Brasil em campo. Reze. Reze muito. Coluna Mário Marinho
Brasil em campo.
Reze. Reze muito.
Em meu último comentário nesse nobre espaço, quando falei sobre Seleção Brasileira, terminei aconselhando: reze.
O jogo foi contra o Uruguai, em Pernambuco, com 50 mil torcedores apoiando.
A seleção começou bem.
Começo enganador.
Fez um gol aos 40 segundos e poderia ter liquidado o jogo no primeiro tempo. Só não o fez porque não tem futebol para isso.
Nossa realidade é outra.
E a realidade contra o Paraguai, amanhã, em Assunção, será muito mais dura.
Não teremos Neymar. Aliás, há muito tempo não temos Neymar na Seleção Brasileira. O Neymar que nós temos é aquele que as imagens nos trazem do criativo e ousado jogador do Barcelona.
Não teremos David Luís, o que é uma bênção.
Novamente, ouviremos a voz bonita do Galvão Bueno a nos alertar: “Amigos, isso é eliminatória. Não tem mais moleza”.
Para o Brasil, não tem mais moleza qualquer que seja a competição.
Não temos o craque indiscutível, como pedia Nelson Rodrigues, em nossa Seleção. Temos uma porção de bons jogadores e até seria possível montar um bom time, se tivéssemos um bom técnico.
Dunga, com aquele terno preto ou azul escuro de motorista da Uber, pode ser um bom disciplinador para colégios internos ou até mesmo para os quartéis. Mas, técnico de futebol, não.
Sempre defendi que o técnico da seleção tem que chegar a cargo através de mérito. É o ápice de uma carreira. Dê uma olhada no currículo do Dunga: onde ele foi vencedor? Onde ele acumulou méritos para chegar à Seleção?
Não, amigos, não vai ser fácil.
Reze. Reze muito.
O incrível Palmeiras.
Está certo que as coisas não estão bem, que o técnico é novo, que são necessários reforços – tudo bem, mas, levar de 4 a 1 do Água Santa é um exagero. Santo exagero, com diria Robin, o amigo de Batman.
O Cuca é um excelente técnico, mas não terá o tempo necessário para montar e treinar o seu time. Então, é preciso, urgentemente, estancar a sangria desatada.
E como fazer isso?
No meu modo de ver, numa situação dramática, como a que vive o Verdão, o negócio é recuar, é se defender.
Para levantar o moral do time, é necessário parar de perder. Portanto, Cuca, coloque seus homens na defesa, jogue por uma bola lá na frente.
Na atual situação, um 0 a 0 já é vitória.
Números para quem gosta de números
A situação do País está brava e, obviamente. Isso se reflete também no futebol. Vejam os números de alguns campeonatos estaduais:
Mineiro
O Cruzeiro tem a média de público de 12.657 pagantes nos jogos em que é mandante. É seguido pelo Atlético, 11.766; Uberlândia, 9.619; América, meu América, 2.890 e URT com 2.812.
Baiano
1º – Bahia, 12.953
2º – Vitória, 5.467
3º – Jacobina, 2.483
4º – Flamengo de Guanambi, 2.311
5º – Bahia de Feira, 1.600
Pernambucano
1º – Sport, 7.873
2º – Santa Cruz, 7.170
3º – Náutico, 4.633
4º – Salgueiro, 3.369
4º – Central, 1965
Gaúcho
1º – Grêmio, 14.545
2º – Internacional, 11.069
3º – Juventude, 3.193
4º – Brasil, 2.998
5º – São Paulo, 2.573
Paulista
1º – Corinthians, 29.835
2º – Palmeiras, 19.320
3º – Santos, 9.433
4º – Oeste, 7.266
5º – São Paulo, 6.745.
Carioca
1º – Flamengo, 9.674
2º – Fluminense, 6.926
3º – Vasco, 6.657
4º – Boavista, 4.109
5º – Botafogo, 3.655
(As informações são do site: http://www.srgoool.com.br/)
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.
… e sempre que tiver alguma novidade