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Seleção: técnico mediano, time mediano. Coluna Mário Marinho
Seleção: técnico mediano, time mediano.
Saiu mais uma lista de convocados da Seleção Brasileira ou, para muitos, eu, inclusive, a Seleção do Dunga.
Vejo a relação, que está logo abaixo, e não consigo encontrar nenhuma grande injustiça. Quem não foi convocado e que deveria estar na lista?
Alguém se lembra do Thiago Silva, aquele que era o capitão da Seleção em 2014 e que foi pego aos prantos na hora da decisão dos pênaltis no jogo contra o Chile, na Copa de 2014. Thiago pediu ao técnico Felipão “pelo amor de Deus” para não bater o pênalti.
Lembro-me que naquela época, escrevi em meu blog que ver o capitão da equipe se recusando a bater pênaltis numa decisão e aos prantos, deve ser tão bom para o moral da equipe como as imagens de um capitão do Corpo de Bombeiros aos prantos e se recusando a entrar num prédio em chamas.
Como Thiago Silva não é nenhum Pelé, Messi ou Neymar eu também não o convocaria.
O amigo leitor há de pergunta: retaliação, vingança? Não, no meu caso, apenas falta de confiança.
Assim como também não tenho nenhum confiança no Dunga.
Nossos jogadores, confira a lista abaixo, são apenas medianos, exceção feita a Neymar.
E para montar um grande time com um plantel apenas mediano, é preciso ter um grande técnico de futebol. Coisa que Dunga está longe de ser.
Se somarmos um técnico mediano com um elenco mediano, o resultado será uma campanha mediana.
Prepare-se para o sofrimento.
Veja os convocados:
• Goleiros: Diego Alves (Valencia) Marcelo Grohe (Grêmio), Alisson (Inter)
• Zagueiros: David Luiz (PSG), Miranda (Inter de Milão), Marquinhos (PSG), Gil (Shandong Luneng)
• Laterais: Danilo (Real Madrid) Daniel Alves (Barcelona), Filipe Luis (Atlético de Madri), Alex Sandro (Juventus)
• Volantes: Luiz Gustavo (Wolfsburg), Fernandinho (Manchester City)
• Meias: Renato Augusto (Beijing Guoan), Douglas Costa (Bayern de Munique), Lucas Lima (Santos), Willian (Chelsea), Coutinho (Liverpool), Oscar (Chelsea), Kaka (Orlando)
• Atacantes: Hulk (Zenit), Ricardo Oliveira (Santos), Neymar (Barcelona)
Por falar em sofrimento…
O corintiano passou por mais 90 minutos de sofrimento na já costumeira magra vitória de seu time.
Desta vez foi sobre o Santa Fé, jogo no Itaquerão. Mero 1 a 0.
É verdade que o gol, como de outras vezes, não saiu nos minutos finais.
Mas o sofrimento durou, sim, 90 minutos.
Primeiro, até o gol sair; depois, para segurar o placar.
E não venham me dizer que o Santa Fé é um bicho papão. Está mais para santo do que para o diabo. É um time que ainda não chegou sequer a mediano.
Ao começar o jogo, o sempre atento Vini, meu neto de 12 anos, me alertou: “Vô, é preciso ter muito cuidado com aquele número 9. Ele é perigoso.”
Fiquei de olho no número e nada de perigo. Quando o jogo chegava aos minutos finais do primeiro tempo, cutuquei o Vini.
– O cara é mesmo perigoso?
Sarcástico, não deu o braço a torcer:
– Ele é muito grande, vô. Se cair em cima de alguém pode machucar.
Por falar em perigo…
Seria cômico, se não fosse triste. Dois dirigentes da torcida Gaviões da Fiel foram se encontrar com o promotor Paulo Castilho no Fórum Criminal da Barra Funda. Assunto: a violência no futebol.
Quando saíram, foram atacados por três homens que desceram de um carro armados de barras de ferro e pedaços de paus.
Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca, o Diguinho, presidente da Gaviões, e Cristiano Morais Souza, apanharam muito, muito mesmo.
Souza teve vários dentes quebrados, mas, já recebeu alta. Diguinho teve os dois braços quebrados e terá que ser operado.
A polícia acha que foi uma emboscada.
O promoter disse que da reunião participaram também os presidentes da Independente, do São Paulo, e presidente da Mancha Verde, do Palmeiras.
Infelizmente, essa barbárie ainda terá desdobramentos.
Por falar em desdobramentos…
Diz o velho ditado: vai-se uma pomba, vai-se todo o pombal.
O senador Delcídio do Amaral resolveu assinar tal delação premiada na Operação Lava Jato. Dizem, em Brasília, que tem muito político já de caneta na mão.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.
… e sempre que tiver alguma novidade