Lixo nas ruas, situações inimagináveis, supostos. Cacalo mira a imprensa e fica ranzinza com razão

No episódio mosquito Aedes aegypti, infelizmente, ocorre a soma da fome com a vontade de comer, a inépcia governamental e a falta de educação das pessoas, independentemente do nível social.

Lembro-me de dois episódios referentes ao problema: o primeiro envolveu Reynaldo de Barros, que foi secretário de Obras e Vias Públicas de vários prefeitos paulistanos. Sem fazer juízo de valor da figura, quando São Paulo sofreu com uma série de inundações em fins dos anos 1990, ele declarou que a prefeitura tinha, sim, responsabilidade, mas que a população também tinha, pois jogava lixo em qualquer lugar, o que acabava por entupir bueiros e riachos. A imprensa, injustamente, pelo menos no episódio, caiu de pau em cima dele. E ele falou a verdade (*).

O segundo episódio, presenciei em uma reunião do Conselho de Segurança (Conseg) da Lapa (bairro paulistano considerado de classe média e alta): moradores da região reclamaram de entulho acumulado em esquinas e praças da região. O subprefeito de então, dos melhores, respondeu que a subprefeitura não vencia retirar o lixo e acrescentou: “Lixo não aparece por geração espontânea, é o seu vizinho que joga, é o seu vizinho que contrata carroceiro sabendo que ele vai descarregar o entulho na primeira esquina.”. O incrível é que a única providência pensada até hoje foi multar o carroceiro, não tentar descobrir quem o contratou, mesmo sabendo que ele vai descartar o entulho em qualquer lugar. Percebe-se, facilmente, que os dois maiores problemas do Brasil são a falta de educação e de competência, independentemente de quem esteja no poder. E não me lembro de ter visto a imprensa tratar o tema com a devida profundidade.

(*) É só dar uma olhada nas fotos e nos vídeos sobre os alagamentos em São Paulo ontem (15) e percebe-se facilmente o volume de lixo boiando, a situação não mudou. Em resumo, faltam obras, sobra falta de educação. E, aposto, leremos somente matérias factuais sobre o desastre.

(CACALO KFOURI)

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No UOL

Polícia investiga denúncia de estupro coletivo no(XXX)(em)(*) Guarujá

(*) A capa é a parte, teoricamente, mais importante, é o que chama a atenção. Então, por que o UOL descuida tanto? O título acima, errado, está na capa. Abre-se o link e temos o título abaixo, correto:

Polícia investiga denúncia de estupro coletivo em Guarujá, litoral de SP

Médicos respondem (sobre) oito dúvidas sobre o coco (???) do seu bebê

(???) Coco? Problemas na moleira? Não, faltou o chapéu no coco, é cocô, mais um descuido de quem faz a capa. Eis o que aparece ao abrir o link:

Manual do cocô do bebê: 8 perguntas e respostas às dúvidas mais frequentes

Obs.: – Imagino que o problema seja o seguinte: o UOL vive, praticamente, de reproduzir matéria dos outros e tem uma turma bem fraquinha em sua redação, o pessoal é especialista em estragar o trabalho alheio.

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No Estadão

Haddad libera prédio de 8 andares em áreas verdes

(…), direcionado a famílias cuja renda mensal está na faixa que vai (de zero)(XXX)(*) até 6 salários mínimos.

(*) Isto não é português e não é lógico, família sem renda – em português é sem renda, não é zero, essa história vem de má tradução do inglês, aliás o que também resultou no gerundismo – não existe, por mais pobre que seja algum dinheiro entra, nem que seja de esmola.

182 cidades de SP trocam livro federal por apostila privada

Barretos tem cerca de 700 crianças de (0 a)(XXX)(até)(*) 3 anos

(*) Quem ainda está na barriga da mãe só vai pra escola se a mãe for estudante, não existe criança de “zero ano”. Será que não deu pra notar, ainda, que certas contagens de tempo não começam do zero, que não existe ano zero do século zero? Ponham Tico e Teco pra trabalhar antes de escrever, gente!

No Estadão conteúdo

Gwen Stefani teria supostamente caído no Grammy

Obs.: – E eu afirmo que só não digo o que penso de um título deste calibre porque mamãe e papai me educaram bem!

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No Bom Dia Brasil

Para manter esse(este)(*) viaduto intacto(???) etc.

(*)(???) É a propósito de um viaduto em São Paulo sob o qual houve um acidente, caminhões pegaram fogo, o que danificou a estrutura dele. Primeiro erro: o repórter estava mostrando o viaduto, então é este, não é esse. Segundo erro: como intacto se o viaduto está seriamente danificado, provavelmente será demolido?

No SPTV 1ª Edição

O motorista deve desviar à direita e seguir pela rua Vahia de Abreu (a pronúncia correta é “vaía” e foi falado “váia”. E estava gravado, ninguém notou o erro na ilha de edição… não foi ao vivo.).

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Na Folha

(X)(“)(*)Não respondo por assessores(”)(*)(X), diz Capez

(*) Será que a tinta está tão cara assim que precisam até economizar nas aspas? Esta não é uma situação para aspas simples.

Presidente da Assembleia, tucano citado no caso das merendas diz que ex-funcionários podem ter agido à sua revelia

Obs.: – Ah bom, então um governador não é responsável pelas bobagens que seus secretários, escolhidos por ele, fazem; um presidente não tem nada a ver com o que os ministros que ele escolheu fazem? Bem que escrevi que havia me precipitado ao outorgar o Troféu Cara de Pau do ano. por Gilberto Carvalho, a briga, pelo jeito, vai durar até 31 de dezembro.

Nova regra do ICMS atrapalha e derruba vendas pela internet

Obs.: – Governo fantástico, o país afundando e atrapalha uma das poucas atividades que vão (iam) bem na ânsia de arrecadar mais para tapar os buracos que ele mesmo cavou apesar de todos os avisos de que estava fazendo besteira.

Na Folha/UOL

Após Justiça decretar falência da Dako, trabalhadores ocupam fábricas em SP

(…) e assim acessar o FGTS (Fundo de Garantia por (XXX)(do) Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego.

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No Blog do Gois

Polêmica na Sapucaí

Esta foto(*) mostra Maria Prestes, acompanhada do filho Luiz Carlos Prestes Filho, ao lado do Capitão Guimarães, sábado, no camarote da Liga das Escolas, na Sapucaí. A viúva do principal líder comunista brasileiro cumprimentou o bicheiro “pelo belo desfile da Vila Isabel, que homenageou o grande Miguel Arraes”. O encontro, segundo o filho, “foi formal, elegante e democrático.”

(*) Não posto a foto, pois não sei como se resolveria a questão do direito autoral, mas o texto diz tudo. Disse o “mestre” deles, Karl Marx, que a história se repete, a primeira vez como farsa, a segunda, como tragédia. O pai, Luís (esta é a grafia que está nos documentos militares) Carlos Prestes, subiu em um palanque com Getúlio Vargas, pouco depois de Vargas ter entregado Olga Benário, judia, sua mulher de então, ao nazistas, que a assassinaram. Agora, o filho e a viúva de Prestes posam para uma foto com um torturador. De minha parte, nunca consegui entender comunistas e penso que jamais conseguirei, é muito pragmatismo pro meu gosto.

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No G1

Embaixador sírio acusa EUA por ataque a hospital com 7 mortos

Obs.: – Está na capa. Havia sete mortos no hospital? Erro de tratamento ou problemas incuráveis? Agora, se tivessem escrito Embaixador sírio acusa EUA de ataque que causou sete mortes em hospital… Ao abrir o link, vê-se um título correto. Vai ver, o G1 padece do mesmo problema do UOL.
Tem coisa esquisita aqui, a Médicos sem Fronteira diz que foram os russos, o governo sírio não se manifestou oficialmente, a única pessoa a acusar os EUA é o embaixador sírio em… Moscou! Então, não deveria haver a informação no título.

***************maoboba

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