetivamente ao poder pela primeira vez em 2003. Não tinha o direito de errar. Desde sua fundação, o PT amalgamou grupos e indivíduos progressistas de diferentes segmentos, dos movimentos sociais à intelligentsia das universidades, passando pela Igreja Católica, centrais sindicais e outros partidos populares.

… Sim, eu já vi esse filme antes: jornalistas, estudantes, intelectuais e artistas, órfãos do comunismo stalinista, que procuram “entender” e justificar os crimes de seu partido e de seus dirigentes máximos. É patético, para não dizer trágico. Gente da melhor qualidade, sempre disposta ao sacrifício em nome dos princípios partidários. É triste e preocupante vê-los numa luta inglória de justificar o injustificável, repetindo o que já foi feito, há mais de meio século, por outros simpatizantes do comunismo stalinista. Uma pena…

Lula conseguiu afastar o rótulo de comunista que a classe média e o empresariado colocaram sobre ele; a partir de 1989, pôs em prática uma política de conciliação. Beneficiou-se da estabilidade econômica deixada por FHC;  herdou os programas sociais de seu antecessor – principalmente os da Comunidade Solidária de Dona Ruth Cardoso – e criou o Bolsa Família, programa  de redistribuição direta de renda que, em parte, alavancou o crescimento da economia e a ascensão social nos anos seguintes.

A tentativa de Lula ser ministro para escapar da Justiça é uma afronta que sela de vez o fim do PT. Outro dia, em seu blog, o jornalista Josias de Souza comentou sobre a propaganda petista na TV:  “O comercial do PT demonstra que o insucesso subiu à cabeça dos seus dirigentes. A impostura é evidente. Uma legenda que, engolfada pelo caos e por escândalos, depois de 13 anos em que o país foi saqueado pelos esquemas que o acompanham no poder, consegue pedir à nação para “deixar de lado o pessimismo “ é ou uma agremiação de cínicos ou de lunáticos”. 

Um caso de polícia.

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HENRIQUE VELTMAN – É JORNALISTA

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